A consolidação dos conceitos de Física verificados em sala de aula acontece no “Espaço César Lattes”, nome dado ao Laboratório de Física em homenagem a um dos maiores cientistas brasileiros, conhecido mundialmente como um dos responsáveis pela descoberta do “méson pi”, a partícula subatômica que garante a coesão do núcleo do átomo. Lattes é o único físico brasileiro citado na Enciclopédia Britânica.
Embora as turmas do Da Vinci sejam sempre com número pequeno de alunos, o laboratório está apto a receber até 45 alunos.
Em ambiente refrigerado, com boa iluminação, tendo como vista a natureza da Reserva do Itapenambi, área de propriedade da Escola, os alunos têm um contato mais realista com vários conceitos físicos.
Diversos equipamentos estão disponíveis para a utilização pelos professores e alunos, tais como acelerômetro, medidor de densidade, medidor de empuxo, disco de Newton, circuitos elétricos variados, calorímetros, termômetros, osciloscópio, fonte regulada ajustável, freqüencímetro, conjuntos para ótica e outros.
Para o estudo de movimentos é utilizada calha de ar, que reduz o efeito do atrito. Equipado com sensores, o equipamento possibilita a medição de velocidade (espaço determinado por sensores e cronômetro digital medindo o tempo) auxiliando a compreensão e fixação de conceitos.
Movimentos uniformes, uniformemente variados e problemas de dinâmica também são experimentados na calha.
Com o plano inclinado, estudos de movimento uniformemente variado, com participação ativa dos alunos.
Um grupo de alunas ouve as explicações do professor João Duarte sobre os procedimentos para a realização de uma experiência.
É a fase da “coleta de dados”.
Em uma certa inclinação um disco de inércia é impulsionado para subir o plano inclinado. Durante seu movimento, as alunas deverão registrar tempos e as posições ocupadas nesses instantes.
Numa outra simulação, o disco de inércia caminha no sentido do declive, sendo acelerado pela gravidade, considerando-se a decomposição vetorial, etc. Da mesma forma, tempos e posições são novamente registrados.
Agora outro grupo participa de outra experiência. Cada aluno, em ordem, deve verificar e registrar a posição do disco de inércia a cada vez que o professor (que lê um cronômetro) estalar os dedos.
O estalo dos dedos é parte do ensaio, tendo com objetivo mostrar aos alunos a influência do fator humano nas medidas e nas atitudes diárias.
“Decorre sempre um certo intervalo de tempo desde o instante em que o motorista vê o sinal fechar e o momento em que aplica os freios...”.
Enquanto grupos continuam a participar com o professor da observação e registros, aqueles que já fizeram a “coleta de dados” se reúnem nas bancadas para efetuarem os cálculos (com base em suas anotações) e concluírem sobre a prática.