Com este título, foi publicado no jornal A GAZETA MERCANTIL, em 27 de março de 2000, artigo assinado por Clésio Moraes, falando dos Projetos que estão acontecendo no Da Vinci.
Leia o artigo, transcrito na íntegra.
O Centro Educacional Leonardo da Vinci continua inovando no ensino fundamental.
Primeira escola de horário integral no estado, o Centro Educacional Leonardo Da Vinci, criado há dez anos, volta a inovar. Desta vez, o estabelecimento de ensino está aproveitando o caráter mais liberal da reforma educacional do ensino médio, que permite 25% da carga horária para as matérias optativas, e está oferecendo aos seus alunos o curso (projeto, na linguagem do colégio) de Introdução ao Comércio Exterior (Incomex). Idealizado pelo professor Luciano Machado Couto, os estudantes não deverão ter muita dificuldade para se aproximar do conteúdo ministrado já que a característica econômica do Espírito Santo é o comércio internacional.
Com oito portos em seu território, uma das áreas portuárais mais importantes do País, o estado apresenta ainda números que poderiam justificar ao mais resitente dos pedagogos a importância da nova matéria inserida no currículo do antigo segundo grau pelo Leonardo da Vinci. No ano de 1998, por exemplo, o comércio exterior capixaba movimentou recursos da ordem de US$ 5,8 bilhões, sendo que as importações somaram um valor maior do que as importações. A primeira ficou em US$ 3,4 bilhões e, a segunda, US$ 2,4 bilhões, segundo os dados mais recentes da Secretária de Comércio Exterior do governo federal.
O curso, com 56 horas/aula, será ministrado em quatro módulos durante todas as quartas-feiras, pela manhã, até o final do semestre letivo. A primeira aula aconteceu no dia 22 último e, durante o curso, os estudantes recebem informações sobre como o Espírito Santo foi influenciado pela sua história e geografia para se tornar no pólo de comércio exterior que é hoje. E nesse enfoque não deverá faltar o debate em torno dos principais ciclos econômicos que marcaram ou ainda respondem pelo sucesso econômico estadual como o café e a industrialização.
No primeiro dia do curso, os participantes assistiram a uma palestra dada por técnicos do Sebrae sobre o tema "Pensando em abrir um negócio". Nas próximas etapas, a disciplina vai abordar os conteúdos: "Marketing pessoal e etiqueta empresarial", "O papel do Sebrae no comércio exterior" e, por fim, essa primeira parte termina com os alunos realizando uma mesa-redonda para discutir sobre o mercado de trabalho.
O professor Luciano Machado Couto destaca que o Incomex é uma forma de aproximar o aluno de sua realidade local, mas sem limitar fronteiras, preparando-o também para o mercado de trabalho cada vez mais globalizado. Os conteúdos específicos a serem repassados para os participantes são um exemplo disso como: matemática financeira e câmbio; noções de logística; o mercado potencial da Internet para importação e exportações; profissões ligadas ao tema estudado; empresas exportadoras e importadoras; Corredor de Transporte Centro Leste; idioma instrumental do setor; Organização Mundial do Comércio (OMC); e introdução à Administração.
Com 1,2 mil alunos, o Leonardo da Vinci introduziu três novos projetos pedagógicos: "Careta convicto"(sobre drogas), "Todo brasileiro é louco por carros" e "Uma idéia na cabeça e uma câmera na mão", disciplina que pretende incentivar o gosto pelo cinema nos discentes. O projeto sobre carro ficará por conta do professor de Física João Duarte. Ele está encarregado de abordar sobre a história do automóvel, das montadoras no País, legislação, preços e uma visita ao laboratório de mecânica do Senai. Os motoristas do futuro também vão receber orientações sobre o Código de Trânsito Brasileiro. Uma das partes práticas do projeto é a sinalização da rua da escola, que será feita pelos estudantes. Esse trabalho deverá culminar numa campanha educativa de orientação aos pais, que no dia-a-dia tumultuam um pouco aquela região.
Premiado seis vezes com o diploma Qualidade Brasil, conferido pelo consulado de Mônaco, o centro educacional ganhou ainda o título em 1998 de melhor escola do ano, dado pela Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen). No ano passado, o colégio se credenciou como o primeiro parceiro da High School Texas Tech University, na América Latina.