08/06/2011 · por Paulo de Tarso Rezende Ayub · Tags: Da Vinci

A estrutura pedagógico-administrativa do Da Vinci é uma grande engrenagem, em que cada peça exerce sua função individual e harmoniza-se com as demais para propiciar aos nossos alunos as melhores condições de trabalho, atendimento e contextualização.

Por sua complexidade, o funcionamento desse todo costuma passar despercebido para muitos estudantes que são a ponta do processo e que, por estarem envolvidos com a dinâmica escolar e em “linha direta” com os professores, não encontram oportunidade para interagir com a rede de pessoas que operam nos bastidores para fazer o “moto contínuo” da Escola girar; no nosso caso um quadro composto por praticamente cento e vinte profissionais da área administrativa (não-professores) atuando em setores de diferentes especialidades/funções.


Nesse sentido, a distribuição das bolsas retornáveis criadas por força de tarefa coletiva, na gincana cultural sobre Augusto Ruschi realizada com as primeiras séries do Ensino Médio, deu um toque todo especial ao nosso cotidiano atribulado, servindo para uma aproximação muito positiva entre os estudantes e os profissionais de diferentes formações/áreas cuja principal missão é servir-lhes (sem qualquer conotação pejorativa para esse termo).


Distribuídos em pequenos grupos, representativos de cada turma e escolhidos pelos colegas por seu empenho na concepção e confecção das peças, os alunos percorreram os diferentes setores da Escola para realizar uma entrega personalizada das bolsas retornáveis, deixando por um pequeno lapso temporal o ambiente privativo das salas de aula para lidar com o funcionamento real de uma organização que prima pela qualidade.

Nos contatos pessoais mantidos com os funcionários, os representantes de cada sala trouxeram uma contextualização sobre a gincana cultural, enfatizando a importância da multiplicação de atitudes ecologicamente recomendadas (inspiradas em Ruschi) em nossa comunidade. Alguns funcionários alegaram já saber do que se tratava por terem comparecido à apresentação coletiva realizada no sábado, tendo como foco diferentes matizes da vida e obra do Patrono da Ecologia do Brasil, ou acompanhado notícias a respeito no site da Escola.


Ao retornar para as salas de aula, os alunos comentaram com os colegas as diferentes apreciações estéticas externadas em relação à bolsa-símbolo de cada turma e as reações pessoais dos funcionários com que mantiveram contato - alguns mais efusivos e outros mais comedidos, alguns  acolhedores pela fala e outros receptivos pelos gestos, mas todos igualmente sensibilizados; tudo reforçando a subjetividade do olhar, a riqueza da diversidade e a dinâmica das relações humanas.
 
Ao final do percurso, os alunos destinaram uma bolsa retornável para os integrantes da equipe técnica (mais voltados para o pedagógico do que para o administrativo), “brindando” com eles pelo seu comprometimento com a gestão compartilhada da Escola e a educação de excelência, bem como pelo suporte que lhes dão para reconhecer valores e enfrentar dificuldades das diferentes (e desafiantes) etapas da trajetória escolar e pela vida. Em suma, uma pequena interrompida no cotidiano para demonstrações de afetividade/apreço e uma dosada de intimismo que às vezes não acontece entre o lado de cá (o pedagógico) e o lado de lá (o administrativo), por absoluta falta de tempo ou de oportunidades de contato numa comunidade em que todos vivem tão mergulhados em suas atribuições.