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Formação contínua - Matemática
27/06/2013 · por Paulo de Tarso Rezende Ayub · Tags: Da Vinci


RE-ENCONTRO COM BIGODE: UMA REFLEXÃO PAUTADA NA PRÁTICA

Em continuidade ao propósito de aprimorar o currículo de Matemática na Escola, visando a trazer impactos para a melhoria da qualidade de ensino, tivemos o privilégio de receber entre nós, em mais um sábado dedicado à formação de professores, o matemático Antonio José Lopes Bigode, um dos mentores do PCN e atualmente envolvido nas diretrizes dos “Direitos de Aprendizagem” para o Fundamental I, o que traz um desafio para as escolas no sentido de prover “aprendizagens significativas” para todos, não apenas para os mais hábeis/dotados.



Bigode é um entusiasta da educação matemática com significado e autor da coleção didática adotada para o Ensino Fundamental I a partir de 2013, além de componente de diversos grupos de trabalho que estudam o tema a fundo, criador de sequências didáticas inteligentes e profissional que alimenta sua teoria à luz da prática, já que não se afasta da sala de aula, como professor/consultor.

Uma das principais contribuições do encontro foi conscientizar nosso grupo (gestores e professores) de que, em termos de Educação Matemática, nunca se deve esgotar os conteúdos e transmiti-los de forma estanque (o que era a base da abordagem tradicional); e sim tratá-los como objetos de estudo em espiral, sob as perspectivas de “introduzir”, “aprofundar” e “complementar”.

O convidado abriu espaço inicial para que as professoras relatassem dificuldades e dúvidas delas próprias e de alunos e pais em lidarem com uma Educação Matemática que sai do mecanicismo/repetição e parte para a metacognição (explicar o porquê dos fenômenos matemáticos, apropriando-se da linguagem matemática para comunicação e argumentação) e em que as dimensões algébrica, numérica, probabilística, geométrica, funcional e proporcional entrem em conexão, para favorecer o pensamento matemático ampliado.



A análise de capítulos/propostas da obra adotada no Da Vinci e sua testagem em sala de aula forneceu ótimo instrumental para que o especialista conhecesse as abordagens/metodologias exploradas desde o início do ano, desmontasse ideias preconcebidas dos professores, trouxesse alternativas para envolver os pais em atividades de pensamento (e não de memorização/repetição). E, principalmente, para não criar uma ideia de confronto entre abordagens tradicionais, construtivistas e experimentais, que podem se alternar em prol da aprendizagem significativa.

Mesmo sendo acolhedor quanto às cobranças impostas à Escola e professores por parte da comunidade, o que é natural em todo processo de mudança, foi incisivo em assegurar que o lugar da definição não precede o conhecimento; que a aprendizagem significativa enfrenta diversas etapas/desafios e também depende de habilidades e conhecimentos sociais por parte dos estudantes; que a diversificação de possibilidades de resolução de problemas transpõe a Matemática do artificial para o real; que as formas unilaterais de avaliação devam ser “mexidas” para responder aos desafios de uma ciência aplicada e incorporada ao cotidiano.

Bigode alegou que a Matemática é uma ciência conservadora, por ser pautada em tratados para sábios, o que fica evidente na configuração do currículo, impregnado de conteúdos de pouca aplicação prática ou muito além das possibilidades dos alunos que não detêm uma aptidão especial para a disciplina. Para ele, a tônica do ensino deve estar na resolução de problemas e nos conteúdos que possam ser transpostos para o cotidiano com priorização do numérico sobre o algébrico e com uma exploração da geometria visível nas configurações da realidade.



Bigode deixou um canal aberto para que as professoras mantenham contato com ele, partilhem dúvidas/sugestões/angústias e que sejam ousadas em oportunizar espaço para que os alunos criem seus próprios princípios matemáticos, dividam suas linhas de raciocínio e métodos de resolução de problemas, envolvam os pais na consciência de que a Matemática também é uma ciência da estimativa e das probabilidades, não apenas da exatidão.

É um momento instigante vivido no Da Vinci, compatível com o currículo de perspectiva cultural e com o histórico de uma escola que tem sido pioneira em muitas frentes educativas e celeiro de reflexões.




MATEUS TUMANG ANDRADE · 01/07/2013 09h36
Muito bacana!Adorei... rsrsrs



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