A fundação parece que foi ontem, mas eis que adentramos no 22º ano de funcionamento do Da Vinci. Escola-criança, pré-adolescente, adolescente, adulta ... Muitas idades e fases, só que não pela cronologia linear, em que a cada etapa nova se sucede uma outra. A escola detém idades misturadas, dependendo das consolidações, das revisitações, dos repertórios, dos memoriais, das experimentações, das inovações ...
Como instituição de ensino que prima pela formação continuada e pelo protagonismo de seus alunos, a Escola observa também a multiplicidade de tempos vivenciais, por parte de diferentes indivíduos de nossa comunidade. E as sensações de pertencimento que brotam nessa relação assumem diferentes feições, dependendo da faixa etária dos produtores.
Por ocasião da comemoração de mais um ano de vida da Escola, no último dia 05 de março, os estudantes do Ensino Fundamental I deixaram sua marca ilustrando os painéis da Capela Sistina com produções temáticas em homenagem ao Da Vinci, praticando a leitura de entorno e contexto ao trazerem o legado de Augusto Ruschi (nosso patrono em 2011) como mote e inspiração.
Para além das produções selecionadas para a exposição que já foi objeto de matéria neste site, alguns pequenos estudantes dedicaram à Escola pérolas de aparente simplicidade, mas que trazem significados implícitos e propiciam leituras sobre o olhar das crianças em relação ao nosso projeto educativo. Eis algumas das delicadezas que foram trocadas conosco:
Os cartões das alunas Chloé Rozindo Sandoli e Lívia Magalhães Monteiro (3º I-1) trazem uma fachada que remete à ideia de escola como espaço fechado, intransponível (portas fechadas, grades e muros), mas um interior transparente e vibrante, que revela a dimensão dos afetos, carícias e gostares; um reconhecimento pela busca da qualidade em educação e coerência da função educativa.
Já o jornal produzido pela dupla Anna Merton Vazeos e Bruna Aoki Rodrigues (5ª I-1) traz um olhar mais atento para as especificidades de nossa Escola, desde o sociointeracionsimo de nossas aulas e projetos, passando pelo viés cultural-humanista e alcançando nosso compromisso com a consciência alimentar. Em se tratando de produção autônoma das alunas, que cuidaram minuciosamente de cada detalhe, é uma expressão reveladora da importância da escola no imaginário e no racionalismo de nossas crianças.
O Da Vinci também não deixou a data passar “em brancas nuvens” e celebrou sua nova idade doando aos seus “convidados de honra”, sempre tão queridos, uma marca expressiva de nosso investimento em educação: um marcador de livros promovendo um encontro simbólico entre Da Vinci e Augusto Ruschi. Que nosso presente marque presença em muitos momentos intimistas de nossos alunos na leitura, produção e transformação do conhecimento.