Museu da Cultura Italiana – III

“A cada ano que recomeça, um novo ponto de partida”.  Esse slogan, um dos pilares de nossa campanha institucional em 2012, traz muito mais do que uma tirada de marketing; é na verdade reafirmação de compromisso  por parte de uma Escola que sempre se reinventa. Os projetos de cunho sociocultural com a marca Da Vinci são uma comprovação desse permanente recomeçar.
Depois do lançamento da coletânea “Oratórios, capelas e igrejas de Santa Teresa” (um precioso registro de preservação das memórias locais), da restauração da capela dos Lambert  e da coordenação de um movimento de conscientização que desembocou na restauração da casa dos Lambert (hoje um museu-memorial em plena atividade), o Da Vinci estabelece uma nova parceria com a comunidade de Santa Teresa: a instalação do Museu da Cultura Italiana na cidade mais italiana do Brasil.
Em 15 de junho de 2011, como desdobramento principal da disciplina diversificada “Espírito Santo: aqui é meu lugar”, alunos do 1º ano do Ensino Médio, sob a mediação do professor Joelmo Costa e da Diretora Pedagógica Maria Helena, vivenciaram um dia de estudos de campo em Santa Teresa e, como parte da programação, entregaram aos representantes do Município uma “carta de intenções” oferecendo parceria para a viabilização do empreendimento.


Equipe do Da Vinci e representantes da comunidade teresense na Câmara dos Vereadores: pedra fundamental da instalação do Museu de Cultura Italiana.
 
O Prefeito Municipal, Sr. Gilson Antonio de Sales Amaro, acolheu a ideia com entusiasmo e adotou providências rápidas para concretizar tal instalação.  Em novo encontro, realizado em 01 de outubro de 2011, a Municipalidade apresentou dados mais consistentes para o projeto, com a definição de localizar o museu no mesmo prédio da Galeria de Artesanato, que passará por reformas e ampliações para criar uma espécie de “centro cultural” em ótima localização e com bom  fluxo de moradores e visitantes.

 
Alunos Da Vinci, Prefeito Gilson Amaro, Sr. Zurlo, Sra. Marilandi e Sr. Fernando: aproximações e negociações.

Em paralelo às ações da Prefeitura, a equipe do Da Vinci vem ”amassando o pão” em outras frentes: o voluntariado, o espírito de garimpo, o contato com potencias parceiros, a divulgação da ideia e a concepção do plano arquitetônico (layout), a busca de recursos para respaldar as viagens ao local.
Trocando os sábados por dias de trabalho, professores e alunos do Da Vinci estiveram no último dia 03/03/12, durante todo o dia, catalogando as primeiras peças que poderão formar o acervo do Museu da Cultura Italiana. Trata-se de um  mosaico de instrumentos de trabalho, peças religiosas, objetos e adornos, vestimentas e livros que permitem traçar um panorama do cotidiano dos imigrantes italianos e da atuação do Seminário Seráfico São Francisco de Assis na preservação da memória italiana e da tradição religiosa, a partir de meados do século XIX.
Com apoio fundamental do Frei José Cortelleti e do Sr. Zurlo (dois parceiros que, desde o lançamento da proposta, abraçaram-na com afinco), foram preenchidas as  catalogações de 304 peças para a organização de listagem que será apresentada à administração dos Capuchinhos para oficializar a doação do acervo ao Museu.  Tais peças foram cuidadosa e carinhosamente colecionadas e mantidas pelo Frei José, importante bastião da cultura de nossa Santa Teresa.



No mesmo sábado, uma comissão do Da Vinci esteve no Sítio Canaã expondo os planos ao professor José Alfredo Ferrari, um teresense que optou por retornar às origens e que imediatamente demonstrou estar disposto a dedicar parte do seu tempo ao idealismo fundamental desse projeto.
Em 07 de março de 2012 será emitida oficialmente a Ordem de Serviço para a reforma e ampliação do prédio que abrigará o Museu. Impossibilitados de estarmos presentes na solenidade, convidamos o Sr. Antonio Angelo Zurlo (nosso estimado Sr. Zurlo) para representar o Da Vinci em tão importante evento.
No próximo sábado (10/03/12), outra equipe de alunos e professores do Da Vinci viajará para Santa Teresa a fim de continuar o processo de catalogação do acervo.  Em próximas  etapas, os representante da Escola visitarão as famílias, da sede e do interior, em busca de doações de peças que perenizarão a história da vinda, dos desbravamentos e  do progresso dos italianos que aportaram em nossa terra e que doaram tanto de seu trabalho e cultura para a formação dos cidadãos de Santa Teresa.
No ano em que o Da Vinci celebra “o ano da Itália no Brasil e o ano da Vinci na Itália”, essa investida constitui um marco da atuação cidadã da Escola, que investe em educação e cultura por acreditar que são os pilares da transformação da sociedade. Reviveremos o clima de pesquisa e produção que culminou na  publicação de “Oratórios, capelas e igrejas de Santa Teresa”, com grupos de alunos/professores voluntários se revezando, semana após semana, nas atribuições necessárias para o empreendimento acontecer, criando um espírito coletivo fundamental para a viabilização de projetos dessa magnitude.
Em relação ao Museu da Cultura Italiana, o que era a princípio um sonho distante passa a figurar como uma luz próxima no horizonte. Se não para inauguração no ano em curso, pelo menos para uma projeção no médio prazo.

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