A educação alimentar tem sido uma meta do Da Vinci desde a fundação; consideramos que a qualidade e a expectativa de vida estão diretamente relacionadas a essa questão. O Da Vinci opta por não ter cantina – atitude que vem sendo cada vez mais valorizada, inclusive por leis municipais a exemplo de Curitiba, que recentemente proibiu a venda de alimentos doces e gordurosos em escolas. Mantemos dois refeitórios, estrutural e educativamente montados para atender aos alunos, com cardápio de lanche e almoço elaborados pela nutricionista da escola.
Para as classes de 1a a 4a séries do Ensino Fundamental, o trabalho de Orientação Educacional sobre o lanche, necessidade de convívio coletivo na escola, tem sido constante e pautado pelas seguintes orientações aos alunos que não fazem uso do lanche oferecido pela escola:
1. Utilizar o Plano Diretor (o cardápio consta das páginas 130 a 143) para organizar o lanche trazido de casa.
2. O lanche vindo de casa deve ser semelhante – do ponto de vista calórico e “visual” – ao lanche oferecido pela escola.
As explicações que temos oferecido aos alunos:
1. O cardápio de lanches é cuidadosamente elaborado, equilibrado para a necessidade de quem se alimenta de forma saudável, fazendo refeições de 3 em 3 horas.
2. É função da escola trabalhar com o coletivo: propiciar situações de mudança de hábitos em grupo – e não individual (o que é função da família) – à semelhança do que acontece com o material escolar – mochila, blocos de atividades e estojo montados pela escola – também objetiva a organização coletiva para a aprendizagem.
Temos tentado sistematicamente, mostrar aos alunos que a mudança de hábitos se torna mais fácil quando feita coletivamente. Se todos tiverem como opção de lanche, em determinado recreio, frutas ou barra de cereais, optarão entre elas e poderão experimentar, gostar, mudar de gosto. Mas se o aluno tiver que fazer sua opção à vista de um lanche, trazido pelo colega, que não contribui para a formação de hábitos alimentares, a educação alimentar coletiva torna-se impossível.
Estamos vivenciando um momento em que muitos pais tentam acompanhar o trabalho da escola, enviando um lanche saudável. Mas ainda há famílias que mandam como lanche iguarias que vemos como impossível para a formação de hábitos individuais – o que se agrava no processo coletivo. Nesses casos, como parte do trabalho de Orientação Educacional, a escola pede que a criança leve de volta o que trouxe e oferece-lhe o lanche previsto pelo cardápio ou, caso a criança não aceite, organiza para que ela faça o momento de alimentação em ambiente separado dos demais alunos.
É no trabalho conjunto - parceria família/escola – que se constrói a continuidade do processo educacional de nossos filhos/alunos.