Ediçoes especiais
Ensino
fundamental e médio - Programa High School tem diploma dos EUA
Alunos recebem duas certificações após a conclusão do Ensino Médio, uma que atesta a formação no Brasil e o equivalente norte-americano
Formar-se no Ensino Médio e receber dois
diplomas de uma vez é possível e um grande diferencial para a futuro do estudante.
No Brasil, 16 escolas oferecem o programa de High School, sistema de ensino
norte-americano equivalente ao Ensino Médio brasileiro, que acrescenta à grade
curricular as disciplinas das escolas dos Estados Unidos que não são ensinadas
no Brasil, como política, economia, história norte-americana, literatura
inglesa e oratória.
Na Região Metropolitana de Campinas (RMC), o Colégio Notre Dame é o primeiro a
fazer parceria com a Texas Tech University (TTU), uma das maiores universidades
particulares norte-americanas. Ela é a única que oferece o recurso às escolas
do Brasil. “A própria universidade nos procurou, por achar o perfil do colégio
semelhante ao que eles buscam”, disse o relações internacionais e coordenador
do High School no colégio, Eduardo Francini.
Em 2009, contou Francini, representantes do Notre Dame foram conhecer a
primeira escola brasileira que aderiu ao projeto, há dez anos, em Vitória (ES).
“Iniciamos o programa aqui este ano. Achamos muito importante dar essa
oportunidade aos nossos alunos, pois, além de fazerem o currículo brasileiro
normalmente, fazem as matérias da grade americana que não temos aqui, recebendo
dois diplomas: o brasileiro e o norte-americano, reconhecido pelo governo dos
Estados Unidos”, afirmou.
Podem participar alunos do nono ano do Ensino Fundamental, que concluirão o
curso em três anos, ou do primeiro período do Ensino Médio, que terminam em
dois anos e, por isso, têm uma carga horária mais pesada. “A ideia é não
atrapalhar o último ano para que o aluno possa se dedicar ao vestibular”, disse
o coordenador.
Quanto à estrutura, Francini afirmou que tudo que os alunos fazem, entre
atividades, provas e trabalhos, é montado pela faculdade e passado aos
estudantes por professores especializados, de língua nativa inglesa. “Todos os
exames e atividades são corrigidos nos Estados Unidos e chegam aos professores
americanos pelos Correios. Os diplomas são emitidos pela universidade texana,
que envia funcionários ao Brasil de tempos em tempos para monitorar a qualidade
das aulas”, afirmou.
Um dos grandes diferenciais apontados é a forma como o estudante sai preparado
para a universidade e para o mercado de trabalho. “O inglês que o aluno adquire
com essas aulas é o formal, não o coloquial das escolas de idiomas. Ele não
fazem aula de inglês, mas em inglês. Essa habilidade facilita a admissão numa
universidade estrangeira e é vista com bons olhos por multinacionais”, comentou
o coordenador.
Avaliação
Assim que ficou sabendo sobre a possibilidade de cursar a High School, a estudante
Luísa Gobbo, de 14 anos, não perdeu tempo e quis se inscrever para a prova de
seleção. “A gente teve que passar por uma avaliação para saber se estava apto a
entrar para o projeto. Conversei com meus pais e eles também acharam muito
importante a oportunidade. Fora que eu gosto muito de inglês e sei que esse
diploma vai fazer a diferença lá na frente”, disse.
Para se organizar com tantas matérias e não deixar nada a desejar, a aluna
disse que procura seguir uma linha de estudos. “Quando temos as provas, eu foco
mais nas matérias em inglês. No resto do tempo, procuro aproveitar o período
das aulas de inglês do colégio, das quais os alunos que aderem a High School
são liberados, para me dedicar ao programa, fazer os trabalhos e redações”,
contou.
O estudante Caio Romeiro, também de 14 anos, acha que o inglês é essencial para
qualquer pessoa que tenha perspectiva de uma carreira mais abrangente,
inclusive internacional. “Já fazia aula em escolas de inglês, mas, quando
surgiu essa alternativa, achei muito legal. Aqui é bem diferente pois nós não
aprendemos tanta gramática, mas mais a linguagem que é usada no cotidiano”.
Romeiro tem grandes projetos para seu futuro profissional e acredita na
importância de um diploma a mais. “Para mim, que pretendo cursar uma
universidade fora do País, esse diferencial vai ajudar muito”, ressaltou.
“Ter fluência no idioma inglês é um diferencial e um pré-requisito importante
para participar de qualquer processo de seleção na Bosch, seja para estágio,
trainee ou qualquer outra vaga disponível na organização”,
FÁBIO AMARAL
Gerente de recursos humanos da Robert Bosch América Latina.
PONTO DE VISTA
Lorenço Jungklaus,
diretor do Notre Dame
“A globalização dos mercados ocorre de forma acelerada, inclusive no mercado de
trabalho. A competição pelas boas oportunidades profissionais hoje acontece de
forma global. Desse modo, o domínio pleno de um ou mais idiomas estrangeiros é
imperativo para o ingressante no mercado de trabalho. O Colégio Notre Dame,
consciente do papel histórico que tem desempenhado no sistema educacional de
Campinas, sente-se impelido a prover ao seu aluno condições adequadas que lhe
propiciem o total domínio do idioma inglês ainda durante o Ensino Básico. Mais
do que isso, o egresso do Notre Dame deve estar preparado para frequentar
cursos de graduação e pós-graduação nas melhores universidades do mundo e,
assim, capacitar-se inteiramente para o acesso íntegro às oportunidades
profissionais em nível global. Além do domínio do idioma inglês, o conteúdo programático
das aulas especiais da High School está organizado almejando ampliar a visão do
estudante acerca do funcionamento dos mercados de hoje, bem como treiná-lo no
uso de ferramentas essenciais para navegar por esse universo. Fazer High School
significa, portanto, adquirir um grande diferencial competitivo para o ingresso
no mundo profissional”.