Ritos de passagem: encontro com pais de alunos do 2º ano do Fundamental
São tantos os ritos de passagem que ocupam nossa memória de adultos: a transição da infância para a adolescência, os aniversários, a entrada na universidade ou no mundo profissional, o casamento, o nascimento dos filhos, a chegada dos netos ... Sob a perspectiva das crianças, também podemos nos reportar a passagens significativas: nascer, entrar na escola, passar do Infantil para o Ensino Fundamental ... E foi sobre esse momento da vida dos filhos/alunos que estivemos (Escola e Famílias) a refletir no encontro realizado no último dia 08 de fevereiro.
Um considerável grupo de pais participantes (e até uma avó, personagem representativa na formação dos “jovenzinhos” filhos/alunos) e seus olhares motivadores trouxeram o incentivo que esperávamos para “combinar” uma aproximação com o único objetivo de contribuir para que este rito de passagem seja um marco positivo na vida estudantil de nossos filhos/alunos.
Durante a agradável hora e meia que percorremos juntos, discorremos sobre esse momento singular (que não mais voltará) e o que ele representa tanto para as crianças quanto para seus pais/professores. Estiveram em pauta, e com a profundidade que merecem, temas como adaptação, cotidiano estabelecido, aprendizagem significativa, transposições e trocas entre as dimensões escolar e familiar da nossa vida, reflexos do “social” sobre os procedimentos e atitudes dos filhos/alunos na aprendizagem escolar. Em suma, a necessidade de desenvolver aprendizagens mais amplas do que a “simples” apropriação de conteúdos que podem se encontrados prontos em livros, enciclopédias ou
sites e até decorados, como se fôssemos papagaios (com todo respeito à ave) e não beija-flores (com todo o aprecio).
De tudo que foi tratado no encontro (seja nas falas coletivas, seja nas individuais colhidas após a reunião), traçamos caminhos, reconstruímos rotas, fortificamo-nos para uma atuação conjunta, porque parceria é “trabalho” (discutido, negociado, construído) e não “verniz”.
Os ritos de passagem não podem ser eleitos, definidos ou valorizados por apenas um dos suportes sobre os quais o tampo se mantém estável. Assim, Escola e Família devem estar conscientes das atribuições que lhes são comuns e das funções que não podem delegar uma à outra. A união e o discernimento entre as duas, para todas e quaisquer ações sequenciais, levam à moral da questão:
A união faz a força, Desde que acreditemos que...
Uma andorinha sozinha (ou beija-flor) não faz verão.