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Intercâmbio intermunicipal: da teoria para a prática
10/08/2003 · por Paulo de Tarso Rezende Ayub e Ana Cláudia Nahas

A semana de 7 a 14 de junho de 2003 concentrou a primeira etapa do projeto de intercâmbio intermunicipal detalhado em matéria publicada neste site em 04/07/2003: os alunos do Da Vinci foram integrados à realidade escolar e comunitária de Santa Teresa e regiões interioranas do município.

Saída de Vitória
Saída de Vitória
A concentração na porta do da Vinci, com a presença dos pais/responsáveis de todos os alunos-intercambistas, representou uma oportunidade de partilha de percepções e expectativas em torno do projeto. Dois veículos, ocupados com os representantes da escola e os alunos- intercambistas (todos trajando a camisa-símbolo do programa), saíram pontualmente em relação aos destinos, às 7h.

Chegada em Santa Teresa
Chegada em Santa Teresa
Na chegada a Santa Teresa, fomos recepcionados por membros da Secretaria de Educação local e equipe técnica do Ginásio Santa Catarina, bem como pelas famílias selecionadas para receber os alunos-intercambistas na sede do município. Um café da manhã acolhedor representou uma primeira oportunidade de contato entre agentes escolares e familiares, enquanto os nossos intercambistas (os que ficariam em Santa Teresa e nas regiões do interior) eram guiados pelos alunos teresenses para conhecer o tradicional colégio da região, admirando-se com os amplos espaços acadêmicos, os mosaicos e objetos de valor histórico, além dos sons de um piano tocado harmoniosamente por uma pessoa da comunidade.

Recepção em Santo Antonio do Canaã
Recepção em Santo Antonio do Canaã
Em seguida, após entregar os alunos que ficariam em Santa Teresa ao cuidado das respectivas famílias, a equipe do Da Vinci dividiu-se em dois subgrupos, um com destino a Santo Antonio do Canaã e outro com destino a Várzea Alegre. Os alunos-intercambistas, entre ansiosos e apreensivos, conversavam sobre suas expectativas e eram conscientizados sobre a responsabilidade que lhes cabia como pioneiros de um projeto desse porte.

Na primeira das localidades, a diretora da Escola de 1º e 2º Graus Antonio Valesini aguardava-nos na companhia dos familiares dos alunos que acolheriam nossos intercambistas. Um painel gravado na frente da escola dava as boas-vindas aos recém-chegados. Após mantidos os contatos iniciais, os representantes do Da Vinci e os intercambistas conheceram algumas produções culturais em exposição na escola visitada, ficando visível a postura da instituição na socialização de seus projetos e trabalhos acadêmicos.

Alunos recepcionados em Várzea Alegre
Alunos recepcionados em Várzea Alegre
Já em Várzea Alegre, nossos alunos depararam-se com faixas de boas-vindas na entrada da localidade e nas áreas de acesso à escola, sendo recepcionados de forma calorosa pela comunidade, com a presença das famílias que acolheriam nossos alunos, de outras pessoas da comunidade e de alunos voluntários das 5ª, 6ª e 7ª séries, que atenderam ao convite da Direção para se fazerem presentes no primeiro contato. A Diretora Pedagógica apresentou os recém-chegados à comunidade presente, mostrando como era o perfil de cada um, e ofereceu-lhes um presente de acolhida. Um momento de convivialidade, em que alunos da escola interiorana mostraram produções musicais de sua autoria e a intenção de interagirem de modo significativo com os recém-chegados.

Após deixar todos os intercambistas à guarda das famílias que os acolheriam, os representantes do Da Vinci retornaram para Vitória com o propósito de limitarem contatos telefônicos ao mínimo possível, a fim de propiciar aos alunos a oportunidade de aprendizagem de atitudes, pelo convívio em um novo contexto, e de intensificação de autonomia.

Durante os poucos contatos que mantivemos na vigência do intercâmbio, percebemos que cada escola/comunidade reagiu de modo diferente à proposta. Em Santa Teresa e Santo Antônio do Canaã, o viver a vida do lugar deu o tom às vivências dos alunos intercambistas, enquanto que em Várzea Alegre a comunidade mobilizou-se para oportunizar-lhes novas vivências e conhecimentos do entorno. Tudo válido e legítimo, porque realizado sem maiores interferências no cotidiano das comunidades.

Na vivência do intercâmbio, cada aluno teve o compromisso de produzir seus diários de bordo e colher material/fazer registros para elaborar matérias em torno dos núcleos temáticos já definidos na fase preparatória do projeto. Afora uma participante, que retornou no segundo dia por não se ter adaptado à proposta de vivência/trabalho, revelando os imprevistos que um projeto dessa natureza pode assumir, todos os intercambistas vivenciaram a semana com serenidade, tentando adaptar-se à nova realidade e tirar proveito das diversas dimensões de aprendizagem a que estavam expostos.

Várzea Alegre: despedida
Várzea Alegre: despedida
No dia 14/06/2003, a equipe do Da Vinci retornou aos locais para buscar os alunos- intercambistas e colher impressões com as famílias e escolas que os acolheram, o que desembocou num saldo bastante positivo, tanto por parte de quem recebeu quanto por parte de quem foi recebido. A afetividade tomou conta dos momentos de despedida e as lágrimas foram inevitáveis. Os assuntos dominantes eram os planos para a segunda etapa do intercâmbio (que se dará em outubro, com a vinda dos alunos do interior para Vitória, a fim de se integrarem à realidade escolar do Da Vinci e familiar do intercambista com quem manteve contato na primeira etapa do projeto) e o desejo de estender o prazo da vivência (a semana havia voado e deixado um gosto de querer mais).

Oficina 4R: reciclagem de materiais
Oficina 4R: reciclagem de materiais
Demonstrando espírito de interferência na realidade e contribuição, em vez de se limitar ao receber, o Da Vinci valeu-se do encerramento do intercâmbio para oferecer duas oficinas para as comunidades contempladas pelo programa, sediando os trabalhos no Ginásio Santa Catarina: “Arranjos florais” e “4R – Reduzir, reaproveitar, reciclar e repensar”, ambas compatíveis com a realidade de regiões interioranas. No primeiro caso, o objetivo era levar os participantes a aproveitarem matéria-prima da região para produzir arranjos florais significativos; no segundo, discutir o reaproveitamento de excedentes na produção de alimentos e remédios, além de ensinar técnicas para produção de capas de livros e embalagens para presentes, a partir de materiais recicláveis.
Santa Teresa: oficina e despedida
Santa Teresa: oficina e despedida
Foram montadas duas turmas, uma com professores e pessoas das famílias que acolheram nossos alunos em Santa Teresa e outra destinada aos professores e pessoas das famílias dos distritos de Santo Antônio do Canaã e Várzea Alegre. Quanto ao primeiro momento, a presença de pessoas da comunidade ficou aquém de nossas expectativas, o que foi causado pela realização de festa junina na escola no dia anterior, mas os que participaram apreciaram a proposta e dispuseram-se a atuar como multiplicadores. No segundo momento, apenas a comunidade de Várzea Alegre fez-se representar com agentes escolares e familiares, demonstrando excelente receptividade frente aos trabalhos propostos e capacidade de interação. Os frutos das oficinas foram doados aos participantes, após uma rápida exposição no recinto dos trabalhos.

Volta a Vitória
Volta a Vitória
Pelo que sondamos nos contatos com as escolas e famílias que os acolheram, os alunos intercambistas souberam conciliar os prazeres da novidade e da convivência em um contexto totalmente diferente com as atribuições acadêmicas que lhes foram confiadas. A partir de agosto, a escola estará trabalhando individualmente com eles para que possam cuidar da socialização de suas práticas, bem como para definir a melhor forma de compilação das produções culturais geradas no decorrer do intercâmbio (diários de bordo e matérias/reportagens).

A iniciativa vem alcançando excelente repercussão, pelo seu pioneirismo. No dia 14/06/2003, a TV Gazeta veiculou uma matéria sobre o programa de intercâmbio, após ter realizado reportagem de campo contemplando vivências familiares e escolares dos alunos intercambistas do Da Vinci. Cientificada da vivência, a Coordenação Nacional do Programa de Escolas Associadas da Unesco deu-nos um retorno favorável, enaltecendo a importância de iniciativas dessa natureza para o atingimento da educação para a paz. O Da Vinci espera que a socialização dessa vivência sirva para sua multiplicação, agregando outras escolas associadas em torno de um mesmo ideal: revitalizar as concepções e práticas do intercâmbio escolar, dando-lhe maior significação tanto em termos de produção acadêmica quanto em incentivo à convivialidade e tolerância, levando-nos a todos aprendermos com as diferenças e a singularidades.

Veja as fotos feitas pelos alunos durante a semana de intercâmbio:

(CLIQUE NAS IMAGENS PARA VÊ-LAS AMPLIADAS)

Fotos do Caio







Fotos da Carla






Fotos da Cindy







Fotos do Iuri






Fotos da Jasmin







Fotos do João Victor






Fotos do Ricardo







Fotos da Tayana









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