A competência de classificar

Em março de 2000, os alunos de 6as séries do CENTRO EDUCACIONAL LEONARDO DA VINCI, sob mediação da professora Zuleika (Zizi), Raquel e Valéria, trabalharam um conteúdo significativo nas aulas de ciências: a classificação por critérios. Tratando-se de uma abordagem interdisciplinar, os educandos poderão utilizá-la em outras aprendizagens, por transposição de conhecimento.

A primeira parte da atividade consistiu no manuseio/agrupamento de saquinhos de pano de diversas padronagens, tamanhos, "enchimentos" e pesos. Na realização das tarefas, os alunos, divididos em grupos, puderam perceber a importância de bem definir e descrever critérios de classificação.

Numa segunda etapa – específica para a disciplina – as equipes receberam sacos plásticos contendo modelos de animais das mais variadas espécies, inclusive a humana. A proposta era criar regras próprias para separação dos "bichos", segundo critérios preciosos. Cada grupo, após criar hipóteses, deveria testar a validade de suas teorias, a partir da percepção prática demonstrada pelos interlocutores.

Como fecho do trabalho, empreendeu-se uma discussão coletiva para apreciar os critérios de classificação criados em cada grupo, e suas vantagens/desvantagens. Houve partilha das competências e habilidades desenvolvidas ao longo do trabalho, além das dificuldades e descobertas surgidas. As argumentações consistentes de grupos distintos levaram à conclusão de que não existe uma verdade absoluta, ou um conceito definitivo. Após todo esse processo, a extrapolação de conhecimentos e a apropriação da teoria que envolve a Classificação Geral dos Seres Vivos, de Lineu, com a constatação de que os seres vivos, apesar de terem grandes diferenças, comungam diversas semelhanças.

Construindo diversos conceitos (cognitivos e procedimentais/atitudinais), como critérios, classificação, semelhanças e diferenças, participação em grupo, organização, disciplina, formulação de hipóteses e sistematização de conclusões, os alunos adquiriram conhecimentos que os ajudarão a organizar não só seus conhecimentos (intra e exta-escolares), mas também aspectos importantes de sua vida cotidiana: livros, guarda-roupas, CDs, arquivos de computadores, etc. É a escola preocupando-se não apenas em propiciar o pensamento científico, mas em dar um caráter utilitário aos conteúdos construídos.

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