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Projeto Habitar é assunto no Jornal do Brasil
13/09/1999 · por Centro Educacional Leonardo da Vinci

Começam mudanças no ensino

O ensino médio deixará de ser a ante-sala do vestibular. Vai preparar para o mercado de trabalho – de nível técnico ou superior – como acontece em outros países, inclusive na Espanha, de onde vem a inspiração para as mudanças no sistema educacional brasileiro. A campanha que explica a reforma já está nas TV’s. Pressionado pelo aumento de 40% nas matrículas, o MEC finalmente porá em prática a separação entre a formação clássica-humanista e a técnica-profissionalizante.

"A Educação de que a sociedade precisa não é a que temos", admite o ministro da Educação, Paulo Renato Souza, mas assegurou que não deixará de investir na universidade.

O assunto continua na Página 10 e Caderno Empregos do jornal.

Na Página 10, uma entrevista com o ministro Paulo Renato de Souza, intitulada Uma revolução no ensino médio.

No capa do Caderno Empregos, uma entrevista com Serafín Antúnes, professor titular da Faculdade de Educação da Universidade de Barcelona e a indicação de três temas:

Metodologia (Escolas inovam suas práticas de ensino), Etnomatemática (As contas das diferentes culturas) e Profissões (As chances do programador visual).

Na Página 3 do Caderno Empregos está a matéria sobre o Projeto Habitar, transcrita a seguir.

Escolas trabalham com projetos reais.
No Brasil, muitos professores já estão usando a pedagogia de projetos.

Construir estradas, fazer projetos de casas e hospitais pode não ser a finalidade da escola, mas projetos reais e inseridos nas necessidades da comunidade vêm sendo usados no Brasil como eixo de trabalho de escolas que buscam novas formas de organização e ensino.

É o caso do Centro Educacional Leonardo da Vinci, de Vitória (ES), onde os alunos se viram frente a uma proposta de ensino completamente diferente das que conheciam: aprender matemática construindo casas e, de quebra, discutir cidadania. A idéia de desenvolver um projeto real, que recebeu o nome de Habitar, em torno do qual se organizam as situações de aprendizagem, partiu do professor de Matemática, Luciano Machado.

Ainda sem a característica interdisciplinar que em geral faz parte desse tipo de metodologia, o Habitar reúne 160 alunos de quatro turmas da 2a. série do ensino médio, que se dividem em quatro grupos, cada um com uma tarefa definida a ser realizada. O ponto alto do projeto é que cada um tem liberdade de atuar como quiser, trabalhando com autonomia e poder de decisão.

Os trabalhos começam com a apresentação e a descrição dos objetivos e metodologia na sala de aula. A turma toma conhecimento das possibilidades e limitações que o projeto oferece. De cara, fica sabendo que o orçamento para a construção da moradia está fixado em R$ 50 mil.

Nas fases seguintes, os alunos realizam pesquisas de campo para a aquisição do terreno e compra do material de construção. Assistem, também, a palestra de profissionais do mercado para conhecerem suas áreas de atuação, principalmente com os clientes.

No momento, está agendada a vinda de um técnico da prefeitura para falar sobre o papel do município no uso e na ocupação do solo urbano, além de taxas, visitas de fiscais à obra e do tratamento de esgoto. Os próximos passos são a coleta de novos recursos e, por fim, a discussão da importância do decorador.

O professor Luciano Machado acredita que o maior mérito do projeto encontra-se na maneira como vem sendo desenvolvido. "É uma experiência inédita na vida dos alunos. Aqui, eles tomam conhecimento de uma didática nova, aproximando a realidade da sala de aula. Trabalhando com projetos desse tipo, o professor deixa de ser o centro das atenções, para se tornar o mediador", disse.

Nem tudo, porém, são rosas. O projeto encara sérias dificuldades e chega, às vezes, a caminhar vacilante. Um dos problemas ocorre durante as provas. Ao fim de cada bimestre os alunos se desligaram do projeto para estudar as outras disciplinas. Machado acredita, no entanto, que na avaliação reside o maior problema. "O grupo se reúne e se dá as notas. É uma situação complicada porque os alunos que não fizeram nada querem se dar nota máxima. Há uma tremenda discussão entre eles", disse, assegurando que não faz nenhuma intervenção, a não ser em casos extremos.



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