Homenagem a Maurício de Oliveira

O violonista e compositor capixaba Maurício de Oliveira foi e ainda é o maior de todos os músicos do Espírito Santo. E não por acaso o Da Vinci o escolheu como seu patrono na música. A sala de música da escola leva o nome de Maurício de Oliveira e, além disso, é possível apreciar um trecho da música ”Canção da Paz”, de autoria do mestre, em pauta de aço inox na entrada do Centro Musical Da Vinci.

Sala de música do Da Vinci com o nome de Maurício de Oliveira.












Trecho da partitura da música "Canção de Paz" na entrada do Centro Musical Da Vinci.








Falecido no dia 1º de setembro de 2009, o Da Vinci não poderia deixar de homenagear a maior expressão do violão capixaba e um dos grandes violonistas do Brasil. Para isso, convidamos o violonista Fabiano Mayer, professor e diretor da Orquestra de Violões da FAMES, discípulo de Maurício de Oliveira e intérprete da sua obra para tocar a música “Canção de Paz”, 2º lugar no 5º Festival Mundial da Juventude, em Varsóvia, na Polônia em 1955.



O evento aconteceu no dia 03 de setembro, na Quadra Grande do Da Vinci, em dois momentos, o primeiro para os alunos do Infantil ao 5º ano do Fundamental I e depois para os estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental II a 2ª série do Ensino Médio.






O Centro Educacional Leonardo da Vinci e Maurício de Oliveira foram parceiros. Em 1997, Maurício lançou o cd, “VIOLÃO, CORPO E ALMA”, e em 2003 o cd “70 ANOS DE VIOLÃO”, ambos com apoio cultural do Da Vinci.






Maurício de Oliveira no Centro Musical Da Vinci, em 2006.















História

Maurício de Oliveira nasceu em Vitória, no Porto das Pedreiras, no dia 19 de julho de 1925. 8º filho do pescador Sebastião e da dona de casa e lavadeira Maria, Maurício desde pequeno sonhava em ser músico.

Influenciado pelo tio-avô José Inácio e pelo irmão José, Maurício, aos seis anos, já arranhava as cordas do cavaquinho. Com o primo Alfredo, o irmão José e o violonista amigo da família José Rufino, veio o aprendizado do violão.

Junto com seu irmão José, formou a dupla “Os Irmãos Oliveira” e passou a se apresentar em bailes e festas. Com isso, Maurício mostrou a seu pai reparou que tinha talento e que queria fazer do seu ideal uma profissão séria e ser respeitado.

Em 1936, Maurício foi procurado por Clóvis Gomes e foi convidado para conhecer uma emissora de Rádio, onde poderia trabalhar posteriormente. “Os Irmãos Oliveira” ensaiaram junto com a 1ª Regional da futura Rádio Clube do Espírito Santo até 1939. Em 1940 a Rádio foi inaugurada, sendo batizada de PRI-9, a Voz do Canaã.

Em 1955, Maurício de Oliveira tornou-se internacionalmente reconhecido como compositor e músico. Além de ser o único brasileiro participante do 5º Festival Mundial da Juventude, realizado no palácio da Cultura e da Ciência, em Varsóvia, na Polônia, Maurício conquistou o 2º lugar tocando Chopin, Bach e “Canção da Paz”, música de sua autoria.

Um dos grandes companheiros de profissão de Maurício de Oliveira foi Hélio Mendes, com ele o sucesso de Maurício foi consolidado. Os dois foram os músicos mais influentes em todo cenário da música popular produzida no Espírito Santo durante o século XXI. Juntos conquistaram o Prêmio Estácio de Sá, em 1963, na categoria de “Conjunto revelação em disco elepê”.

Maurício tocou com artistas conhecidos nacional e internacionalmente, entre eles estão: Cauby Peixoto; Carmélia Alves, conhecida como a Rainha do Baião; Fadista Ester de Abreu, famosa cantora portuguesa; Albertinho Fortuna, astro da Rádio Nacional; Nelson Gonçalves; Emilinha Borba.

Casou-se com Luiza em 1947 e tiveram quatro filhos: Sebastião, Heloísa, Luiz Maurício e Ludmila.


Fonte:
- Livro “Maurício de Oliveira o Pescador de Sons”, de Marien Calixte, publicado em 2001.

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