O título teria sido o principal objetivo da Excursão Pedagógica que aconteceu nos dias 16 e 17 de abril de 2010, uma das propostas planejadas para o Projeto Cultural que tem como mote a Astronomia.

Os Projetos Culturais, disciplinas oferecidas aos alunos de Horário Integral, têm como finalidade oferecer aos estudantes a oportunidade de relacionar conhecimentos instituídos nas suas relações como o “verdadeiro, o belo e o bom.”

Nem tudo acontece matematicamente redondo.

Vinte e quatro alunos do 9^o I-2, entre 14 e 15 anos e três professores que trocam cotidianamente a experiência do ensinar-aprender nas salas de aula, vivenciaram a experiência de convívio mais intimista durante o dia e pernoite de 16 de abril.

7h30min da manhã. Todos a bordo. Parte o ônibus. Roteiro: Santa Leopoldina, Santa Maria, Santa Teresa. Novamente nossas 3 Santas.

Muitos dos alunos presentes a essa “viagem” fizeram, há 5 anos passados, esse mesmo percurso com a escola. Os objetivos na ocasião, quando ainda bem novos, eram outros: o Rio Santa Maria, a imigração italiana e pomerana, zona urbana...

Bárbara Scarton, presente às duas vivências, representou na primeira, nas ruas de Santa Leopoldina, a Senhora do Sol. Daniela Ribeiro, naquela ocasião, caiu de um brinquedo no parquinho do hotel. Um susto!

Muitas aprendizagens, muitas experiências, muitas lembranças. O que fica de tudo? O escrito na história de cada um.

2010: dia chuvoso. Bom pela temperatura, mau prenúncio para “ver estrelas”.

Paradas previstas para completar (complementar) o que na Escola educadores consideram indispensável: usar todo tempo e oportunidades para fins de aprendizagem. Em Santa Maria, na Usina Hidroelétrica de Rio Bonito, alunos puderam vivenciar,  concretamente, a compreensão do processo de geração de energia elétrica por mecanismo hidráulico; já no  Cindacta, em Santa Teresa, o monitoramento comercial e defensivo de parte do espaço aéreo brasileiro.

Alunos visitando o Cindacta

Meninas na sala de controle da Usina Hidroelétrica de Rio Bonito

Meninos visitando a Usina Hidroelétrica

Meio que atrasados para Ver Estrelas (alunos e professores se perderam entre o hotel e o descampado; 1/2 kilômetro de caminhada), todos no local, minutos antes da queda de uma chuva torrencial. E aí? E então?

E então, numa sexta-feira à noite, junto de seus professores, diretores e assessora da escola, com profissionais do local a preparar o jantar, quatro horas de convívio real, criatividade, relações positivas e alegria contagiante. Brincamos todos, com jogos de interação (não virtuais), até que a chuva desse trégua, não para que víssemos estrelas, mas para que os “foguetes” construídos pelos alunos voassem aos “céus” - uma aula de Física sob céu teresense.

Jantar na casa de Santa Teresa

Jogos de interação na casa de Santa Teresa

Lançamento dos "foguetes"

Não foi naquela noite que pudemos ver estrelas no céu...mas as vimos sentados às mesas e chão, brilhando através dos pingos de chuva. Valeu a pena ver as estrelas terrestres.

Alguns depoimentos:

o professor Alexandre Zanotelli disse que, mesmo que o  objetivo principal não tenha sido alcançado (a observação do espaço celeste), outros o foram. O lançamento dos foguetes, além da diversão, propiciou uma aula diferente, quando os conhecimentos adquiridos em sala, tanto nas aulas de Física como de Astronomia, foram aplicados. Por sua vez, o professor Marcelo Moretto, de Geografia, considerou positiva a experiência, mesmo não tendo sido possível “ver estrelas” no céu. A atividade permitiu uma percepção mais apurada de cada aluno como pessoa, o que a sala de aula nem sempre permite, muito enriquecedora para a relação que se estabelece no cotidiano entre professor e aluno. Considerou, também, como valorosa a aula em campo, especialmente pelo compromisso e comportamento dos alunos em ambiente tão diferenciado de uma sala de aula tradicional. Finalizando, destacou que naquela noite, os alunos foram as “estrelas”.

Os alunos assim se expressaram, por escrito:

“A viagem do Projeto Busca Celeste foi muito boa e superou minhas expectativas, apesar de não termos visto estrelas. Esperava que a viagem fosse corrida demais, e realmente foi, mas conseguimos aproveitar a aula de campo e também nos divertimos muito.”

Pedro Abaurre de Vasconcellos

“ Uma experiência incrível. Aprendemos e nos divertimos. Além de conhecer vários lugares, também nos conhecemos entre nós. E agora estamos muito mais unidos.”

Bárbara Scarton

“A viagem foi boa e produtiva. Infelizmente não observamos o céu devido à chuva.”

Heitor Vieira de Melo

“Irado, muito show.”

Rafael Rossetto Benezath

“Legal, divertida, e uma experiência inovadora.”

João Vitor Turchetti Ribeiro

“Foi uma grande oportunidade que tivemos para ter aulas diferenciadas, dinâmicas e ver coisas que não estão em Vitória, mas que estão diretamente ligadas ao nosso cotidiano.”

Pedro Rezende França

“Fizemos três aulas de campo em um só dia. Aprendi muito.”

Lorena Carvalho Monteiro

“A viagem foi ótima pois fortaleceu as minhas relações com as pessoas da turma.”

Camila Crivilin de Almeida

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