Ex-alunos debatem mercado de trabalho com 250 alunos

Os ex retornaram para mostrar o que enfrentam nesse mercado globalizado, explicar o que é a profissão na prática, as brechas que existem e tirar dúvidas dos que, hoje, enfrentam o difícil dilema do que ser ou não ser no futuro.

O projeto de 99 foi iniciado em abril, promovendo palestras e debates com profissionais consagrados de distintas áreas e segmentos. Foram 18 palestras. Em junho, os jovens fizeram trabalho com psicólogos especializados em orientação vocacional.

Nesta última e terceira etapa, os estudantes também foram divididos em grupos de até 25 pessoas. Dezesseis salas de aula abrigaram o encontro, que contou com dois blocos de 15 palestras simultâneas, entre 9h30min e 12 horas.

Os próprios estudantes escolheram as profissões abordadas, conforme sua preferência: cinema, turismo, publicidade e propaganda, engenharia, direito, entre tantas outras. Uma das maiores expectativas foi alcançada. Os ex deram depoimentos com visões diferentes dos colegas veteranos que já estiveram na escola. Os jovens, em início de carreira, falaram da própria fragilidade, da angústia e das conquistas que enfrentam no dia-a-dia. Sem omitir as dúvidas que também tiveram há poucos anos, quando viveram o dilema do que ser e do que fazer da vida.

O encontro foi aberto com Edina Bonsucesso, consultora mineira de recursos humanos da Varig, Celite, Caixa Econômica Federal e Viação Águia Branca. A palestra foi realizada das 7h30min às 9 horas, no anfiteatro. O tema foi empregabilidade. A consultora enfatizou que as novas gerações não devem se iludir. "Hoje é preciso falar de profissionais e não de profissões. O conhecimento geral e social, a música, o cinema e as artes em geral têm que ser incorporadas por qualquer profissional. É preciso ter sensibilidade para humanizar o mundo".

Para Edina, o profissional terá que ser cada vez mais versátil e criativo já que os mercados estão reduzidos. O ideal é abrir o leque de atuações, descobrindo brechas para associações com outras profissões. "Não há mais espaço para profissionais acomodados. O profissional terá que estudar cada vez mais, se informar, se especializar". Outra necessidade é aprender a aliar compromisso e competência, cumprimento de prazos e horários, trabalho em equipe, priorizando sempre os valores morais.

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