HILAL foi um dos dez brasileiros, único capixaba, a participar da exposição Papel e Papel, reunindo 32 artistas de 4 países latino-americanos, realizada na cidades do Equador, em maio de 96.
Apesar de ser uma técnica milenar no Oriente, o papel artesanal ainda é um experimento novo para o Brasil e a América Latina. Entretanto um número cada vez maior de artistas plásticos tem utilizado este recurso como suporte ou mesmo como expressão. Ele, por exemplo, utiliza o papel que produz a partir de retalhos de tecidos, reciclagem de outros tipos de papéis e de fibras de plantas, como seda pura e bananeira.
Presenteada pelo artista plástico, a escola passa a contar com um painel de papel feito à mão, cuja matéria prima são trapos de algodão e pigmentos. O ritmo do trabalho é baseado na caligrafia árabe, sugerindo música e corais do mar.
Curiosidades da obra: grandes dimensões, como pedem a textura e as sombras. É reservado um espaço entre a parede e a obra, exatamente com o objetivo de projetar o efeito da "trama".
Medindo 2,40 x 1,60 m, o painel está instalado no corredor do 2º andar, iluminado por dois spots adequadamente posicionados, produzindo sombras que são parte integrante da obra.
Em detalhe, pode-se perceber a textura e a pigmentação.
Na busca do material ideal, HILAL utilizou tecidos com até 20 anos de uso. Quanto mais macios, mais apropriados para o trabalho.