A semana de planejamento de 2010 foi marcada pela continuidade da formação em serviço, tendo como norteadores as metas definidas pela Instituição para o presente ano letivo, todas focadas na metodologia e no aprimoramento do atendimento ao aluno, em diferentes segmentos e etapas de sua formação. O binômio manutenção/inovação, que traduz a essência do ideário da Escola, fez-se revigorado na condução das reflexões e projeção de ações.

A equipe técnica esteve reunida no dia 24/01/2010 para resgatar as definições alcançadas durante a última semana letiva de 2009 (uma espécie de planejamento antecipado); definir os passos da semana de Planejamento/2010; compartilhar formas de socialização/atuação perante as metas instituídas e resultados esperados.

Já o reencontro da equipe Da Vinci - com o tradicional “café da manhã” no Auditório Santa Ceia (agora estilizado com uma releitura, em painel de “pratos decorados”, da clássica pintura de Leonardo da Vinci) - deu-se no dia 25/01/2010, sendo visível a partilha de um clima de confiança entre os educadores e de alegria/expectativa, pelo retorno ao trabalho. Cada professor recebeu uma pasta personalizada contendo a “Agenda do Professor 2010” e outros subsídios para contextualizar a equipe em relação às metas institucionais e aos caminhos da formação continuada.

Na abertura da Semana, a Direção reuniu-se com todo o grupo de professores para a tradicional “fala de abertura”, conduzida pelos mantenedores e contemplando as dimensões educacional, administrativa e mercadológica.

Inicialmente, Pignaton enfocou o compromisso da Escola no sentido de se manter distanciada e cautelosa em relação ao ano eleitoral, a não ser quando o tema for tratado como objeto de estudo e simulação, a exemplo do que acontece no projeto “Eleitor do Futuro”, já amplamente noticiado neste site. Deixou clara a posição da Direção no sentido de que nosso foco é a formação integral do aluno, não cumprindo a nenhum educador impregnar-se de ideologias políticas, sob risco de afastarmo-nos da missão de criar nos estudantes uma visão diversificada/crítica para o tema e o espírito de tolerância para com as diferenças. 

Pignaton enfatizou o bom desempenho dos alunos de 3º ano no ENEM e no vestibular seriado (Gradual da EMESCAM/FDV), o que se mostra compatível com o investimento na formação contínua propiciado pelo Da Vinci, além de ter feito um comentário sobre a mudança provocada na consideração ou não do ENEM como critério seletivo, o  que tem dificultado  acompanhar  os resultados de nossos alunos nos vestibulares (tal a desuniformidade dos parâmetros), deixando clara a fragilidade de algumas mudanças implementadas em educação, sem que haja um olhar pensado sobre seus desdobramentos.

Victor Affonso, por sua vez, tratou das inovações propiciadas pela Escola na estrutura física, transformando o Da Vinci num “canteiro de obras” durante o período de recesso - o que foi ressaltado em matéria específica na seção “Notícias”. Enfatizou que, sem desconsiderar o caráter abstrato da educação em seus diferentes âmbitos, a instituição preocupa-se em adotar iniciativas concretas que deixem transparecer seu compromisso com a constante readequação do espaço físico às necessidades pedagógicas e ao padrão da prestação de serviços. 

Foi feito um convite para que todos os nossos profissionais percorram a Escola com o olhar observador, de modo a perceberem a intencionalidade educativa por detrás das intervenções físicas ou administrativas. Além disso, lançou-se um desafio aos professores no tocante à política de “endomarketing” (cada integrante da comunidade como um agente socializador de nosso ideário e prática), convidando cada um a ser conhecedor da complexidade do cotidiano educativo no Da Vinci e a divulgar não apenas os produtos de nossa atuação, mas os processos que os permeiam. 

Como integrante da Diretoria de Comunicação, Victor Affonso apresentou a inovação feita em relação ao aspecto mercadológico para 2010, transformando o site no instrumento mais eficaz de acompanhamento do nosso cotidiano e contato com todos os componentes da comunidade, servindo para divulgação de todos os eventos institucionais, prestação de contas aos interessados, interação com alunos e suas famílias, inclusive para acesso à demanda de serviços pedagógicos. O objetivo é consolidar um site dinâmico, com linguagens para diferentes públicos-alvo, contendo todo o ideário e suas formas de operacionalização, além de atualizações permanentes.

Adentrando na dimensão pedagógica, Maria Helena fez um acolhimento inicial a toda a equipe compartilhando os tantos dramas vivenciados ao redor do mundo durante o recesso e  refletindo que, emergindo da dor, a raça humana encontra ânimo para  vivenciar alegrias e experimentar o potencial de superação, solidariedade e disposição para servir. Em seguida, analisou panoramicamente o material distribuído aos professores, tratando detalhadamente das intenções da Escola na estruturação da Agenda do Professor e convidando cada integrante da equipe a utilizá-la como instrumento pedagógico, naquilo que traz de eficaz em matéria de aprendizagens conceituais, procedimentais e atitudinais, por propiciar uma combinação entre projeção e avaliação.Reiterou sua crença de que não há como investir na disseminação da agenda como instrumento cultural e propiciador de aprendizagens, perante os alunos, se os professores não se apropriam desse material com esse mesmo pragmatismo.

Alegou que a meta maior da empresa (e o que justifica sua existência)  é “ser um sucesso” para assegurar a integridade emocional e financeira de toda a comunidade; o que deve se refletir na obtenção dos melhores resultados em avaliações externas e na conquista do acolhimento das famílias e sociedade para o nosso projeto educativo. Pontuou também que a artificialidade da escrita muitas vezes não deixa transparecer o empenho dos mantenedores e da equipe em alinhavar esse interesse mercadológico à missão de formar homens de caráter, virtudes e valores, colocando em primeiro plano a visão de escola sobre a de empresa. 

Maria Helena disse de sua serenidade e incômodo ao lidar com tantos temas recorrentes e vozes discordantes sobre os clássicos em Educação (currículo, metodologia, aprendizagem), o que nos deixa sempre com as sensações de “eterno retorno” e “estaca zero”, até porque lidamos com a imprevisibilidade do humano, a complexidade dos processos mentais, a modificação dos grupos e estratégias, a evolução dos alunos e a incorporação de novos profesores (ainda que em escala mínima),  o fluxo de transformações da sociedade contemporânea, a produção e recepção pedagógicas em diferentes contextos.

Maria Helena compreende que a “fala de abertura” (monologada) faz parte da liturgia do cargo dos mantenedores/administradores e representa um norte para o ano letivo, trazendo abordagens sempre refletidas e pensadas, mas alega preferir o diálogo permanente pelo trabalho cotidiano, formação continuada e capacidade de interlocução que se desenvolve para  tomadas de posição, quando se internaliza o espírito de equipe. Dessa forma, instigou os professores a refletirem individual e coletivamente sobre as metas propostas para cada segmento e a necessidade de responder a desafios permanentes na lida com a educação, especialmente quanto à potencialização das competências de nossos alunos, à complexidade de suas operações mentais e à diversificação de metodologias para aprendizagem, dependendo dos estágios de desenvolvimento em que se encontram.

A fala da Direção, na abertura do ano letivo, deu o tom ideal para o prosseguimento dos trabalhos durante a semana de planejamento, estimulando os grupos a um mergulho no cotidiano e a uma projeção do trabalho, à luz das metas delineadas.  O que se viu, ao longo da semana, foram equipes de trabalho dispostas e inquietas, investigando o cotidiano, refletindo sobre práticas e revendo processos educacionais, priorizando o metodológico e a consideração dos estágios de aprendizagem. A tirar pela leitura do planejamento, 2010 projeta-se como um ano de assumir desafios, buscar produtividade e instituir o acompanhamento como aliado da consecução de metas.

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