Por que, ao andarmos, fazemos força para trás e, no entanto, nos deslocamos para frente?
Esse fenômeno pode ser explicado através da 3ª Lei de Newton (ação e reação) e de um estudo mais detalhado do tipo de força que faz com que nos movimentemos para frente: a força de atrito. Foi justamente para tentar entender melhor esse tipo de força que os alunos do 1° ano I se deslocaram até o espaço de experimentos.
O objetivo da aula era medir o coeficiente de atrito (que representa o grau de rugosidade existente entre duas superfícies) entre um bloco de madeira e uma superfície qualquer, utilizando-se um plano inclinado.
De posse do valor do peso do bloco de madeira (que era obtido com a utilização de um dinamômetro), os alunos deveriam aumentar a inclinação do plano até que o bloco iniciasse um movimento de descida, medindo aí o ângulo limite de inclinação.
Após a realização de vários ensaios com pesos diferentes, verificou-se que o ângulo limite não variava se fossem trocados os pesos. Isso possibilitou aos alunos a visão de que o coeficiente de atrito independe da massa que está colocada sobre a superfície. Vejamos por que:
Na iminência de movimento, vem:
Logo:
Pode-se então concluir que o coeficiente de atrito (m ) entre o bloco e a superfície realmente não depende do peso do bloco.Os alunos puderam também concluir que, se a superfície na qual foi colocado o bloco fosse menos áspera, o ângulo limite seria menor, uma vez que o coeficiente de atrito seria menor.
Esse tipo de aula possibilita ao educando uma compreensão mais qualitativa dos fenômenos estudados pela física newtoniana, acarretando um aumento do interesse pelos estudos na área de Ciências Exatas.