Musical História do Brasil
História Musical do Brasil
Revelando as habilidades vocais e instrumentais que têm desenvolvido durante as aulas de Educação Musical, os alunos do Infantil Da Vinci apresentaram o espetáculo História Musical do Brasil, em outubro de 2003.
História Musical do Brasil
O texto e a seleção de músicas, bem como a direção geral do espetáculo, ficaram a cargo do professor Pedro de Alcântara (Música), que contou com a parceria de Sandra Magalhães (Biblioteca), como narradora, e de toda a equipe da Educação Infantil na organização dos ensaios e das apresentações e na confecção dos adereços que caracterizaram as etnias representadas.
Diversidade musical: capoeira
Através de uma narrativa acompanhada de trilha sonora, foram mostrados os elementos constituintes da diversidade cultural brasileira, com a simplicidade adequada à faixa etária, promovendo o contato das crianças com a história da formação do povo brasileiro e de sua música.
Música dos imigrantes japoneses
Era uma vez, há 500 anos atrás, uma terra muito rica, selvagem e bela, habitada por índios que viviam da natureza e dela tiravam seu sustento. Eles chamavam essa terra de Pindorama e nela eram muito felizes.
(...)
Em dias de comemoração, os índios gostavam muito de cantar e dançar. Ao som de flautas e tambores, a festa entrava noite adentro, e só parava quando o dia amanhecia.
O Infantil V tocou e dançou o tema “Flautas do Xingu”, utilizando tambores, chocalhos, clavas e movimentos da dança indígena, acompanhando uma melodia tocada na flauta pelo professor Pedro. A música selecionada propiciou aos alunos a vivência de elementos fundamentais da linguagem musical, alcançando o objetivo de dar um passo além no desenvolvimento de habilidades rítmicas, por meio da expressão corporal e instrumental (percussiva).
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Mas um dia a tranqüilidade foi quebrada, pois os índios receberam uma visita inesperada. Era um povo diferente, todos muito brancos e vestidos com roupas engraçadas. Eram os portugueses, que vinham de uma terra distante chamada Portugal. Chegaram pelo mar em grandes barcos, as caravelas. Imaginem que os portugueses logo disseram que a terra era deles, mesmo sabendo que os índios já moravam lá bem antes deles chegarem. Então houve uma grande luta, e os índios, que eram mais fracos e armados só com arcos e flechas, acabaram perdendo. Muitos morreram e os que sobraram foram escravizados pelos homens brancos. Os portugueses deram o nome de Brasil à terra conquistada. E trouxeram para cá sua gente, seus costumes, sua língua e sua música.
Portugueses chegam ao Brasil: Terra à vista!
Em formação coral, o Infantil II cantou “Peixe Vivo” e “Alecrim Dourado”, do cancioneiro popular português. A síntese entre poesia e música – a palavra cantada – é um prolongamento daquilo que já há de musical na palavra falada, sendo a canção folclórica a forma musical mais familiar às crianças. Os alunos do Infantil II já começam a compreender e realizar as canções, já construindo relativa precisão no desenho melódico.
Mas o Brasil era muito grande, e não havia em Portugal mão-de-obra o bastante para trabalhar essa terra. Assim, os portugueses entraram de novo nas caravelas e foram até a África, capturando muitos “índios” que lá moravam. Esses eram muito diferentes, todos negros, e foram trazidos para o Brasil como escravos. Nas fazendas de cana de açúcar, o negro africano trabalhava o dia inteiro, e à noite, na senzala, inventava danças e comidas que fazem parte da nossa cultura até hoje.
O Infantil III, com a participação do grupo de capoeira dirigido por Toninho (agente educativo Da Vinci, do Setor Administrativo – Portaria), apresentou a canção Marinheiro Só. Além do objetivo cultural e da formação de repertório no cancioneiro nacional, a aprendizagem rítmica esteve presente entre os objetivos da inserção da capoeira no roteiro do Musical; acompanhando o berimbau com palmas em contratempo, os alunos realizaram uma seqüência rítmica elaborada, característica da riqueza da música afro-brasileira.
Com tanta gente diferente morando no mesmo lugar, o Brasil se tornou uma terra muito interessante. Pessoas do mundo inteiro quiseram morar aqui. E assim aconteceu: espanhóis, alemães, gregos, japoneses e italianos vieram para cá tentar a sorte, trazendo na bagagem a arte e a música de seu país. É o Brasil dos imigrantes.
O Infantil IV apresentou “O Kina Kuri Nô”, representando os imigrantes japoneses. Com tambores, cítaras e pratos, as crianças cantaram e se acompanharam, na canção japonesa. E, em nome dos imigrantes italianos, o grupo apresentou, em formação coral, “O Sole Mio”, com a expressividade característica da música italiana.
Essa mistura de raças, povos, costumes e músicas formou um povo alegre, sofrido às vezes, mas muito rico em sua cultura. A esse povo, chamamos brasileiro, e a ele dedicamos esse musical. Uma verdadeira “Aquarela do Brasil” com os professore e a participação especial dos pais.
Como número final, todas as crianças voltaram ao palco, acompanhadas de seus professores, para cantarem a “Aquarela do Brasil” (Ary Barroso), junto com os pais que, da platéia, acompanharam orgulhosos os passos musicais de seus filhos, nossos alunos.