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Visita às ruínas do Queimado: fechamento do projeto.
08/10/2002 · por Paulo de Tarso Rezende Ayub

#3426# Visita a campo em 18/08/02 fecha com “chave de ouro” o projeto “O templo e a forca”, congregando alunos, educadores e mães de alunos como pesquisadores em ação. A culminância do projeto “O templo e a forca” (já objeto de três matérias neste site: (veja Matéria 1 Matéria 2, Matéria 3) consistia no estímulo à produção intelectual/criatividade e à interferência na realidade. Os professores forneceram um leque de propostas aos alunos, conforme abaixo especificado: a) Elaboração de poema, texto em prosa ou prosa poética – um exercício de “recriação”, a partir de cenas ou personagens da obra “O templo e a forca”; b) Concepção de um julgamento em torno do Frei Gregório de Bene e dos impactos da postura desse personagem histórico-literário para a Insurreição de Queimado; c) Formulação de uma carta de intenções à Prefeitura da Serra para viabilizar iniciativas que dêem maior significação ao fato histórico de Queimado e à preservação da memória cultural; d) Elaboração de documentários em torno da Insurreição de Queimado e da repercussão do fato histórico na sociedade local, com a produção de vídeos pedagógicos contendo pontos de vista dos alunos envolvidos e propostas de intervenção na realidade; e) Concepção de uma obra infantil ou história em quadrinhos para oportunizar o conhecimento do fato histórico a estudantes do Ensino Fundamental I. #3427#[3428] Na foto da esquerda, os carros em estrada coberta de água e com muita lama, conduzidos pelas "corajosas" mães, nossas parceiras. Na foto acima, o esforço de todos para fazer o carro voltar à "estrada". Para possibilitar a formulação da carta de intenções ou a elaboração de documentários, fazia-se necessária a atuação em campo, para perceber o local; as condições de acesso e preservação; a situação das placas indicativas de acesso; o conhecimento das pessoas em torno do fato histórico e da obra literária, etc., bem como para retirar fotografias; fazer entrevistas; escolher recortes para efeito de filmagem. Com esse propósito, um grupo de pesquisadores – formado por alunos, educadores e algumas mães voluntárias - dirigiu-se a Queimado em 18/08/2002, guiados pelo artista plástico Walter Francisco de Assis, que acumula diversas funções institucionais na Secretaria de Cultura da Serra e revelou-se grande parceiro de nossa empreitada. #3429#[3430] Na foto acima, à esquerda, o professor Paulo de Tarso abrindo uma das diversas porteiras encontradas no caminho. À direita, uma placa indicativa tão deteriorada que não conseguimos decifrar o que ela indica! Apesar da má condição do tempo, no dia da viagem, e das precárias condições de acesso a Queimado, o grupo de “pesquisadores em ação” atingiu seu intento na obtenção de subsídios, o que desembocou em relevantes trabalhos posteriores. A integração de professores, educadores e mães de alunos deu mostras de como projetos interdisciplinares que extrapolam os muros da escola podem gerar bom envolvimento da comunidade escolar, em iniciativas voluntárias. Alguns “flashes” da viagem que ilustram esta matéria são representativos desse espírito, que poderia nortear outros trabalhos/produções. #3431#[3432] Afora a viagem coletiva, três subgrupos de pesquisadores estiveram isoladamente em Queimado para pesquisa de campo visando à produção de documentários. Um deles contou com o Sr. Assis como guia, bem como com a presença de uma mãe e de um dos professores mediadores para auxiliá-los na tomada/filmagem de cenas, bem como na elaboração de discursos e simulação de entrevistas. Exercendo autonomia, outro subgrupo recorreu ao auxílio do Sr. Assis para chegar a Queimado, montando um documentário em que discutiam pontos de vista divergentes sobre o drama de Queimado, “passeando” pelo próprio cenário da Insurreição, hoje transformado em sítio histórico. Outro subgrupo, ao qual se integrou um pai, resolveu “aventurar-se” para verificar as reais condições de acesso a Queimado, quando não se conta com o apoio de um guia. Tantas produções e formas de abordagem em torno de uma mesma temática, o que enriquece a construção do conhecimento e faz da escola um universo de produção - não de reprodução. #3433#[3434] Além dos trabalhos que foram antecedidos de pesquisa em campo, materializados em quatro documentários, houve produção de um curta-paródia sobre a história de Queimado; três obras infantis (em mini-livros ou história em quadrinhos); diversas cartas de intenções, em alguns casos com apresentações de propostas palpáveis para a Municipalidade em torno da preservação do patrimônio histórico, da remodelação de placas indicativas e dos cuidados com o local; poemas, um dos quais no estilo da literatura de cordel; um texto-proposta de julgamento, ideal para encenação (dada a qualidade das argumentações desenvolvidas); produção de um jornal da época e um texto em prosa poética, com o personagem “Corcunda” recontando a história de Queimado para seu neto, tendo como pano de fundo as sombras do Mestre Álvaro. Obviamente que há diferenças de qualidade nessas elaborações, mas o envolvimento dos alunos foi quase que uma unanimidade. #3435#[3436] Quem não entende o valor do patrimônio histórico não deve visitar... Na foto acima, à esquerda, a igreja "arruinada" pela ação humana (?) Diversas dessas produções, com suas singularidades, vêm sendo socializadas aos poucos e merecem um “debruçar-se” mais detalhado por parte da escola, para estudar a possibilidade de uma compilação e divulgação mais abrangente. De qualquer forma, mesmo que o trabalho se encerre por aqui, sua consistência já está garantida, tendo se constituído num estímulo para abraçar outras propostas em torno da história e da literatura capixabas, dando-lhe a significação que podem e devem merecer. Para que a divulgação do trabalho não se limite ao olhar dos professores, eis a voz do aluno Lucas Oliveira Marino (1º “B”), que anexou um texto interessante à carta de intenções elaborada pelo grupo do qual fez parte, da qual constam sugestões de placas (com ilustrações/dizeres definidos) e até uma espécie de mini-museu no local: Parece mentira, mas felizmente não é. Um grupo de estudantes, professores e mães de alunos “perdem” a manhã de domingo (dia normalmente tirado para se acordar tarde) para visitar, às oito horas, a quase-igreja (quase, pelos restos da igreja) de São José de Queimado, a 13 quilômetros de estrada de chão depois da Serra. É certo que, em várias partes do trajeto, os estudantes pensaram em desistir e voltar para casa, até porque as condições da estrada eram verdadeiramente péssimas. Ainda mais com as chuvas que iam e voltavam, fazendo a estrada, que antes era de chão, passar a ser de lama. Aquilo deve ser um lugar para não ser visitado. Sem guia ou alguém que já tenha ido àquele “esconderijo”, há uma possibilidade muito grande de não se chegar ao objetivo. O que ajudaria seria uma sinalização constante, exatamente o que não existe. Há placas quebradas, extremamente amassadas, tortas e até ilegíveis. Um exemplo disto é uma placa com informações muito importantes, dizendo que se deve manter uma distância de pelo menos 9 metros das paredes, por risco de queda. O que faz a Prefeitura da Serra para o ex-templo de Queimado não cair? Algumas vigas de aço não resolvem o problema. O estado da igreja é deplorável. Na verdade, o que se vê são duas paredes, com praticamente um pasto dentro. Deveria primeiramente haver um cuidado para que as paredes não caíssem. Depois, capinar o interior da “igreja”; cuidar das pixações abundantes no local; investir numa infra-estrutura em volta, com um pequeno jardim, um gramado, uma calçada, etc. Todos sabemos que pavimentar toda a estrada é um projeto um tanto quanto utópico; mesmo assim, é extremamente necessária a pavimentação em certos pontos da estrada. Mas investir um pouco em infra-estrutura não é um sonho, e sim uma realidade muito acessível.

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