Concluída a etapa de arrecadação destinada ao projeto “Mão na Massa por um Bairro Melhor”, no Bairro Jesus de Nazaré (vizinho à Escola), vimos a público divulgar o resultado alcançado, considerando que os números compõem os demonstrativos mais significativos do êxito da campanha e do envolvimento de nossa comunidade.
Brinquedos: 997
Molho de tomate: 66 latas
Milho verde: 88 latas
Dinheiro para compra de salsichas, pães e embalagens plásticas: 931,00 reais
Material escolar: 3 caixas
Livros de literatura: 128
Para os alunos do Da Vinci selecionados para coordenar o processo, a experiência serviu-lhes para aprendizagens sob diferentes perspectivas. O exercício da oratória e da escrita como recursos de persuasão; a percepção da logística, mediante envolvimento na divulgação, arrecadação, separação e organização de materiais, sob critérios definidos; a administração de contratempos e a superação de desafios; a elaboração de cartazes de agradecimento aos “doadores” e a preocupação com a divulgação de números e informações. Para os “doadores”, os saberes também se somaram: o voltar-se para o outro; o espírito solidário; o desapego e a doação; a sensação de pertencimento e integração. Ao final, todos saem ganhando, disseminando uma visão de envolvimento e trabalho coletivo; incorporando o sentimento de cidadania, inerente à intervenção social sobre o entorno.
O interessante de um trabalho dessa natureza é extrapolar (sem abandonar) o caráter assistencialista, atribuindo intencionalidade às doações e contribuindo, por meio delas, para a culturalização do entorno e a concepção de brinquedo como recurso educativo. Saldos bastante positivos, que nos incentivam a abraçar novas campanhas, diversificando os contemplados.
Para que as impressões dos coordenadores da campanha sejam socializadas na comunidade e sirvam de incentivo para que outros alunos assumam essa função em próximas oportunidades, divulgamos a seguir algumas respostas que eles forneceram a um questionário formulado pela Escola, visando à avaliação da campanha. É importante notar como as visões se ampliam com a maturidade, mas não dá para desconsiderar que, quando se trata de humanidades, o ser humano sempre tem o que dizer, porque deixa fluir a voz do coração.
1-Por que você aceitou participar da Ação Solidária?- Eu aceitei participar, porque me sinto bem sabendo que estou ajudando estas crianças. (Vicente Vilar, 5º ano A)
- Eu aceitei com muito prazer participar do projeto, porque há tantas pessoas em situações piores do que a minha, e não é mais do que minha obrigação tentar ajudar. (Julia Brenda, 1ª série B)
- Aceitei porque acho o meu Dia das Crianças legal e quero fazer com que todas as crianças tenham um dia igual. ( Maria Luísa Zanotti, 5º ano I-2)
2-O que você aprendeu estando à frente como um dos colaboradores?- Estar à frente de uma campanha requer cumplicidade e solidariedade. Por isso, ao realizar esse projeto, desenvolvi meu senso altruísta, percebendo que importante e satisfatório ajudar a proporcionar um Dia das Crianças inesquecível para a comunidade do bairro Jesus de Nazaré. ( Thaíssa Teixeira, 1ª série I-1)
- Estando à frente da campanha,aprendi que a oportunidade de ajudar aos outros traz benefícios não somente aos ajudados, mas também àqueles que se dispõem a ajudar. A solidariedade enobrece nossa alma. (Rodrigo Emerich, 1º I-2)
- Eu aprendi que devemos partilhar com os menos afortunados. (João Vitor Matachão, 6º ano I-2)
3- qual foi sua maior dificuldade em ser um dos organizadores da campanha?- Quando o assunto é ajudar a quem precisa, todas as dificuldades passam a ter um peso muito pequeno, porém, foi um pouco difícil fazer o pessoal se lembrar da campanha e trazer as coisas dentro do prazo. (Camila de Biase, 1ª série B)
- Para conseguir um bom número de arrecadações antes precisamos de conscientizar os outros alunos sobre a importância da doação de cada um. Como muitos esqueciam, tínhamos que relembrá-los todos os dias. Por isso, considero ter sido essa a nossa maior dificuldade. (Júlia Brunelli, 9º ano A)
4- Se a campanha estivesse acontecendo agora você se voluntariaria novamente? Por que?- Eu me voluntariaria novamente porque é muito positivo ajudar os outros. Eu me sinto feliz e tenho certeza de que as crianças que receberão os brinquedos doados ficarão mais alegres ainda. ( Flávia Lagares, 6º ano I-2)
5- Como você classificaria sua atuação na campanha? Por quê?- Em relação à minha atuação, devo dizer que fiz o meu máximo para arrecadar os materiais. ( Luiza Baby, 1ª série A)
-Boa, porque fizemos de tudo para acabar as tarefas e ir recolher os brinquedos. Acho que isso significa que fomos responsáveis. (Helena Abaurre, 5º ano I-2)
6- Escreva uma mensagem para as crianças do bairro Jesus de Nazaré.-Olá, crianças! Espero que a doação de brinquedos da nossa escola tenha lhes deixado muito felizes mesmo. Bom proveito dos seus novos brinquedos. Que tenham um Dia da Criança excepcional! (Rafael Ayub, 5º ano B)
- Espero que tenham um Dia das Crianças tão agradável quanto foi para nós ajudá-los. (João Gabriel Dias, 9º ano A)
- Espero que nosso esforço seja recompensado com sorrisos nos rostos de vocês. Torço para que especialmente este, seja o melhor Dia das Crianças que vocês tiveram até hoje! Saibam que adorei contribuir. Obrigada pela oportunidade. E... aproveitem o máximo possível! Feliz dia das Crianças. (Julia Dadalto, 6º ano I-2)
- Olá, queria incentivar vocês a nunca desistirem de estudar, porque assim irão se tornar ótimos profissionais. (Christiano Dias Lopes, 1ª série B)
- Espero que vocês realizem todos os seus sonhos, pois todos eles são possíveis. Portanto, nunca desistam de sonhar! (Henrique Sellos, 9º ano I-1)
Queremos agradecer a todos os alunos e suas famílias que tão prontamente acolheram nossa iniciativa e empenharam-se para que a campanha de ajuda à comunidade do bairro Jesus de Nazaré fosse bem-sucedida. Com certeza, as crianças atendidas pelo projeto vivenciarão um Dia da Criança diferente, podendo brincar e desfrutar de um lanche saboroso, além de receberem também material escolar e livros em bom estado, para montagem de sua biblioteca. A sensação de contribuir para o bem-estar do outro, seja por meio de doações, seja por meio de ações, dá grande alento e deixa-nos com uma inquietude interior, à espera de outras possibilidades.