"Em busca do arco perdido” ou “Todo dia ela faz tudo sempre igual”...
É Júlia, vem procurar o arquinho...
De como Júlia sobe a escada e vai, todos os dias, ao “Achados e Perdidos”, procurar seu arquinho.
São quase 17h. Rosana, Lorena e Nélia, que cuidam dos “Achados e Perdidos” (ou seriam “Perdidos e Achados”, já que perde-se antes de achar-se), aguardam a maçaneta girar, na tentativa da abertura da porta, missão às vezes cumprida, às vezes não...
Uma vez na sala, o diálogo se inicia com duas frases básicas: “vim buscar o meu arquinho” ou “acharam meu arquinho?”
É a Júlia, do Infantil II-I.
“Todo dia ela faz tudo sempre igual”, como diria Chico Buarque.
E começa o segundo ato: Júlia apanha a caixa dos pequenos objetos e “procura” seu arquinho.
Mas, existe um arquinho a ser encontrado?
Ora, encontrou um arquinho!
Mas será esse o arquinho da Júlia?
Hum...
“Não é esse, não”.
“Como é o seu, Júlia?”
"E assim, com florzinha...”
E continua a busca.
Aproveita e dá uma olhadinha geral, “curte” alguns “achados”, comenta, analisa... vezes risonha...
... vezes compenetrada.
Há um problema... o arquinho!
Onde está esse arquinho?
Bem, acho que Júlia terá de voltar amanhã.
Quem sabe esse arquinho aparece?
Enquanto isso, quem sabe, experimentar fazer a ponta de um lápis?
Será que ela veio procurar o arquinho?
Fazer ponta no lápis?
“Bater um papinho” com Rosana, Lorena e Nélia?
A que veio Júlia?
Fazer a ponta em um lápis, usando o apontador de mesa!
É tarefa difícil. Júlia gostaria de aprender...
Mas é preciso concentração, esforço...
Será?
Pelo sorriso zombeteiro, será?
Eu sou a Júlia! Consigo...
Por que Júlia procura o arco? Naturalmente ela administra a situação, sabe que o arco não é importante. Será que ela realmente perdeu o arco? São espaços no Da Vinci que se tornam agradáveis para os alunos, como a pracinha, o recanto próximo dos mastros das bandeiras, o caramanchão, diversos lugares do “estar bem”...Júlia identificou o seu. Vai deixar saudades quando crescer e achar o seu arquinho. Os cachinhos dourados deixarão de alegrar o ambiente e, possivelmente, só voltarão quando verdadeiramente um “arquinho” for perdido. Mas, é hora de ir embora. O seu pai, cúmplice da busca do arquinho, aguarda pacientemente.
E Júlia ainda faz charme, “dificulta”...
O pai tem que esperar.
Pronto, chegou lá embaixo!
Como normalmente os perdedores de “arquinhos” são pessoas maiores, não havíamos sentido a necessidade de mais proteção na escada.
Júlia nos despertou para isso. Colocamos uma rede de proteção.
Bom para todos.
E amanhã, Júlia voltará como “caçadora do arco perdido”?
Só aguardando para ver. Se não voltar, terá crescido. Diremos: que pena...