8as séries no Anfiteatro: palestra sobre o consumo
Em maio, os alunos das 8as séries do Da Vinci tiveram um interessante momento de reflexão sobre o uso de drogas, em atividade prevista no programa de Educação Física.
O encontro foi mediado pelo Dr. Luciano Rezende, especialista em medicina esportiva, que integrou a equipe brasileira nos Jogos Pan-Americanos de Winnepeg, Canadá e nas Olimpíadas de Sidney, Austrália, como membro da equipe médica encarregada da realização dos exames anti-doping. No exercício de algumas funções públicas, Luciano tem atuado no combate ao uso de drogas: é o idealizador do Serviço de Orientação ao Exercício Físico, foi Coordenador de Educação e Esportes, Vereador, Secretário Municipal de Educação (2001) e, atualmente, é Secretário Municipal de Saúde da Prefeitura de Vitória.
Alunos abertos à informação: atentos e curiosos
Para os alunos do Da Vinci, Luciano trouxe informações objetivas em linguagem extremamente acessível, fazendo uso de metáforas interessantes. Sem dar ao encontro aquele tom "moralista" que às vezes caracteriza esse discurso, o palestrante norteou sua fala pela cientificidade. Ele comparou o corpo humano a um avião, que é pilotado individualmente - com a diferença fundamental da impossibilidade de regeneração: para a "nave" humana, perder "uma asa" é irreparável. Assim como no tráfego aéreo, a informação é imprescindível nas tomadas de decisões, o que aumenta a necessidade de o indivíduo estar conhecer as substâncias químicas e os efeitos de seu consumo: a informação é subsídio para as escolhas que cada um fará.
Os alunos elaboraram perguntas sobre dependência
Luciano falou sobre os efeitos de drogas como cigarro, álcool, maconha e cocaína, alertando os alunos quanto à "propaganda enganosa" sobre as drogas, empreendida por alguns grupos musicais e artistas, que insistem em dizer que a maconha é inofensiva à saúde. Os alunos fizeram diversas perguntas sobre o uso dos esteróides, consumidos por jovens que desejam "resolver seus problemas" de aparência física. O palestrante falou sobre o mundo dos esportes, o sistema anti-dopping e os anabolizantes, cujo uso deixou de ser exclusividade do mundo do esporte profissional e chegou à vida dos adolescentes, em academias de ginástica. Muitos "malhadores" começam a usar esse tipo de droga sem a consciência de seu poder de vício e do perigo - inclusive de overdose - que representam.
Para Luciano Rezende, esse tipo de evento é o mais eficiente trabalho de combate ao uso de drogas. Segundo ele, os grupos de mútua ajuda têm entre 20 e 30% de eficácia, mas o ideal é trabalhar com a informação - muita informação, enfatiza - para evitar que os jovens comecem a usar qualquer tipo de droga.