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Nas trilhas de Lobato
18/12/2002 · por Centro Educacional Leonardo da Vinci

Relatos dos alunos e texto do professor Paulo de Tarso: narrativas e reflexões sobre a Viagem Acadêmica a Campos do Jordão e Taubaté.

(Clique nas imagens para vê-las ampliadas)

Através de recortes dos "Diários de Bordo", os alunos narram a viagem:

Diário de Bordo
Diário de Bordo
No dia 17 de outubro de 2002, as quartas séries do Centro Educacional Leonardo da Vinci realizaram uma excursão a Campos do Jordão, com objetivo de ampliar o trabalho feito em sala, durante o ano letivo, sobre Monteiro Lobato e sua obra literária. Cindy, 4ª série I

Esta viagem foi dada como presente de formatura da escola CELV para nós (mas tudo pago pelos pais). Luana, 4ª série A

Passamos três dias em Campos do Jordão e durante esse período pudemos nos divertir, aproveitar e aprender um pouco mais dessa cidade, além de conhecer melhor os alunos das outras turmas. Priscilla, 4ª série A

Campos do Jordão
Campos do Jordão
No aeroporto de Vitória, na sala de embarque, assistimos ao apadrinhamento, feito pela turma I, da obra Viagem ao Céu. Gostei muito, pois cada componente desse grupo representou muito bem e, ao final, a apresentação rendeu conhecimento para as pessoas ali presentes. ‘Apadrinhar’ é desenvolver alguma dinâmica em torno de uma obra escolhida para estimular as pessoas a conhecê-la. Priscilla, 4ª série A

Decolamos de Vitória aproximadamente às 7h15m e tivemos um vôo confortável. Chegamos em São Paulo às 8h15m. Hélio Pedro, 4ª série B

As turmas foram divididas em dois grupos, um ficou no micro-ônibus e o outro no ônibus (eu fiquei no bus). A viagem no ônibus foi bem divertida: fizemos muitas brincadeiras, gincanas, cantamos músicas... Luana, 4ª série A

Ainda em São Paulo vimos o rio Tietê, cheio de detergente e muito sujo. Bruna, 4ª série I

Na metade do caminho, lanchamos no posto Petrobrás. Luana, 4ª série A

Durante o percurso vimos várias fazendas, plantação de arroz e o rio Paraíba. Bruna, 4ª série I

Campos fica no alto das montanhas; a estrada que nos leva a ela é lindíssima, com toda a sua vegetação se mostrando. Luana, 4ª série A

página de Diário de Bordo
página de Diário de Bordo
Às 13h chegamos em Campos do Jordão, arrumamos as malas, almoçamos no restaurante anexo ao hotel Monte Carlo e fomos para o Palácio Boa Vista. Breno, 4ª série B

O palácio, além de ser residência de férias do governador é também um museu. Hélio Pedro, 4ª série B

O palácio Boa Vista abriga móveis, lustres e telas, muitas de Tarsila do Amaral. Ela não ligou para as críticas de ninguém e seguiu firme e forte. Uma guia nos mostrou parte do palácio onde há sete quartos de hóspedes e um que achei especial, o que acomodou o ex-presidente da França Charles De Gaulle. Breno, 4ª série B

página de Diário de Bordo
página de Diário de Bordo
O palácio guarda muitas pinturas dos anos 60. A maioria de seus lustres veio da França. Reúne obras de Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Portinari, Picasso, Guignard ... além de peças do Barroco brasileiro e móveis dos séculos XVII e XVIII, vindos da Europa. Esse palácio é uma réplica de um castelo inglês. Priscilla, 4ª série A

A guia nos falou muito bem o que ela sabia, pena que não sabia muito sobre aquele palácio. Ela nos passou poucas informações e sem muitos detalhes, por isso foi pequena a ampliação do nosso conhecimento em relação ao que já possuíamos. Luana, 4ª série A

Era tão impressionante ver os quadros originais de pintores tão importantes! Bruna, 4ª série I

Seguindo a programação chegamos ao Museu Felícia Leiner e Auditório Cláudio Santoro e discutimos sobre os festivais de música de Campos do Jordão. Breno, 4ª série B

No auditório ouvimos uma música clássica muito bonita e conversamos sobre os compositores brasileiros e o Festival de Inverno de Campos do Jordão. Hélio Pedro, 4ª série B

Fiquei encantada! O auditório é muito grande, com aproximadamente 2000 lugares. Luana, 4ª série A

Tive uma sensação de paz e tranqüilidade graças ao belo ambiente e a música clássica que tocava. Cindy, 4ª série I

É nele que acontece o Festival de Inverno , onde grande parte das músicas tocadas são clássicas. Priscilla, 4ª série A

No Museu Felícia Lerner observamos várias esculturas da própria Felícia. Breno, 4ª série B

O museu é ao ar livre e pudemos observar lindas esculturas, verdadeiras obras de arte! Priscilla, 4ª série A

O museu foi inaugurado em 1979. Interessante que todas as obras foram doadas pela própria artista. Chamou-me a atenção a obra “Mãe e Filha”. Logo antes vi a escultura de uma criança muito triste. Na escultura “Mãe e Filha” o rosto da filha parecia muito alegre. Cindy, 4ª série I

As esculturas de Felícia Leiner tem formas tão diferentes! Estranhei que algumas não têm identificação. Breno, 4ª série B

Dramatização na praça
Dramatização na praça
Mais tarde tivemos um momento especial na praça São Benedito, em Capivari, onde dois grupos de alunos fizeram apresentações da obra “Minhas Memórias de Lobato” e outras obras. Cindy, 4ª série I

Tivemos um tempo livre para olhar o comércio e comprar lembranças. Breno, 4ª série B

página de Diário com ingresso do Palácio
página de Diário com ingresso do Palácio
Voltamos ao hotel e tomamos banho, jantamos, brincamos, escrevemos o diário de bordo e nos preparamos para dormir. Acordei às 5h da manhã. Às 5.30 acordei meus amigos. Hélio Pedro, 4ª série B

Nos arrumamos e tomamos café. Antes de sairmos tivemos uma conversa com os professores sobre as atividades do dia anterior. Breno, 4ª série B

Fomos rumo a Pindamonhangaba. Durante o percurso vimos e conhecemos mais de Campos do Jordão. Fiquei admirada e encantada com algumas construções: parecem casas de bonecas! Constituída de muitos morros cobertos de matas e casas feitas com modelos tão diferentes e extraordinários, Campos do Jordão me fascinou. Priscilla, 4ª série A

Esperando o trem sair
Esperando o trem sair
Em Pindamonhagaba pegamos o trem com destino ao Reino das Águas Claras. Do trem ficamos à procura da onça. Br. Não deu certo, pois não a encontramos! Hélio Pedro, 4ª série B

Ao descer do trem, ainda na estação, eu e meu grupo apresentamos a obra que apadrinhamos, “Caçadas de Pedrinho”. Priscilla, 4ª série A

Dramatização na estação
Dramatização na estação
Chegando no Reino fiquei fascinada com o ribeirão e as pequenas corredeiras que há nele. Luana, 4ª série A

Fiquei admirada com a beleza do Reino das Águas Claras! Primeiramente, comprei uns artesanatos para meus pais e depois fui aproveitar as deliciosas, mas também geladas, águas do rio, junto com minhas amigas. Priscilla, 4ª série A

As várias esculturas das personagens que decoram o Reino das Águas Claras foram feitas por artesões da região. Breno, 4ª série B

No Reino das Águas Claras
No Reino das Águas Claras
Tomei ‘muito’ banho de rio e quando saímos da água fomos almoçar em um restaurante que é, na verdade, um vagão de trem. Hélio Pedro, 4ª série B

Havia grande variedade de comidas e os nossos professores é que nos serviram. “Que chique, hein?”. Após o almoço fizemos uma gincana da obra “Emília do País da Gramática”. Cada grupo recebeu um fragmento desse conto e teve que responder às questões referentes a ele. Também assistimos a uma apresentação de um grupo da 4ª B, intitulado “Emília no País da Gramática”. Priscilla, 4ª série A

Voltando a Campos, fomos para a Ducha de Prata, onde há barraquinhas de artesanato e lindas cachoeiras. Eu e meus amigos nos divertimos muito vendo a variedade do artesanato e compramos algumas lembranças. Luana, 4ª série A

No percurso para a Ducha de Prata tivemos a oportunidade de ver apart-hotéis imensos que parecem castelos. Eles são muito bonitos! Parecia que estávamos em um sonho. Priscilla, 4ª série A

Seguimos para a Praça São Benedito, em Capivari onde participamos de uma gincana, junto com crianças e adolescentes do Acampamento dos Pumas. Para participar da 2ª etapa era preciso trazer uma mulher para declarar amor a um desconhecido. Meu grupo ganhou e então... fomos para a segunda etapa. Trancados em uma loja de chocolates, “Sabor Chocolate” fomos desafiados a comer todo chocolate que conseguíssemos durante um minuto. Breno, 4ª série B

Passeamos no comércio, tomei chocolate quente... Bruna, 4ª série I

Andamos sozinhos próximos à Praça do Capivari. Me senti super-livre, pois estava ‘sozinha’ com minhas melhores amigas em uma cidade nova. Luana, 4ª série A

Cansados retornamos ao hotel, tomamos um banho relaxante, jantamos uma comida quentinha e... Cindy, 4ª série I

Mais tarde assistimos a mais duas encenações: “Dona Perua”, dramatizada pela 4ª A e “O caso da limonada”, pela 4ª I. Fomos para os quartos arrumar nossas bagagens para o próximo e último dia, nessa cidade maravilhosa! Priscilla, 4ª série A

No museu Monteiro Lobato
No museu Monteiro Lobato
No dia seguinte fomos ao Museu Pedagógico Monteiro Lobato, em Taubaté. Conhecemos os ‘personagens’ do Sítio do Pica-Pau Amarelo, a jaqueira de Lobato e um pouco mais da vida do escritor. Cindy, 4ª série I

No Sítio havia duas Emílias, dois Viscondes, artistas caracterizados, porque muitas crianças estão visitando o museu de Lobato e os personagens estão precisando se multiplicar para receber a todos que lá chegam. Comprei uma bonequinha Emília, muito fofa! Bruna, 4ª série I

Assistindo à Emília viva
Assistindo à Emília viva
Dramatização
Dramatização
Encontramos tia Nastácia, Emília, Narizinho e o Visconde, que dentro da antiga casa de Monteiro, nos explicaram sobre a vida dele. Após esse momento fomos assistir à peça “Lobo Lobisomem” apresentada pelo pessoal do Sítio. No teatro do Sítio, onde foi apresentada a peça pelos artistas-personagens de Lobato, foram realizadas duas encenações, pelos alunos do Da Vinci: “Peixinho Afogado”, pela 4ª A e “Barba de Dom Pedro I”, pela 4ª I. Priscilla, 4ª série A

Já era hora do almoço e fomos à Cantina Gadiolli, excelente, e comemos arroz, feijão, bife e batata frita. Como estava muito quente tivemos sorvete como sobremesa. Cindy, 4ª série I

O gerente do restaurante bateu uma foto nossa para juntar às outras várias que se encontram penduradas nas paredes do restaurante. Breno, 4ª série B

Saímos em visita à Casa do Figureiro, local de exposição dos trabalhos artesanais dos Figureiros do Vale do Paraíba. A viagem estava acabando... Priscilla, 4ª série A

As peças são feitas de argila. O artesanato é muito bonito. O símbolo dos figureiros do Vale é o pavão. Bruna, 4ª série I

O meu grupo, responsável por cobrir, como repórteres, aquele local, tirou várias fotos e eu entrevistei a pessoa responsável pelo trabalho de comercialização da produção. Cindy, 4ª série I

Às 16h embarcamos para São Paulo. No meio do caminho paramos para lanchar. Breno, 4ª série B

No ônibus a gente contava histórias, contei três. Bruna, 4ª série I

Chegamos ao aeroporto atrasados, mas conseguimos pegar o avião. Luana, 4ª série A

Embarcamos na aeronave TAM (vôo 3134) às 7.54 e tivemos um pequeno atraso pois havia muitos aviões decolando e pousando. Às 8h15m levantamos vôo e chegamos em Vitória às 9h45m. Breno, 4ª série B

Esta viagem, para mim, foi muito boa em relação a conhecimento e diversão. Foi um pouco cansativa , mas em compensação conheci São Paulo, Campos do Jordão, tomei banho de rio... Enfim, conheci e aprendi muitas coisas totalmente desconhecidas em meu pequeno mundo, e tenho certeza, guardarei isso para sempre na lembrança. Luana, 4ª série A

No dia seguinte refleti e percebi que foi uma viagem diferente das outras excursões que fiz com a escola: viajamos de avião para outro estado, me diverti com meus amigos e pude aprofundar meus conhecimentos sobre a obra literária de Monteiro Lobato. Foi muito produtiva. Priscilla, 4ª série A

Chegamos ao aeroporto de Vitória às 9h30m, me despedi de todos os meus amigos e fui correndo abraçar minha família para contar as novidades. Cindy, 4ª série I

Gostei muito da viagem pois adquiri muita experiência e gostaria de repeti-la. Breno, 4ª série B

Curti e aproveitei essa cidade linda, Campos do Jordão, aprendendo muitas coisas Brina, 4ª série I


Texto de Maria Helena Salviato Biasutti Pignaton:

E não foi que o pó de pirlimpimpim - tirado sorrateiramente e na imaginação lá do “Sítio do Picapau Amarelo” pelas crianças das 4ªs séries do Centro Educacional Leonardo da Vinci – acabou levando-os de verdade ao encontro de Emília, Narizinho, Dona Benta, Tia Nastácia e demais personagens que vivem naquele mágico recanto, agora transformado em museu pedagógico? O pensamento inicial era fazer uma “Viagem ao Céu”, igualzinha à aventura que a turma do Sítio fez e que foi imortalizada em livro; que os alunos-viajantes voaram, voaram, mas não chegaram à lua ou à Via Láctea ... aterrisaram no mundo maravilhoso de Lobato.

Em sua 6ª versão (outubro/2002), a Viagem Acadêmica a Campos do Jordão mostrou-se revitalizada, com os alunos-viajantes dividindo-se em subgrupos com diferentes funções: repórteres em ação; pesquisadores de campo; criadores literários; sujeitos críticos; interlocutores da realidade. O legado maior: os participantes não apenas receberam, mas interagiram e construíram, interferindo na realidade e atuando como multiplicadores de ações culturais e educativas.

Tantos trabalhos, vivências, experiências e aprendizagens parecem “pequenos” quando contados por alguém da “platéia”. Então, veio-nos a idéia de socializar com o leitor essa incursão lobatiana, a partir de produções efetivadas pelos próprios alunos, em “diários de bordo” iniciados durante o percurso acadêmico e concluídos quando do retorno à escola.

Após uma seleção difícil, devido à qualidade das abordagens e à consistência das tantas elaborações dos alunos, optamos pela coletânea a seguir, uma congregação de seis diários de bordo ilustrativos da viagem (dois por grupo-classe), congregando diferentes perspectivas: a informativo-descritiva; a poética; a crítico-reflexiva. Feita essa montagem para a Internet, percebemos que um ótimo instrumento de socialização das vivências escolares pode estar no dar voz e vez aos alunos, os “atores” principais da cena educativa.

Nos diários de bordo escritos por diferentes alunos – os aqui oferecidos à sociedade e os tantos outros, que circulam no ambiente de sala de aula, nas trocas feitas entre alunos e educadores, nas residências dos alunos-viajantes - a riqueza existente na diversidade de leituras e olhares sobre a literatura e a realidade, um mosaico de percepções. Às famílias de cada aluno-viajante e a outros alunos/educadores que não participaram da viagem, deixamos sugestão no sentido de conhecerem o material produzido e dar retorno aos produtores. O grande sentido da socialização escolar é gerar outros movimentos de inter-ação.

À medida que concluídos os trabalhos resultantes do projeto literário que se agregou à viagem, a partir da leitura aprofundada da obra Minhas memórias de Lobato, de Luciana Sandroni, e da proposta feita aos alunos para atuarem como sujeitos do conhecimento, produzindo, após a viagem, um jornal informativo, histórias literárias ou cartas de intenções para os administradores dos locais visitados, organizaremos outras iniciativas de divulgação. Há intenção de produzir um artigo/ensaio para publicação em futura edição de “Leonardo em revista”, dando conta da grandeza das aprendizagens experimentadas e detalhando as etapas de todo o processo.


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