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Produções dos alunos-viajantes sobre a Viagem Acadêmica Internacional 2007 - Trabalho 3
21/09/2007 · por Júlia Sodré

O Louco e seu Castelo
(Hélio Pedro Perim - 1ºB)

Hélio e Letícia na Alemanha, Neuschwanstein
Hélio e Letícia na Alemanha, Neuschwanstein
Sempre tive vontade de conhecer o mundo, de explorar o que eu nunca imaginaria existir, e, o mais importante, a razão de sua existência. Para mim uma vida bem vivida é uma vida questionada, e como eu questionaria minha vida se eu não conhecesse outros estilos de vida com outros costumes e outras perspectivas? Isso não faz sentido para mim, então a única coisa a fazer seria entrar em contato com estas outras culturas que são tão diferentes, porém, ao mesmo tempo, estranhamente parecidas. Como não sou de desperdiçar oportunidades, abracei esta magnífica chance que a Viagem Internacional do CELV me proporcionou.
Irei discorrer sobre o Castelo de Neushwanstein e o rei Ludwig, O Louco.

Na Alemanha, Neuschwanstein
Na Alemanha, Neuschwanstein
Este castelo foi idealizado em meio a insanidade do rei Ludwig Otto Friedrich Wilhelm Von Wittlelsbach (em português Luís II da Baviera).
Famoso por ser fanático pela literatura fantástica, Ludwig ordenou a construção de um castelo que o próprio idealizava em seus sonhos, um castelo tão esplendido que elevasse a sua doentia imaginação ao nível de realidade. Na verdade, Ludwig decididamente não era um político, era um amante da música e da arte e destinava grande parte de seu tempo incentivando o desenvolvimento de tais fatores, além de ter tido um gosto especial para belas construções, e adorava principalmente os castelos medievais. Talvez ele não aceitasse viver em um tempo cujo as fantasias já não eram mais tão comuns, talvez o mundo que ele viveu foi angustiante demais para ele, ou terrível demais, ou pior ainda, real demais. Imagino que seu castelo seria um tipo de abrigo contra um mundo palpável e limitado, cogito a possibilidade também de seu castelo ter sido uma materialização de sua mente distorcida pela fantasia e pela idéia de que existe um mundo mais belo e menos frio que este.
O castelo pode ser descrito como um híbrido de várias mitologias, como a grega, a nórdica/germânica e a cristã. Uma coisa notável é o minuncioso detalhismo, que chega às vezes a ser deliciosamente exagerado, talvez quase tanto quanto a imaginação de Ludwig, que passa de exagerada para doentia. Por volta dos 32 anos, O Rei da Baviera é destituído do trono, a insanidade tinha alcançado seu ápice, e como seu irmão, Otto, por artimanha do destino ou por pura e simples coincidência, possuía fortes problemas mentais, o trono ficou nas mãos de Luitpold, seu tio.
Isolado no castelo de Berguer, Ludwig alimentou sua loucura, e, já irei adiantar, nunca veria, ao menos em vida, seu sonho concretizado, Schloss Neuschwanstein. Morreu no mesmo ano que foi deposto, 1886, afogado no lago Starnberger. Talvez suicidou-se por ter sentido o verdadeiro peso da realidade em seu confinamento, ou por ter percebido que de nada adiantaram seus sonhos, ou por ter se sentido incapaz de continuar a sonhar, ou até mesmo para se livrar do sonho gélido que estava tendo desde o seu nascimento, para fugir deste pesadelo, no qual o real e o irreal já estavam pré-definidos, para entrar nas terras mágicas onde o sol brilharia em amarelo vívido, onde os pássaros cantarolariam as composições de Mozart e as árvores gargalhariam à sua chegada.

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