No dia 16 de maio de 2012 o módulo: "Ações e Práticas Responsáveis”, integrante do projeto cultural de língua francesa, apresentou ao grupo do 7º I1 um modelo de compromisso sustentável: a Fundação Thiago de Moraes Gonzaga, que no seu papel transformador, estabelece um único princípio educativo: “Vida Urgente”.
Após um acidente de carro que tirou a vida de Thiago, o casal Régis e Diza Gonzaga criaram, em 13 de maio de 1996, um grupo cujo objetivo inicial era o de promover a conscientização de jovens e adultos para uma direção mais defensiva e responsável; álcool e direção são elementos que, associados, aumentam as chances de tragédias e consequentemente elevam as chances de desestruturação familiar. Segundo Diza Gonzaga, “conscientizar fazendo com que ao menos uma vida seja salva é uma forma de não menosprezar a morte de meu filho.”
Mesmo sem a égide pecuniária, o grupo sobrevive do interesse coletivo de promover o bem comum; a sociedade civil organizada se faz agente do interesse comum coletivo transcendendo a inércia letárgica. Embora o público-alvo ainda esteja distante do universo de nossos alunos, o interesse em ajudar se fez presente. A tônica do debate, com os alunos, envolvia questões ligadas ao compromisso e à vontade de ser voluntário: a valorização da vida, a necessidade de partilhar e a compreensão holística que transpassa os próprios interesses foram elementos enriquecedores desse processo de aprendizagem.
Os representantes do “Vida Urgente” capixaba atuam em locais cuja propensão ao uso indiscriminado de álcool se faça evidente: ruas, bares, praias e festas. Além disso, o trabalho preventivo em escolas visa incutir uma concepção responsável e solidária; primar por uma juventude sadia ajuda a garantir que a própria vida e a de outrem sejam valorizadas.
Os alunos tiveram a oportunidade de compartilhar com alguns membros da equipe, os desafios, as frustrações e, sobretudo, os sentimentos de realização pessoal, humanização e formação moral provindos da prática voluntária.
O projeto cultural de língua francofônica: “cultura, civilização e identidade”, nasceu em 2007 e desde então vem acompanhando a dinâmica dos acontecimentos culturais, políticos e sociais que influenciam as diferentes civilizações que compartilham desse idioma. Além das expressões filosóficas, literárias, artísticas (música e pintura), as concepções iluministas de liberdade, igualdade e fraternidade são comumente explanadas e, por conseguinte, legitimam as práticas humanizadoras, pontuais ou sustentáveis, oriundas da responsabilidade social tanto no Brasil quanto nos países francofônicos.
A cultura transcende a esfera política, a econômica e a social, suprimindo as diferenças individuais mais evidentes; é na cultura que está presente a expressão mais particular de uma civilização: a constituição de sua identidade.