Pequenos começam a desenhar com Eliza
A adaptação da criança de até dois anos à escola é sempre um momento que merece cuidado. No Infantil I do Centro Educacional Leonardo da Vinci, os pequenos encontram professoras e assistentes atentas a este desafio. Elas alegram e distraem esses “quase bebês”, tornando mais fácil a adaptação às atividades coletivas. Tudo isso é feito dentro de orientações educacionais e pedagógicas consistentes. E com a presença de pais, mães ou avós, nos primeiros dias – facilitando a transição lar-escola. Para os pequenos alunos, o que importa é se sentirem seguros, cercados de atenção e com muitas opções para novas aprendizagens.
Ninguém pára quieto por aqui. Estamos na área de recreação do Infantil I, e os “pinguinhos de gente” correm, andam de velocípede, mexem com areia, brincam no fogãozinho, sobem no escorregador... Um choro quer começar, mas a professora Eliza está pertinho. Um abraço e pronto, o Gilberto já se sente consolado.
Alguém chora. É o Pedro: “Mãaae!” Claro, a resposta é “mamãe foi logo ali e já volta”. E é verdade mesmo: a mamãe Corina está entre as que ficam por ali, atentas, acompanhando a movimentação.
É importante essa participação de mães, pais ou avós. Em algumas famílias, eles se revezam no acompanhamento do aluno. Nesta fase de adaptação, a presença de alguém da família torna a criança mais segura. “É uma ruptura” – diz Brunella Biasutti Pignaton. “É sair do que é conhecido – a casa e a família – para o que a criança não conhece. É preciso ajudar a criança a sentir-se segura e transferir os laços de confiança da família para as professoras. Nisso, a presença dos pais nos primeiros dias, de adaptação, é muito importante”.
Tem “gentinha” aqui que nem fala ainda. Muitas crianças só apontam os brinquedos que querem, tímidas. Outras estão permanentemente preparadas para iniciar uma choradeira sem fim, quando se assustam ou quando seus desejos não são logo realizados. Por isso, a atenção tem de ser total. E é preciso também que haja várias atividades planejadas, para que o envolvimento das crianças ainda tão pequenas – entre um ano e sete meses e dois anos – seja realmente significativo.
O Nando, por exemplo, já cansou de brincar no fogãozinho. A orientadora Karine percebe e já lhe dá prontamente outra alternativa, de modo bem descontraído: “Ei, Nando, vamos jogar água na areia?” E como ele parece indeciso: “Vamos brincar com água e areia, encher o baldinho de água, ficar todo molhado?” Bem, agora a coisa já parece bem interessante para o Nando, que logo pega a mão da orientadora, puxando-a para o cantinho da areia.
Enquanto isso, Gilberto e Gabriela, gêmeos, sobem no escorregador; Gabriel anda de velocípede com o pai, Eduardo, e chama também sua mãe, Soraya, sentindo-se em casa porque os pais estão presentes; Helena pega um brinquedo e diz que quer dá-lo à mamãe Morgana; Pedro brinca de fazer comidinha; Ana Luiza pede para ir ao banheiro; Enzo vai para a mesa da sala desenhar. Cada criança é observada em sua individualidade, ao mesmo tempo em que é socializada.
O Infantil I tem 21 crianças, nos turnos matutino e vespertino e no horário integral. Para cuidar delas, estão à disposição Telma, Danielle, Eliza, Karine e Lícia, além da assistente Simone. Mas outras professoras estão sempre “dando uma passadinha” por ali: a professora de Educação Física Dulcinéa, Brunella e a diretora Maria Helena.
Mesas, cadeiras, vasos sanitários, pias, tudo é pequeno, para que todos os alunos possam alcançar sem problemas. Nas salas, letras gigantes em material emborrachado são usadas para sentar, cada um procurando a letrinha inicial de seu nome. Isso esses bebezinhos que estão entrando agora ainda vão aprender – e rápido. Logo, logo, estarão identificando letras, nomes de objetos, cores... É a vida escolar se iniciando. Com o pé direito.