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Contextualizando saberes – Infantil ao E. Médio
15/03/2011 · por Maria Helena Salviato Biasutti Pignaton · Tags: Perspectiva Cultural



Contextualizando saberes – Do Infantil ao Ensino Médio
2011 : Ano do Patrono da Ecologia no Da Vinci

    Orquídeas e beija-flores, mesmo que nem todos com vida, já povoam o Leonardo da Vinci desde nosso primeiro dia de aula: das capas dos cadernos de comunicados ao componente cultural das agendas de estudantes e professores; dos murais de sala de aula à exposição da escultura “O beijo”, na área de acesso à sala de professores; das toalhas dos refeitórios aos motivos estéticos de convites; dos ensaios/artigos publicados em nosso site às discussões conceituais travadas em sala de aula; das iniciativas autônomas (esparsas ainda) adotadas por alunos e suas famílias às tentativas de interferência da Escola sobre a realidade, de modo a fazer ressurgir o legado de um grande homem da terra. Assim, a riqueza da fauna e da flora locais, que teve Augusto Ruschi como explorador, estudioso e divulgador, passa a fazer maior sentido para nossos alunos, os quais começam também a atuar como multiplicadores do repertório deixado pelo Patrono da Ecologia do Brasil.


Exposição da escultura "O Beijo" no Da Vinci

    Os conteúdos escolares não se concretizam na descontextualidade. As aprendizagens não se realizam sem a curiosidade. As escolas precisam propiciar desejos que instiguem ao aprender. É essa crença que buscamos alimentar no cotidiano escolar, estimulando nossos alunos a se impregnarem do olhar observador, espírito investigativo e atitude científica, em sua vida cotidiana.

    Como uma espécie de tema transversal, o legado de Ruschi irradia-se sobre os diversos segmentos da Escola. Professores do Infantil já escreveram uma primeira versão da peça teatral “Augusto Ruschi, o defensor da Natureza”, a ser apresentada em data a ser divulgada posteriormente (estão em fase de ensaios e aperfeiçoamentos), como mote para gerar possibilidades de experimentação e sistematização com os pequeninos. No Fundamental I, o projeto Folclore privilegiará o tema, além do que haverá um maior investimento na percepção dos efeitos do legado de Ruschi sobre a realidade na viagem às Três Santas e na busca de interfaces do nosso currículo com o legado de Ruschi, em torno dos animais (tema transversal no currículo do segundo ano) e água (tema transversal no currículo do quarto ano).



    Já no Fundamental II, será realizado um concurso de redação (com prévia oportunização de repertório para os alunos) tendo como tema a Ecologia e seu patrono e possibilidade de expressão em diferentes gêneros textuais, bem como já está planejado um trabalho voluntário de grafitagem dos muros do parque aquático da Escola, em tributo a Ruschi.  No âmbito do Ensino Médio, a Gincana Cultural já em curso (ver notícia específica no site) privilegiará atividades de pensamento/reflexão sobre assuntos relacionados ao multifacetado Augusto Ruschi, bem como ensaios científicos/artísticos e propostas de interferência sobre a realidade. Além do que já está planejado/organizado, algumas tratativas vêm sendo feitas com equipe técnica e professores para agregar outras possibilidades de experimentação, sistematização e recriação.

    Como no país da Escola o encaixe das peças propicia uma formação integral de grão em grão, observa-se que nenhuma destas iniciativas deve ser encarada isoladamente, pois têm sua contribuição no conjunto. Com efeito, quando a missão e metas são compreensão da comunidade, estamos sempre numa teia, pois tudo se encadeia e nada se dispersa. Assim, durante 2011, os conteúdos específicos e as iniciativas de ampliação cultural mais uma vez se entrelaçarão e se somarão a outras experiências já vividas, mostrando uma sintonia de movimentos e um grande intercâmbio de saberes/fazeres/aprenderes, que respingarão no entorno.

    Orquídeas e beija-flores (mas não só) serão recorrentes em muitos trabalhos/artigos/notícias em nosso site, em 2011. As famílias que acompanharem essa dinâmica colherão bons subsídios para discussão, evolução, transposição de informações e conhecimentos, criando oportunidades de aproximação, interesses comuns e motivos para aconchegos com os filhos/alunos. Eis mais uma ótima possibilidade de viver de perto os efeitos da cooperação entre Escola e Famílias, em matéria de criação de ambientes ideais para aprender e compartilhamento de ganhos na formação das futuras gerações, quando se abraça a cultura como filosofia de vida.





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