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Não Pise nas Flores
15/12/2000 · por Ana Cláudia Nahas

"Não pise nas flores", o emocionante drama romântico apresentado pelo 2ºI-1, foi a peça que alcançou a pontuação máxima no concurso de Teatro dos 2os anos do Ensino Médio do CENTRO EDUCACIONAL LEONARDO DA VINCI. A produção foi perfeita, em todos os detalhes.

A começar pela divulgação da peça, feita por um grupo instrumental – flauta transversal, violões, acordeon e percussão – formado pelos próprios alunos da turma, vestidos a caráter. Através de sua música, os alunos do 2º I-1 transformaram o início do dia da escola em um momento de emoção.

O mesmo clima criado na divulgação foi retomado na entrada do Anfiteatro, para a elegante recepção dos espectadores.
"Cuidado, Corina... Não pise nas flores". Enfim, o tão preparado e esperado início.

O ano é 1902. Constanza (Juliana Cibien) decide conhecer a casa que recebera como herança. Ali, Constanza encontra um velho diário, que será o elo entre o Romantismo do tempo atual da peça e os flashbacks que trarão o ano de 1503, época em que vivera o nobre renascentista Francesco (Vinícius Faustini), antepassado de Constanza.

Lendo o diário, Constanza descobre em Francesco um homem desequilibrado e ambicioso, cuja obsessão pela esposa (Marina Favaratto) o levara a contratar um talentoso pintor (Rafael Bernardo) para retratar seu adorado rosto. O diário encontrado por Constanza pertence a essa mulher infeliz – pela repressão do marido, pela solidão e pela ausência da filha Giovanna (Karla Brejensk), que acabara de se casar.

Ao longo da trama, um sofrido amor surge entre a mulher e o pintor. Num momento de suspense, a platéia descobre que este amor era inviável, pois Francesco financiava o tratamento de saúde do sogro tuberculoso: é este o motivo que obriga a infeliz esposa a recusar o convite de fuga feito por seu amado.

Em sua desesperança, o pintor vai embora, deixando apenas o quadro que pintara e uma carta – nunca encontrada pela protagonista. Esta, desolada pela perda de seu amor, vê-se sozinha com Francesco, e com seu único dever: cuidar do pai. Entretanto, no dia seguinte à partida do pintor, ela recebe a notícia do falecimento de seu pai. O desespero a leva ao suicídio.

O ápice da peça é atingido quando, de volta a 1902, Constanza descobre atrás do quadro a carta deixada pelo pintor e nunca lida. Enquanto a voz do pintor, em off, revela a promessa de que ele estaria em Milão esperando por sua amada, Constanza vira o quadro para a platéia, que reconhece a Monalisa. O pintor assina: "Com amor, Leonardo."


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