O Da Vinci vem investindo na coerência entre as diversas dimensões do currículo: o formal e o informal; o prescrito e o realizado; o explícito e o oculto. Nessa perspectiva, os relatos de experiências e ensaios teóricos publicados em “Leonardo em Revista” procuram refletir o que acontece numa escola inquieta, em que permanência e mudança alternam-se visando ao aprimoramento de um projeto educativo que se pretende diferenciado, desde sua concepção.
Na edição nº “7” daquela publicação especializada, foi veiculado um artigo/ensaio sobre a “Oficina 4R – Reduzir, reaproveitar, reciclar, repensar”, de autoria da professora de Ciências Zuleika Nasser Fonseca, detalhando a filosofia e o desenvolvimento de um trabalho extra-classe que pretende despertar uma maior consciência quanto ao reaproveitamento de materiais/excedentes e à busca de alternativas para minimizar custos de produção, sem comprometer a qualidade dos fornecimentos.
Naquele ensaio, era feita referência às oficinas em andamento com funcionários e alunos de 5ª e 6ª séries do Ensino Fundamental I, sob mediação da produtora do artigo (coordenadora dos trabalhos com alimentação) e da professora Raquel da Silva Tavares (coordenadora dos trabalhos com reaproveitamento de materiais descartáveis). Ao término do ano letivo, foi organizada uma mostra de produções dos participantes das oficinas, propiciando à comunidade educativa a oportunidade de apreciar a finalização do processo relatado na revista.
Dentre os materiais expostos, constou uma coletânea de receitas e técnicas para produção de alimentos, molhos e xaropes, material para limpeza, embalagens, capas de agenda e papéis de carta. Tudo devidamente testado durante as oficinas, resultando inclusive na elaboração da capa do livro-coletânea.
É claro que o produto mostrado não é o mais importante de um trabalho de conscientização, nem se sobrepõe ao processo educativo que permeia realizações dessa natureza, mas serve para dar legitimidade às iniciativas em andamento, confirmando que aquilo que se escreve, no Da Vinci, não fica fadado a permanecer em linhas mortas. A publicação de uma obra institucional, por sua vez, mostra uma concepção educativa em que o fazer é transformado também em pensar.