O Eco-turismo, entendido como viagem consciente a áreas de natureza privilegiada, é alvo de interesse no mundo todo, e pode ser considerado uma atividade econômica em expansão. 2002 é o “Ano Internacional do Eco-turismo”, assim designado pela ONU e incluído no calendário da UNESCO com a meta de promover reflexões sobre o tema, de forma a garantir os benefícios socioeconômicos, minimizando os impactos negativos. Nesse contexto, as atividades de eco-turismo podem converter-se em educação ambiental, na medida em que propiciam um contato harmônico com a natureza, ensinando um comportamento de respeito e valorização dos recursos ambientais. Tais reflexões fundamentam a Viagem Acadêmica a Caparaó, realizada com as 6as séries – 2002.
No primeiro dia da viagem, após chegada ao hotel, o grupo visitou a “Tecnotruta”, empresa localizada ao pé da Serra do Caparaó pelo lado do Espírito Santo, no município de Ibitirama. A empresa é uma referência nacional na criação de trutas em escala industrial e na preocupação com a preservação ambiental. Durante a visita, o grupo foi monitorado pela zootecnista Gláucia, para conhecer o laboratório de reprodução, os tanques de engorda e o local de processamento das trutas para consumo.
O segundo dia foi reservado ao Parque Nacional de Caparaó, que impressiona pela variedade e beleza da vegetação - quaresmeiras, embaúbas, ipês, canelas e canjeranas, além de muitas orquídeas, entre outras. O Parque abriga vários picos, como o Pico do Cristal e o Pico do Cruzeiro, mas a principal estrela do lugar é o Pico da Bandeira, o terceiro mais alto do Brasil. Para poder iniciar a caminhada até o Pico, o grupo passou pela portaria do Parque com destino à “Tronqueira”. São oito quilômetros de subida, feita de jipe, até a última área do parque acessível a carros.
Dali para a frente, era preciso muito fôlego: faltavam 9 quilômetros de caminhada. Depois de ajeitarem as mochilas, os alunos e professores – Baby, Shirley, Raquel e Brunela –, começaram a percorrer a segunda etapa da subida com destino do “Terreirão”, onde iriam lanchar. Este percurso de aproximadamente 4,5 km foi feito com muitas paradas para descansar, reabastecer os cantis com água das nascentes e observar a bela paisagem ao redor.
Após um breve período de descanso, reiniciaram a caminhada de mais 4,5 km com destino ao Pico da Bandeira. Essa terceira etapa também foi realizada com muitas paradas, respeitando as condições de cada um, em virtude das dificuldades de se vencerem os últimos 800 metros. Após seis horas de caminhada chegaram todos ao terceiro pico mais alto do Brasil, com 2890 metros.
Apesar do tempo um pouco encoberto e do frio, o todos reuniram-se para as fotos e observaram, durante alguns minutos, a incrível paisagem que surgia à sua volta.
A descida, de aproximadamente 3 horas e meia, foi muito tranqüila. O grupo pode ainda “curtir” o pôr-do-sol e os últimos 30 minutos da caminhada, que foram realizados à noite com o auxílio de lanternas.