Começou, no dia 12 de setembro, o Festival de Teatro dos 2os anos do Ensino Médio do Da Vinci. Até agora foram apresentadas as duas primeiras peças: Sheika, do 2º ano A e Império do Sertão, do 2° ano B. As duas turmas apresentaram excelentes espetáculos, com figurino, sonoplastia e texto produzidos pelos próprios alunos.
SKEIKA, peça do 2º ano A: lenda ou ficção?
Arqueólogos descobrem a pirâmide
O enredo criado pelos alunos do 2º A começava nos dias atuais, com dois arqueólogos encontrando a pirâmide de Sheika, governante egípcia cujo sarcófago nunca fora encontrado. Sheika teria sido inimiga mortal dos persas, contra os quais esteve em guerra durante muitos anos. Os arqueólogos encontram, na pirâmide, um bracelete persa relacionado à morte do faraó Amon, pai de Sheika. O tempo volta a 550 a.C.
Sheika e Onísis, soberanos do Egito
Triunfalmente, Sheika entra no palco e tem início a narrativa, em flash-back. Interesses territoriais levam-na ao casamento com um fenício, Onísis. A festa do casamento da soberana foi um dos pontos altos da peça, graças à brilhante apresentação das dançarinas egípcias. A coreografia, bem como o figurino e o cenário, foi fruto de uma pesquisa empreendida por um grupo de alunas da turma.
Depois de intrigas que envolviam o bracelete persa, a protagonista, por uma desconfiança infundada, assassina o próprio marido. Ao descobrir a inocência de Onísis, Sheika, inconformada, eterniza-se na forma de uma ave, e passa a errar em torno da cabeceira do Nilo à procura de seu amor interrompido de maneira tão trágica.
Cena final: Sheika transforma-se em ave
IMPÉRIO DO SERTÃO, peça do 2° ano B: realidade recontada
O sucesso da peça do 2º B começou pela divulgação: uma banda tipicamente nordestina, acompanhando a dança dos bonecos de pau esperava os alunos na entrada da escola:
Recriando a história de Lampião e Maria Bonita, o 2º ano B impressionou pela qualidade da montagem. Figurino, cenário, sonoplastia, texto e interpretação - todos os detalhes foram considerados excelentes, tanto pelo júri quanto pela platéia. A precisão da variante lingüística nordestina, reproduzida com fidelidade por todo o elenco, foi um dos pontos altos do espetáculo.
Tendo como pano de fundo o nordeste da década de 40, o enredo apoiou-se em um conflito entre Lampião e Coronel Teodoro, que deixa de cumprir um compromisso assumido com o cangaceiro.
Na versão do 2º B, Lampião toma Maria, filha do coronel, como garantia do pagamento da dívida. Maria consegue fugir do cativeiro, mas ao descobrir que o Teodoro não era seu verdadeiro pai, entra para o bando de Lampião. Como na história real, Maria e Lampião são assassinados e suas cabeças expostas em praça pública.