O Professor de História do Centro Educacional Leonardo da Vinci, Paulo César, fez uma exposição sobre Ouro Preto - cidade mineira, berço da exploração de ouro no Brasil e palco de disputas pelo poder na época em que o país ainda era colônia de Portugual. A aula faz parte de um projeto sobre o Barroco, conduzido pela Oficina de Artes Verrocchio, do Da Vinci, com os alunos das 8as séries.
Ouro Preto surgiu quando, durante uma expedição comandada por Duarte Lopes com o propósito de capturar índios para o trabalho escravo, um mulato, que acompanhava o grupo, encontrou pequenas pedras. Duarte Lopes, pressentindo seu valor, entregou-as ao governador do Rio de Janeiro, Artur de Sá, que constatou tratar-se de ouro.
No ano de 1698, o ouro começou a ser explorado e, ao redor das minas, surgiu um arraial que, em 8 de julho de 1711, foi elevado a condição de vila, passando a ser chamado de Vila Rica de Albuquerque e, posteriormente, de Vila Rica.
Com o aumento da produção do ouro, edificaram-se templos e palácios e, através de um decreto de 24 de fevereiro de 1923, Vila Rica foi elevada a capital da Província de Minas Gerais, mudando seu nome para Ouro Preto, Cidade Imperial, a 20 de março do mesmo ano.
Uma das características marcantes de Ouro Preto é a arte barroca. A adoção desse estilo está diretamente ligada ao descobrimento das minas e a conseqüente riqueza de algumas camadas da população. O Barroco brasileiro coincidiu com o nascimento da consciência nacional e tornou-se a primeira possibilidade de expressão artística do país.
O Barroco surgiu na Europa e procurou estabelecer uma síntese entre o pensamento renascentista - quando o homem voltou a ser a medida de todas as coisas, numa referência à cultura da Antiguidade Clássica (greco-romana) - e o pensamento da Idade Média, que valorizava o mundo além da vida.
No Brasil, nas cidades próximas a Minas, especialmente em Ouro Preto, surgiu o barroquismo mineiro, que transferiu aos templos parte da riqueza gerada pelo ouro.
O arquiteto, entalhador e escultor natural de Vila Rica, Antônio Francisco Lisboa - o Aleijadinho -, é o maior representante da arte barroca no Brasil. Entre suas esculturas, destacam-se Os Doze Profetas e Os Passos da Paixão, em Congonhas, além de inúmeras obras em Ouro Preto e nas cidades vizinhas.