Presente no currículo do Da Vinci desde as séries iniciais, com uma carga horária ampliada para as turmas do Integral, a Oficina de Artes possibilita ao aluno experimentar e explorar as possibilidades da linguagem artística, utilizando-se dos meios físicos, culturais e virtuais, em atividades de criação e fruição da Arte. Nesse contexto, interage com materiais, instrumentos, técnicas e processos de criação, utilizando-os em trabalhos pessoais, e incorpora o saber artístico como desenvolvimento da percepção, reflexão e criação, comunicação e interações socioculturais.
Fazem parte das oficinas de Arte aulas de apreciação estética e crítica de obras de arte dos mais diversos períodos históricos, além de produção artística em materiais de diferente natureza, visto que observando, analisando e produzindo arte sob diferentes dimensões, o aluno amplia seu repertório cultural e supera a visão do fazer artístico como artesanato e receituário de técnicas, sem transposição de conhecimentos ou diálogo com outros campos do conhecimento.
Durante sua vida acadêmica, em ambiente reservado, os alunos trabalham com a argila, a madeira, pintura a óleo sobre tela; desenvolvem mosaicos com azulejo quebrado (como alguns afrescos que decoram o muro da piscina da escola); criam releituras (mais que réplicas) de obras universais e produções brasileiras; abraçam projetos ousados que compõem o acervo estético da Escola. De maneira sintonizada a esses fazeres, os alunos mantêm contato com a história da arte - pré-histórica, egípcia, grega, renascentista, barroca, neoclássica, contemporânea -, adquirindo conhecimento de causa perante o fazer estético e aprendendo a estabelecer relações entre arte/intencionalidade/contexto histórico/função social.
A experimentação artística, impregnada da dimensão científica, tem sido a tônica de muitos dos trabalhos vivenciados. A reprodução do teto da Capela Sistina no interior da Escola, a partir do conhecimento da técnica de afresco usada por Michelangelo, instigou os alunos à construção de uma abóbada de madeira e à criação de uma réplica da Criação do Mundo, por meio de reproduções gráficas, vivenciando o trânsito por diferentes áreas do conhecimento, visto que à produção propriamente dita mesclou-se o estudo contextualizado e a inquietação com as ideologias/visões de mundo retratadas pela Arte.
Já a réplica de grutas decoradas com pinturas rupestres, uma produção cultural decorrente da viagem acadêmica às Minas Gerais, agrega as dimensões de arqueologia e antropologia, dando visibilidade à Arte como uma manifestação do humano e oportunidade aos alunos de revisitarem marcos representativos da trajetória do homem pela sociedade. Também as oficinas de fotografia e de pinturas a óleo, além de levarem os alunos a manterem contato científico com técnicas e manuseio de materiais, abrem espaço para ensaios individuais, ângulos diversos, recortes particulares (tudo sempre movido pela atribuição de sentido e função à Arte), o mesmo ocorrendo com releituras de clássicos da Pintura, por vezes mesclando em uma mesma produção estilos artísticos de diferentes épocas, numa releitura panorâmica da História da Arte.
Na trajetória da Escola, são recorrentes as exposições artísticas que
colocam o aluno no papel de protagonistas, valorizando as produções
geradas desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, para que se possa
visualizar a diversidade do trabalho e oferecer à comunidade educativa
contribuições culturais. A maior parte das peças produzidas é destinada
ao próprio aluno no final do ano, mas eventualmente alguns exemplares
são selecionados para compor o acervo estético da Escola ou decorar os
ambientes pedagógicos (salas de aula e Midiateca), tal a qualidade de
algumas criações e a disposição dos “artistas Da Vinci” em doá-las para
que exerçam a função cultural tão priorizada pela Escola.
Na seção das
Notícias, podem ser encontradas matérias relacionadas a estes temas, dos anos anteriores e do ano em curso.