Roteiro da Viagem Acadêmica Internacional 2012
No próximo dia 31, o grupo de alunos do Da Vinci que em 2012 participará da Viagem Acadêmica Internacional, partirá de Vitória para mais uma jornada.
Clique aqui para acompanhar a Viagem.
O roteiro abaixo foi desenvolvido pela Escola, especialmente para propiciar uma jornada rica em atividades, com diversidade cultural intensa. As informações constantes abaixo foram pesquisadas em várias fontes, como o Guia Visual Folha, Wikipédia, sites oficiais de cada museu, sites turísticos das cidades, etc.
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O roteiro será iniciado em 01/09/12 por Dubrovnik, na Croácia. A programação já começará a ser cumprida no primeiro dia.
A cidade, que hoje abriga cerca de 40 mil habitantes, sempre teve sua relativa prosperidade ligada ao comércio marítimo. Nos séculos XV e XVI, a cidade atingiu o seu período de maior desenvolvimento, quando era a única cidade-estado no Adriático capaz de rivalizar com Veneza. A cidade é hoje um importante destino turístico, com algumas particularidades, como por exemplo, uma praia chamada de Copacabana!!!
Mesmo tendo sido desmilitarizada nos anos 70, em 1991 foi base das forças da Sérvia e Montenegro, tendo sofrido bombardeios significativos por longos sete meses!
Os alunos permanecem visitando a cidade nesta tarde do dia 01 e por todo o dia 02/09.
Poucos prédios renascentistas de Dubrovnik sobreviveram ao terremoto de 1667, mas felizmente o que permaneceu é mais que suficiente para transmitir uma ideia do patrimônio arquitetônico da cidade.
O maior destaque é o Palácio Sponza que data do século XVI e é usado atualmente para abrigar o Arquivo Nacional. A Igreja de São Salvador é outro prédio remanescente do período da Renascença, situado ao lado do sempre muito visitado Mosteiro Franciscano, cuja biblioteca possui 30.000 volumes.
A Igreja de St Blaise é a catedral da cidade e foi construída no século XVIII, em estilo barroco, homenageando o santo padroeiro da cidade. Abriga uma impressionante coleção do Tesouro com as relíquias de São Brás.
Os muros de Dubrovnik são uma série de muros de pedra defensivos que têm cercado e protegido a cidade ao longo dos séculos. Com inúmeros acréscimos e modificações ao longo da sua história, foram considerados entre os “grandes” sistemas de fortificação da Idade Média, visto que nunca foram violados por um exército hostil durante este período. Em 1979, a antiga cidade de Dubrovnik, que inclui uma parte substancial das antigas muralhas de Dubrovnik, juntou-se à lista da UNESCO do Património Mundial.
Os alunos também visitarão o Mosteiro Dominicano, cujo tesouro especial é a sua biblioteca com 216 incunábulos (é um livro impresso nos primeiros tempos da imprensa), numerosos manuscritos ilustrados, documentos e uma extensa coleção de artes.
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No dia 03, os alunos saem de Dubrovnik para Orebic, de onde pegam um ferry-boat até Korcula, uma pequena ilha na costa croata habitada por pouco mais de 15 mil pessoas.
Conhecida como joia da Dalmácia, a ilha é um paradisíaco reduto turístico e conhecido como terra natal do explorador Marco Polo.
Lá o grupo visitará os pontos turísticos locais, com destaque para o Portão da Terra, a Catedral de São Marcos e o Palácio do Bispo, que abriga o tesouro da Abadia.
O tesouro é uma pequena, mas interessante coleção de arte sacra. Quadros, desenhos de Rafael e até um esboço de Da Vinci.
Após o almoço, está prevista a visita ao Palácio Gabriellis, ao Museu Cívico, à Igreja de Todos os Santos, à Casa de Marco Polo e ainda poderão apreciar uma impressionante coleção bizantina na Galeria Ícone, que inclui belos trabalhos de arte sacra, em madeira e ouro.
Ao fim da tarde, o grupo faz o caminho de volta até Orebic e de lá segue para Split. Mesmo com a chegada prevista para as 20h em Split, os alunos aproveitarão para conhecer a Praça do Povo, onde se localiza a Prefeitura local, antes do jantar.
Split é a maior e mais importante cidade da Dalmácia e se situa em uma linda península às margens do mar Adriático.
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No dia 04, em Split, os alunos visitarão o centro histórico da cidade. Seus 195.000 habitantes são, em 95%, de origem étnica croata. Apesar de já estar provado que ali existiram colônias gregas em épocas anteriores, a fundação da cidade está muito associada à construção do Palácio de Diocleciano.
Diocleciano, imperador romano, ordenou a construção do palácio, cujo início deu-se em 293, tendo sido “inaugurado” no ano 305, com cerca de 40.000m2 de área. O palácio já estava abandonado quando os primeiros moradores de Split se fixaram no interior de suas muralhas, formando um vilarejo, que se expandiu para as adjacências, mas conservou o interior do palácio como o centro da cidade. Atualmente, este “centrinho” ainda preserva residências, lojas, restaurantes e uma catedral cristã (Mausoléu de Diocleciano). Desde 1979, o centro de Split é considerado pela UNESCO como um Patrimônio Cultural da Humanidade.
Ao longo de sua história, Split já foi alvo de dominação romana, bizantina, croata, húngara e napoleônica. Após a Primeira Guerra e a dissolução da Áustria-Hungria, a província da Dalmácia, juntamente com Split, tornou-se parte do Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos (cujo nome foi mudado em 1929 para Iugoslávia).
Durante a Segunda Guerra, Split foi ocupada por italianos e alemães e, após o conflito, tornou-se parte da Croácia, a qual era, por sua vez, pertencente à Iugoslávia. Quando a Croácia declarou a sua independência em 1991, Split abrigava uma grande guarnição do Exército Popular Iugoslavo e seguiram-se meses de um impasse tenso entre forças militares e policiais croatas e o exército iugoslavo, que deixou a cidade em 1992.
Ainda no centro de Split, os alunos visitarão a Catedral Cristã de São Dônico. A catedral, na verdade, é um complexo formado por uma igreja, um Mausoléu Imperial Romano e duas torres (campanários). A igreja é dedicada à Virgem Maria, o mausoléu abriga os restos de Diocleciano e uma das torres é dedicada a São Dônico.
O grupo visitará também o Museu Croata de Monumentos Arqueológicos, que é o único do país dedicado à busca e preservação de artefatos que carregam a cultura croata da Idade Média. Seu acervo compõe-se basicamente de armas, joias, pedras, materiais de uso diário dos habitantes e de peças retiradas do interior das igrejas.
Em Split, os alunos passarão ainda - sempre no Centro Histórico - pelo Portão de Ferro, Portão de Ouro, Porta de Prata e pelo Portão de Latão; visitarão o Batistério de São João, o Museu de Split, o Museu Etnográfico, que é uma grande fonte de preservação da cultura folk e obviamente dos povos que habitaram a Dalmácia.
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No dia 05, os alunos seguem de Split para Trogir, onde poderão visitar o Portão da Terra - Museu Cívico, a Catedral de São Lourenço, o Palácio Cipiko, a Igreja de São Nicolau, o Portão do Mar e o Mercado de Peixes.
Trogir é uma cidade histórica e porto no mar Adriático, situada em uma ilhota. Desde 1997, é considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
De origem grega, mas também dominada por vários povos ao longo da história, Trogir foi completamente destruída pelos sarracenos em 1123. Pela proximidade, a cidade foi muito dominada pelos venezianos e só em 1797 se tornou parte do Império dos Habsburgos. Esteve ainda sob domínios francês, italiano e alemão, fez parte da Iugoslávia e desde 1991 integra a Croácia.
Essa diversidade fez que com a arquitetura local sofresse influência de várias culturas e apresentasse traços romanescos, helênicos, barrocos e renascentistas. Trogir é o complexo “romanesco-gótico” mais bem preservado de toda a Europa Central e o seu coração medieval, rodeado pelas muralhas, preserva castelo, torre e uma série de prédios em todos esses estilos.
Após o almoço, o grupo segue para a Igreja de São Domenico - Castelo Kamerlengo, de onde saem para Zadar.
O Castelo Kamerlengo foi construído na metade do século XV e atualmente é usado como cenário de shows, concertos e teatros no verão europeu. O nome deve-se à influência da República de Veneza à época, quando o “camerlengo” ocupava uma importante função administrativa.
Chegando em Zadar, os alunos poderão conhecer o centro histórico da cidade, que abriga a Catedral de Santa Anastácia, a Igreja de São Donato e o Museu de Arte Sacra.
Zadar também é uma cidadezinha histórica da Croácia, que foi dominada pelos povos bárbaros, italianos, franceses, alemães, e integrou a Iugoslávia. Faz parte da Croácia desde 1993, e os conflitos duraram até 1995. Até os dias de hoje, parte dos arredores da cidade só pode ser acessada pelos militares, que ainda desarmam as minas terrestres deixadas ali.
A Catedral de Sta Anastácia foi construída entre os séculos IV e V, em estilo romano, e é a maior igreja da costa croata. A construção original foi muito danificada durante a invasão promovida por Veneza, mas foi reconstruída no século XIII.
A Igreja de São Donato, construída nos séculos VIII e IX, chamava-se Igreja da Santíssima Trindade, mas São Donato foi um irlandês que se transformou no bispo da Dalmácia e uma espécie de Embaixador de Zadar. O bispo foi o responsável pelo início da construção da igreja, que foi rebatizada com o seu nome no século XV.
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No dia 06, a programação prevê, ainda pela manhã, a visita a alguns outros pontos importantes da cidade e, na sequência, o grupo seguirá para o Plitvice Lakes Nat. Park, distante 160km de Zadar.
Ainda em Zadar, os alunos visitarão o “Foro Romano”, que é o maior às margens do mar Adriático, fundado pelos primeiros romanos, e visitarão ainda o Portão do Mar.
O Plitvice Lakes National Park é o mais antigo parque da Europa do Leste e, com cerca de 300km2 de área, é o maior da Croácia. Fundado em 1949, situa-se na região central e montanhosa do país, na fronteira com a Bósnia Herzegovina. O parque foi o primeiro “local” a ser inserido no rol de Patrimônios da Humanidade da Unesco, pelo caráter natural, e recebe mais de um milhão de visitantes anualmente.
O parque é muito famoso pelos seus lagos que se espalham em cascatas. Atualmente, 16 lagos podem ser vistos na superfície, fruto de vários rios subterrâneos existentes na região. Os lagos são todos interconectados por quedas-d’água, tendo a maior delas 78m de altura.
Após o almoço, o grupo segue para Zagreb, onde fará um tour pelos pontos turísticos e históricos mais importantes, dentre os quais, podemos destacar o Museu Nacional de Arte Naif, o Museu de História Natural, a Catedral de Santo Estevão e o Museu Mimara.
Zagreb é a atual capital e maior cidade do país, com quase 700 mil habitantes. Sua área metropolitana, no entanto, já abriga 1.200.000 habitantes.
Sua posição geográfica sempre possibilitou uma importante rota de conexão entre a Europa Central e o mar Adriático. Dessa forma, as conecções de transporte e a concentração de indústrias sempre determinaram uma posição de liderança na economia croata. É a sede do governo central e de quase todos os ministérios do país.
O Museu de Arte Naif, com seu acervo formado, em grande parte, por obras de arte de artistas croatas do século XX, é um dos pioneiros no mundo neste tipo de arte.
O Museu Croata de História Natural expõe uma das mais importantes coleções do mundo sobre o Neanderthal. São mais de 250 mil itens pré-históricos, incluindo um impressionante acervo de armas e utensílios de pedra.
O Museu Mimara, fundado através de uma doação de Ante Mimara Topic, foi aberto ao público em 1987. Localiza-se em um belo palácio do século XIX, e seu acervo inclui cerca de 4.000 obras de arte, em várias técnicas e de diferentes culturas e civilizações.
A catedral é o monumento mais famoso da cidade e seu aspecto atual provém de uma grande reforma após o terremoto ocorrido em 1880. A construção original é muito antiga, já havendo registros de sua existência em 1094. Em 1242, foi completamente destruída pelos mongóis, de modo que o prédio foi várias vezes restaurado e reformado ao longo dos anos.
A catedral abriga ainda os túmulos de personalidades croatas e um museu, no subsolo, com vasto acervo de peças religiosas.
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No dia 07, os alunos ainda visitarão Zagreb. A Igreja de São Marcos e o Teatro Nacional Croata são alguns dos destinos. Na sequência, o grupo segue para Ljubljana, onde almoça, visita o centro histórico e depois segue para Aquilea.
A Igreja de São Marcos, em Zagreb, é o centro dos atos religiosos da paróquia e base administrativa da unidade episcopal local. Foi construída no início do século XIII, mas foi radicalmente modificada no século XIV, tornando-se um edifício tipicamente gótico. O rico trabalho e a quantidade de estátuas esculpidas fazem do portal da Igreja de São Marcos a mais valiosa representação da arquitetura gótica no sudeste europeu. No telhado, estão representados o brasão da cidade e o castelo.
O Teatro Nacional de Zagreb é um teatro, sala de ballet e de ópera, construído em 1836. Na entrada do teatro, está a famosa fonte “A Fonte da Vida”, esculpida por Ivan Mestrovic, em 1905. Além de já ter recebido os mais importantes artistas croatas, o teatro já foi palco para apresentações de Richard Strauss, Mario del Monaco, José Carreras e muitos outros.
Ljubljana, capital da Eslovênia, é também a maior cidade do país, com cerca de 300 mil habitantes. É o centro cultural, educacional, econômico, político e administrativo do país, que só existe desde 1991.
De origem muito remota (cerca de 2000 a.C.), a cidade passou por dominação romana, ostrogoda, germana, celta, lombarda e, bem mais recente, austro-húngara e napoleônica. Após a Segunda Guerra, tornou-se capital da República Socialista da Eslovênia, parte integrante da ex-Iugoslávia.
Essa diversidade provocou uma interessante mistura de estilos arquitetônicos, que podem ser bem apreciados em seu preservado centro histórico. Construções romanas se misturam àquelas da Idade Média e muitas ainda carregam o estilo barroco veneziano - da reconstrução após o terremoto de 1511 - e o barroco vienense, muito usado após o terremoto de 1895.
Ainda em Ljubljana, os alunos visitarão o castelo, utilizado ininterruptamente desde 1200 a.C. Deixou de ser uma residência no século XVII, quando, desde então, funcionou como arsenal, hospital militar e prisão.
Em 1905, a cidade comprou o castelo na intenção de transformá-lo em museu, mas a ideia não foi adiante. Foi usado como residência de famílias pobres até os anos 60, quando ocorreu uma grande reforma, que durou 35 anos!!!
Nos anos 90, foi finalmente reaberto como um espaço para manifestações culturais e casamentos.
Após o almoço, os alunos seguem para Aquileia, na Itália. É uma cidade romana antiga, que atualmente abriga cerca de 3.500 habitantes, mas foi grande e importante na Antiguidade. É um dos pontos mais importantes para a arqueologia italiana.
Logo na chegada, o grupo segue para visitar a basílica, sua cripta e os mosaicos feitos pelos escravos. Construída em 1031 sobre uma outra antiga edificação religiosa, a Catedral de Aquileia sofreu diversas reformas, reconstruções e modificações. Curiosamente, lindos mosaicos produzidos pelos escravos romanos permanecem preservados e atraem visitantes de várias partes do mundo.
Vista do interior da Basílica. Mosaicos no piso, no teto...
Detalhes dos mosaicos.
Na sequência, o grupo segue para Grado, uma cidadezinha localizada numa bela península do mar Adriático, entre Veneza e Trieste. Antigo entreposto pesqueiro, o local é, atualmente, destino de veraneio da região. Ali, o grupo pernoita.
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Dia 08/09
Logo cedo, os alunos seguem de Grado para Veneza, de vaporetto até a Piazza San Marco. O grupo tem uma agenda bem cheia na cidade, incluindo visitas à Basilica di San Marco, ao Palácio dos Doges, à Ponte dos Suspiros, ao Museu Correr, ao Museu Peggy Guggenheim, à Ponte do Rialto, a uma fábrica de vidro, dentre outras rápidas visitas programadas.
Veneza é uma cidade/oportunidade ímpar que dispensa maiores apresentações! Sua importância histórica, política, cultural e turística atraem a atenção de todos os viajantes. Além disso, suas ilhotas e canais fascinam e intrigam cada vez mais... Afunda ou não afunda? Alaga ou não alaga? Essas perguntas atraem cerca de 50 mil turistas por dia à cidade, de acordo com a estimativa da prefeitura local.
As impressionantes construções da cidade guardam ricas histórias e muitas curiosidades, como por exemplo a história dos cavalos de São Marcos. Os cavalos instalados sobre as portas da Basílica datam da Antiguidade, mas já adornaram o Arco de Trajano, o Hipódromo de Constantinopla, foram “levados” por Napoleão e retornaram a Veneza somente em 1815. Finalmente, desde 1990, os originais estão resguardados no Museu de São Marcos, e réplicas foram instaladas no local.
Os alunos cumprem longa jornada cultural em Veneza, dormem na cidade e no dia seguinte seguem para Verona.
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09/09
Neste dia, os alunos saem cedo de Veneza e devem chegar a Verona e visitar várias atrações antes do almoço. A Arena, a Piazza Bra, a Casa de Julieta e a Piazza delle Erbe são as principais visitas previstas para a manhã.
A cidade é um importante destino turístico e recebe cerca de três milhões de visitantes anualmente. Além da riqueza artística e arquitetônica, Verona é sede de inúmeros festivais internacionais de música, teatro, etc.
Declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em virtude de sua estrutura urbana e de sua arquitetura, Verona é um exemplo de cidade que se desenvolveu progressiva e constantemente durante os 2000 anos de sua história, integrando os elementos artísticos dos vários períodos históricos sucessivos.
A cidade é extremamente antiga, e a região é habitada desde o período Neolítico. As várias etnias que deixaram rastros (antigas construções, utensílios de cerâmica, etc.) na região dificultam uma única data para a fundação da cidade, porém os primeiros contatos documentados entre Verona e Roma datam do século III a.C.
Posteriormente, durante os vários séculos de desenvolvimento, Verona foi dominada por muitos povos, cabendo ressaltar os romanos, ostrogodos e, mais recentemente, os franceses, sob o comando de Napoleão, e os austríacos.
A história da Verona italiana teve início em 1866, quando a região do Vêneto foi conquistada pelos Savoia, dando início a um período de serenidade à cidade. Um capítulo duro na história de Verona foi a Segunda Guerra, quando cerca de 20 mil edifícios da cidade foram atingidos.
A Arena di Verona é um anfiteatro romano situado no centro histórico da cidade, que se tornou o ícone local, assim como Romeu e Julieta. Muito bem conservado, é constantemente utilizado nos festivais de ópera, peças de teatro, shows de rock, etc.
Passada a época das lutas, o espaço se tornou aquilo que hoje chamamos de “arena multiuso”!!! Espetáculos de caça, touradas, exposições exóticas, feiras e campo de concentração para prisioneiros de guerra foram algumas das utilizações da arena, mas a vocação artística do local manifestava-se sempre através dos circos. Por fim, desde 1913, a Arena di Verona é considerado o maior teatro lírico aberto do mundo.
A Piazza delle Erbe é a praça mais antiga de Verona e se localiza sobre o antigo Fórum Romano. Naquela época, era o centro da vida política e econômica, mas gradativamente as construções romanas deram lugar às medievais.
Também graças a Shakespeare, Verona é hoje uma cidade mundialmente conhecida e admirada. Existem hoje 27 cidades que se chamam Verona espalhadas pelo Canadá, EUA, Austrália, etc., todas fundadas após o “período shakespeariano”. Curiosamente, o escritor nunca esteve em Verona e tudo o que conhecia da cidade foi o que leu nas obras de autores italianos que ele apreciava.
Em suas cartas particulares, o escritor ainda sublinhava o entusiasmo dos veroneses em sustentar a história de Romeu e Julieta, de modo que a reinvindicação da veracidade da lenda e da identificação de locais/cenários não tardou a começar. O primeiro local “descoberto” foi a tumba dos dois amantes famosos e, contemporaneamente, localizou-se a casa de Julieta, em estilo medieval, de propriedade da família Capuleto. Um pouco mais tarde, em uma obra de restauração, inseriu-se um balcão de mármore e a casa caiu no gosto mundial, tornando-se símbolo da cidade, ao lado da Arena.
Curiosamente, de concreto, consta que existiram realmente as famílias Montecchio e Capuleto. Os primeiros, importantes comerciantes, foram envolvidos em lutas sangrentas pelo poder local. Apesar das lutas, não se tem relato de rivalidade com os Capuletos... Por fim, é sabido que a casa de Julieta era a real casa dos Capuletos, já a história de amor...
Depois do almoço, os alunos visitarão o Castelvecchio. Essa antiga fortaleza militar abriga hoje um interessante museu cívico. Com grande acervo de arte italiana e europeia, o museu foi modernizado na década de 70 e distribui suas mostras em 30 seções: esculturas, pinturas, armas antigas, cerâmicas, miniaturas, joias, etc.
Na sequência, os alunos seguem para Trento, capital da região Trentino-Alto-Adige, de onde saíram muitos dos italianos que vieram para o Espírito Santo entre os anos de 1860 e 1900.
Logo na chegada, o grupo segue para conhecer o Castello del Buonconsiglio, construído com funções militares, sobre uma rocha com vista privilegiada para o rio e para a cidade. Atualmente, a construção apresenta uma plurissecular agregação de novos anexos, de modo que este é um dos maiores complexos fortificados dos Alpes. Os visitantes do castelo podem apreciar uma grande coleção de artes, que apresenta peças arqueológicas, medievais e modernas.
Do castelo, os alunos seguem para o Duomo, ou Catedral de São Virgílio. É a principal igreja da cidade e foi construída no século XIII. Curiosamente, localiza-se fora dos antigos muros da cidade, mas isso se deve ao fato de ser a catedral, mas também ter servido como cemitério. De fato, o próprio São Virgílio está sepultado no local, além da maior parte dos bispos de Trento.
Os alunos ainda visitam o Palácio Pretorio, a Torre Cívica e fazem rápidas passagens por alguns prédios históricos antes de jantar.
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10/09
Neste dia, os alunos seguem para Sirmione. Lá, visitam a Rocca Scagliera, fazem uma rápida caminhada até o porto, conhecem a Igreja Santa Maria delle Neve e a Praia da Paróquia. Essa pequena cidade está localizada em uma península que adentra no Lago de Garda, em um cenário muito bonito. Além disso, abriga ruínas romanas e banhos termais... Como não poderia deixar de ser, o turismo é a principal atividade econômica do local.
O Castello Scagliero, ou Rocca Scagliera é uma estrutura rochosa em formato de castelo, ou um castelo em formação rochosa... as duas formas são bastante aceitas e podem ser encontradas em guias, placas, sites oficiais, etc. O fato é que esse castelo é o único ponto de acesso ao centro histórico da cidade e trata-se de um dos mais completos e conservados castelos da Itália, além de ser um raro exemplo de fortificação lacustre.
A sua construção teve início no século XIII, possivelmente sobre uma antiga fortificação romana, e seus muros encontram as águas do lago em todas as partes do castelo. Atualmente, além de ser o pórtico da cidade, abriga também um museu em seu interior.
A Igreja de Santa Maria delle Neve, também conhecida como Santa Maria Maior é a Igreja Paroquial de Sirmione. Foi construída no século XIII sobre os restos da antiga Chiesa di San Martino, de onde veio, inclusive, parte do material a ser utilizado na obra.
Após o almoço, os alunos seguem para Firenze, capital da Toscana, com chegada prevista para o meio da tarde, ainda em tempo de visitar a Capela Medicea, o Duomo, o Pallazzo Medici Riccardi, o Campanile di Giotto, a Porta do Batistério e só à noite seguem para o hotel.
Firenze é, para muitos italianos, a cidade mais bonita do país. Abriga cerca de 400 mil habitantes, mas é o coração de uma zona que supera um milhão e meio, se considerarmos o eixo Firenze-Prato-Pistoia.
Grande parte do fascínio que Firenze exerce sobre os italianos e também sobre os visitantes vem, provavelmente, do fato de a cidade ter sido um importante centro comercial, econômico, financeiro e cultural da Idade Média. Na Idade Moderna, a cidade foi a capital do Granducato di Toscana, sobre o domínio dos Medici (dentre outros) e foi ainda a capital italiana entre os anos de 1865 e 1871, após a unificação do país. Deste modo, as belezas que foram construídas na cidade guardam o fascínio de um tempo não tão distante, como o dos romanos, e proporciona ainda o convívio quotidiano com cidadãos que carregam sobrenomes históricos.
Importante centro universitário, a cidade é considerada o berço do Renascimento e universalmente famosa pela atenção dedicada às artes e à arquitetura. A quantidade de monumentos, museus, palácios e castelos espalhados pela cidade é fantástica, tornando qualquer visita que se faça à Firenze, curta.
Os Medici são uma das famílias reais protagonistas da história europeia. Grandes empresários, políticos, mecenas e papas carregaram esse sobrenome por alguns séculos de história. Em Firenze, a presença da família está em toda parte, pois foram os governantes locais no período mais fértil do desenvolvimento fiorentino. A Capela Medicea, ou La Cappela dei Principi, é na verdade, um fantástico mausoléu dessa família, onde estão os restos mortais de vários ícones da “dinastia Médici”, dentre os quais podemos destacar Lorenzo, o Magnífico, e Cosmo I.
Uma curiosidade sobre esse magnífico espaço, todo esculpido em mármore e madrepérola, é que os restos mortais das pessoas retratadas nas esculturas/tumbas não estão de fato ali dentro (estão todas vazias), havendo, atrás do muro de cada altar, uma simples tumba para cada um dos Medici que ali estão.
A Catedral de Santa Maria das Flores, ou o Duomo de Firenze, é o monumento mais impressionante da cidade. Erguida sobre a antiga Igreja da Santa Reparata, sua obra iniciou-se em 1296 e só terminou em 1436. Imensa, abriga cerca de 30.000 pessoas e sua fachada de mármore impressiona. Aliás, a fachada da catedral carrega várias curiosidades, tendo sida a última parte a ser construída, pois não se tinha nunca um acordo sobre os adornos que fariam. Ainda assim, no século XVII, ela foi inteiramente destruída e refeita após um concurso internacional para escolher o “melhor projeto”, por assim dizer.
O Duomo se localiza numa praça onde ficam ainda o Campanille di Giotto, que é uma grande torre que serve de campanário para a igreja. Sua altura atual é de 85 metros, mas o projeto original, de Giotto, previa 110m de altura.
Ainda na Piazza del Duomo, encontra-se o Battistero, dedicado à San Giovanni, patrono da cidade. O edifício foi construído sobre um antigo templo romano, de modo que a data de sua construção é incerta. De qualquer modo, em 1128, ele foi oficialmente reconhecido como o Batistério de Firenze. A atual estrutura data do século XIV, e as suas portas, todas adornadas com esculturas religiosas, são uma grande atração da cidade.
Ainda na Praça do Duomo, mais propriamente na igreja, os alunos verão a Cúpola de Brunellescchi. É a maior cúpula em alvenaria jamais construída, tendo sua diagonal maior 55 metros de comprimento. O seu tamanho exagerado foi um desafio aos construtores de sua época, e sua construção só foi possível com o uso de técnicas, até então, inovadoras. Até hoje é objeto de estudos e admiração pela sua construção, que pode ser estudada ao lado da igreja, no Museu da Obra do Duomo.
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11/09
Neste dia, os alunos saem cedo de Firenze em direção a Pisa, ainda na Toscana. Lá chagando, o grupo segue direto para a Praça dos Milagres, onde visitarão o duomo da cidade, o batistério e a famosa Torre de Pisa.
O famoso campanário pendente da Catedral de Pisa, ou simplemente a Torre de Pisa, teve sua construção iniciada em 1173 e começou a inclinar quando as obras chegaram ao 3º andar, em 1274. A contrução continuou, de qualquer modo, terminando em 1350. A torre tem 56 metros de altura e a inclunação chega a espantosos 5 metros. Atualmente, a torre está aberta para visitação, ainda que com algumas restrições.
Retornando a Firenze para almoço, os alunos visitam, em sequência, vários monumentos que se espalham pelo centro histórico fiorentino.
A Igreja de Santa Croce é uma das grandes construções góticas na Itália, com algumas obras-primas em seu interior. Vale ressaltar a Cappella dei Pazzi, construída por Brunelleschi. A igreja é muito famosa por ser um verdadeiro cemitério de artistas, escritores, cientistas e religiosos, dentre os quais, destacamos Donatello, Michelangelo, Galileo Galilei, Maquiavel, etc.
Já a Chiesa di Orsamichele, bem no coração do centro histórico da cidade, não impressiona pela sua construção. Sua forma curiosa deve-se ao fato de o prédio ser um antigo mercado e armazém de grãos.
O Pallazzo Vecchio, situado na Piazza della Signoria, é a atual sede da prefeitura de Firenze, ou Florença, tendo sido também a sede do Parlamento italiano quando Firenze foi a capital do país. Em seu interior foram tomadas as grandes decisões políticas da “República” até o período ducal de Cosmo I, que o transformou em residência privada da família Medici. Além de sede da prefeitura, o palácio abriga um importante museu com obras de Donatello, Bronzino, Michelangelo e Vasari.
Uma curiosidade muito interessante ligada ao Pallazzo Vecchio é o Corredor Vasariano (que leva este nome por ter sido projetado pelo arquiteto Giorgio Vasari). Quando Cosmo I iniciou o “seu governo” (extinguindo a antiga Reppublica e tornando-se um Granducato), transferindo o centro político para o Pallazzo Pitti (do outro lado do rio Arno), fixando a residência da família Medici no Pallazzo Vecchio, havia um grande receio da exposição pública da família, em função da possível impopularidade. Construído em apenas cinco meses, um corredor suspenso permitia que a família fosse livremente de “um palácio ao outro” sem maiores riscos. O mercado de carnes que existia na “Ponte Velha” foi transferido para evitar o mal cheiro na passagem do Duque pelo Corredor Vasariano e em seu lugar foram colocadas joalheirias - que lá estão até os dias de hoje.
O corredor, que segue o caminho do centro histórico, passa ainda pela Galleria degli Ufizzi, e pelo Ponte Vecchio (reparem que “a ponte” em português, é masculino em italiano - Il Ponte Vecchio).
A Galleria degli Uffizi é um importante museu italiano e um dos mais relevantes do mundo. Acolhe uma inestimável coleção de obras de artes, derivadas fundamentalmente das coleções dos Medici, formadas através dos séculos no poder – através de compras, doações, trocas, saques, etc.
Da Vinci, Michelangelo, Giotto, Botticelli, Tiziano, Rubens, Rembrandt, Caravaggio, Raffaello e muitos outros “gênios” da arte assinam obras que ali estão expostas. Em 2008, para se ter uma ideia, o museu foi visitado por mais de 1,5 milhões de pessoas.
Ponte Vecchio é a ponte mais antiga da cidade e a única que não foi destruída pelos nazistas, quando de sua retirada. A primeira construção é da época romana, mas a ponte foi muitas vezes destruída pelas cheias do rio Arno, e o registro de 1080 mostra uma porte de madeira. Já em 1170, encontra-se registros da estrutura em pedra que porém foi integralmente levada pela enchente em 1333. A atual construção foi concluída em 1345.
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12/09
Saindo de Firenze, mas ainda na Toscana, os alunos visitam San Gimignano, Monteriggioni e Siena, quando então seguem para Perugia, onde dormem.
Siena é mundialmente conhecida pelo seu centro histórico - Patrimônio da Humanidade (Unesco) -, que guarda aquele ar de cidade medieval, e pelo Palio di Siena. A cidade foi fundada oficialmente como uma colônia romana pelo imperador Augusto, porém, no centro histórico, já foram encontrados “traços arqueológicos” que sugerem uma povoação etrusca, ainda mais antiga.
Siena assumiu um importante protagonismo no período medieval, em função da sua posição geográfica ter se tornado fundamental na ligação comercial de Roma com o restante da Europa. Como consequência, Siena tentou uma expansão territorial e competiu muito política e militarmente com Firenze pelo papel principal da Toscana. A cidade experimentou também um grande desenvolvimento econômico. Os banqueiros de Siena eram referência e mantinham estreita relação com a elite econômica e religiosa, sobretudo de Roma.
Após a peste, em 1348, iniciou-se o lento declínio da Repubblica di Siena, que chegou a ocupar 1/3 de toda a Toscana. A queda definitiva aconteceu em 1555, quando a cidade passou para o domínio de Firenze, dos Medici.
Atualmente, a cidade abriga cerca de 60 mil habitantes, que protagonizam - nos dias 2 de julho e 16 de agosto - o Palio. Essa tradicional manifestação cultural, uma corrida de cavalos montados em pelo, em que cada cavalo representa “um bairro” da cidade, monopoliza a atenção dos habitantes por vários dias e se traduz em uma praça lotada de participantes e turistas que acompanham essa tradição. Hoje já transmitida ao vivo por várias redes de TV na Europa.
A cidade leva muito a sério toda esta preparação. Os cavalos são muito bem cuidados, treinam o ano inteiro, são verdadeiras celebridades e têm, por fim, uma espécie de hotel/asilo para os “cavalos corredores” que não podem mais competir!!!
O Palio acontece na Piazza del Campo, na região mais central da cidade, que abriga o Pallazzo Comunale e a Torre del Mangia. O Palácio, construído entre 1298 e 1310, é todo de pedra e mármore, tendo sido a sede do Governo de Siena. A torre era o “campanário laico” do palácio, tem 102 metros de altura e tem esse nome (que em uma tradução informal pode ser Torre do Guloso) em função do primeiro ocupante do palácio ser um grande apreciador dos prazeres da mesa.
San Gimignano é uma cidadezinha italiana de menos de 8.000 habitantes, muito próxima de Siena, cujo centro histórico também foi declarado Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco, pela sua arquitetura medieval incrivelmente preservada. A cidade é, sem dúvida, uma das mais preservadas representações de urbanização europeia do século XIII.
Monteriggioni é uma outra cidade toscana, que pertencia à Repubblica Siena, que hoje tem cerca de 7.000 habitantes e é muito visitada pelo seu castelo. O Castello di Monteriggioni foi construído pelos sieneses no início do século XIII por motivos militares. A construção permite o controle de um extenso vale na direção de Firenze e preserva ainda hoje os fossos que, à época, eram cheios de carvão e foram incendiados nas inúmeras batalhas que aconteceram ali.
Após as visitas, o grupo segue para Perugia, onde dorme.
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13/09
Perugia, com seus 170 mil habitantes, é a capital da Umbria e um importante centro cultural e econômico. É a sede de duas importantes universidades: a Università degli Studi, fundada em 1308, e a Università per Stranieri, a maior da Itália.
A origem da cidade vem dos etruscos, e os muros originais deste período ainda estão presentes no centro histórico. Mais tarde, as muralhas feudais foram se expandindo e, hoje, os turistas podem apreciar 9km de muros que delimitam o centro da cidade.
Logo cedo, os alunos visitam a Piazza Italia, Rocca Paolina, Porta Marzia, a Galleria Nazionale dell’Umbria – dentro do Pallazzo dei Priori -, a Fontana Maggiore e a Cattedrale di San Lorenzo.
Rocca Paolina, junto da Fontana Maggiore e do Arco Etrusco, é o maior monumento “perugino”. Originalmente, foi um forte militar construído sobre um inteiro quarteirão de moradias, por ordem do papa Paolo III, por volta do ano 1540, em função do histórico de revoltas da população de Perugia contra as políticas fiscais impostas pelos governantes. Foi posteriormente demolido e reconstruído com prédios e jardins no século XVII. Essa demolição destruiu 3/4 da fortaleza, da qual hoje resta o imponente subsolo.
A Fontana Maggiore é considerada pelos italianos uma escultura, pois dizem que foi esculpida, e não construída, entre os anos de 1275 e 1278. É formada por duas “bacias” de mármore, esculpidas em baixo relevo, cujos desenhos representam a rotina agrária do feudo, os meses do ano, a história de Roma, personagens bíblicos e mitológicos.
A Porta Marzia é uma das antigas entradas das muralhas etruscas e sua construção vem da metade do século III a.C. Em 1540, passou a fazer parte da muralha externa da Rocca Paolina.
O Pallazzo dei Priori é um dos bons exemplos de construção gótica na Itália, tendo sido edificado entre os anos de 1293 e 1443. Ainda hoje, abriga a prefeitura de Perugia e, em seu 3º andar, a Galleria Nazionale dell’Umbria. É um importante museu de arte italiana, sobretudo pelo acervo de Perugino e Pinturicchio.
San Lorenzo é a catedral da cidade e foi construída no século XIV sobre uma antiga edificação (também a antiga catedral) que havia sido construída no ano 930. A decoração externa, uma trama de mármores branco e rosa, nunca foi concluída e até hoje cobre só uma parte inferior do edifício.
Após as visitas, os alunos seguem para Assis, onde almoçam e depois vão conhecer a Basílica de São Francisco. Na igreja, desde 1230, estão conservados os restos mortais do santo. No ano 2000, junto com outros locais “franciscanos”, a basílica foi inserida na lista do Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco.
Em 16/7/1228, apenas dois anos após a sua morte, Francisco foi proclamado Santo pelo papa Gregorio IX e, já no dia seguinte, o próprio pontífece em pessoa iniciou simbolicamente a construção da basílica, destinada a abrigar os restos mortais do santo.
“Diz a lenda” que foi o próprio Francisco a indicar o local onde queria ser sepultado. Trata-se da colina inferior da cidade, onde geralmente eram sepultados os “fora da lei” e, por isso, chamava-se Collis inferni. Logo foi rebatizada como Collis paradisi e ali foi edificada a nova basílica.
A construção iniciada em 1228 foi terminada pelo papa Innocenzo IV em 1253.
A basílica deveria estar completada já em 1230, quando deveria ter recebido os restos de São Francisco. No entanto, segundo a tradição, para evitar maiores problemas, o corpo foi “escondido” e só reapareceu em 1818, em um sarcófago sob o altar maior da igreja.
Ainda em Perugia, o grupo visita a Chiesa Nuova, que apesar de se chamar Igreja Nova, é uma construção já citada em documentos que datam de 1398 e a identificam como “casa paterna di San Francesco” e já local importante para os peregrinos. Em 1610, o rei Felipe III da Espanha construiu ali uma nova igreja em estilo barroco, substituindo o prédio medieval.
Os alunos ainda farão algumas visitas no centrinho de Assis e seguem para Roma.
Já no dia 14/09, os alunos acordam cedo e têm uma agenda muito cheia em Roma. Estão previstas visitas aos Museus do Vaticano, Basilica di San Pietro, Castel Sant’Angelo, Chiostro del Bramante e Chiesa di Santa Maria della Pace. No final da tarde, Piazza Navona, Igreja Sant’Agostino in Campo Marzio, Igreja San Luigi dei Francesi, Convento Santa Maria sopra Minerva e Pantheon. Para terminar, os alunos ainda dão uma passada na Fontana di Trevi antes de jantar.
É uma agenda cheia, que pode sofrer variações em função de imprevistos que possam ocorrer nas próprias visitas. Mas... Roma é Roma, e qualquer visita que se faça à Cidade Eterna sempre será insuficiente!!!
A primeira etapa dessa agenda será cumprida na Cidade-Estado do Vaticano. Menor país do mundo (menos de meio quilômetro quadrado e com menos de 1.000 habitantes), é um enclave no território italiano, no coração de Roma, e tem o italiano como língua oficial. Já a Igreja, responsável pelo país, adota o latim como idioma oficial. Apesar do pequeno tamanho, o país emite os próprios selos postais, possui um jornal próprio e uma rádio que transmite sua programação diariamente, em várias línguas.
Os Museus do Vaticano são uns dos grandes museus de arte do mundo, expondo uma imensa quantidade de obras coletadas ao longo dos séculos pela Igreja Católica. Fundado no século XVI, os museus englobam a Capela Sistina e os apartamentos papais (com afrescos de Raffaello), que também fazem parte do percurso dos alunos. Em 2008, cerca de 4,5 milhões de pessoas passaram pelos Museus do Vaticano, o que faz deste, o mais visitado museu “italiano”!!!
A Cappella Sistina é um dos mais famosos tesouros culturais e artísticos do Vaticano e foi construída entre os anos de 1475 e 1481. Seu nome vem do papa Sisto IV, então pontífice quando da sua construção, e é conhecida em todo o mundo, pois em seu interior acontecem os conclaves e outras cerimônias oficiais; além de ter como “decoração” as pinturas de Michelangelo - para muitos “a obra-prima das obras-primas”.
A Basilica di San Pietro (nome exato - Papale Arcibasilica Patriarcale Maggiore Arcipretale di S. Pietro in Vaticano) é a sede das celebrações oficiais proferidas pelo papa, como por exemplo o Natal e a Páscoa. A proclamação dos novos papas e as cerimônias fúnebres, as canonizações de novos santos e os ritos da Semana Santa são mais exemplos de momentos solenes que acontecem nessa basílica.
A construção da atual basílica iniciou-se em 1506, sendo concluida em 1626, durante o pontificado do papa Urbano VIII. Trata-se, no entanto, de uma reconstrução, pois ali já existia uma igreja - do século IV - construída pelo imperador Costantino I, além de uma antiga “necropoli”, onde, diz a tradição, foi sepultado Pedro, o primeiro dos apóstolos.
O Castel Sant’Angelo é um monumento romano, ligado ao Vaticano através de um corredor fortificado. Foi radicalmente modificado durante o período medieval e também no Renascimento. Sua construção teve início no império de Adriano, no ano 125, para que fosse o seu túmulo e também de outros imperadores que o seguissem. O Mausoléu de Adriano (nome antigo do castelo) abrigou os restos dos imperadores Adriano, Antonino Pio, Marco Aurelio, Settimio Severo, Geta e Caracalla, além de Commodo e vários familiares dos imperadores.
Em 1367, as chaves do edifício foram entregues ao papa Urbano V, quando de seu retorno a Roma, após período de exílio em Avignon. Deste momento em diante, o Castel Sant’Angelo passou aos domínios do Vaticano, e sua estrutura foi muito usada pelos papas como refúgio em momentos de risco, para abrigar o arquivo e o tesouro do Vaticano em momentos turbulentos e também como tribunal e prisão.
No século XIX, o castelo é utilizado somente como prisão política e, após a unificação da Itália, foi usado como quartel, para posteriormente ser transformado em museu. Inaugurado em 1906, o museu recebe mais de 700 mil pessoas por ano.
Piazza Navona é uma das praças mais tradicionais de Roma e a sua forma é de um antigo estádio romano, pois ali era o Stadio di Domiziano, construído por esse imperador no ano 85. Sua capacidade era de 30 mil pessoas e era utilizado para competição esportivas - não era um circo, como o Coliseu, e, por isso, não havia as celas para prisioneiros, nem os muros que delimitavam o percurso dos cavalos.
A Piazza Navona abriga, além das fontes que a fazem famosa, diversos restaurantes, que a fazem ponto de encontro de turistas e também de romanos, e a embaixada brasileira!!!
Pertinho dali, o Pantheon é o edifício da Roma Antiga mais bem preservado. Foi construído pelo Império Romano entre os anos 80 e 128, mas só no início do século VII foi convertido em uma basílica cristã – que se chama oficialmente Chiesa di Santa Maria della Rotonda - o que lhe permitiu sobreviver quase íntegro aos saques promovidos pelos papas em prédios da Roma Clássica.
Ainda no mesmo dia, e sempre por perto, os alunos visitam a Fontana di Trevi. É sem dúvida a fonte mais famosa de Roma e provavelmente do mundo. Em estilo barroco, foi inaugurada em 1735, mas a presença de uma fonte no local vem da época do imperador Augusto, que, através do aqueduto, fez a água chegar ao Pantheon.
Além de sua beleza, a fonte foi usada como cenário de vários filmes, sobretudo nos anos 60, dentre os quais destacou-se La dolce vita, de Fellini. A presença no cinema a tornou ainda mais conhecida, sendo então “aquela” fonte onde todos jogam a moedinha e pedem para voltar a Roma.
No dia seguinte, 16/09, os alunos aproveitam o último dia desse roteiro. Sempre em Roma, vários locais serão visitados, merecendo um destaque especial o Coliseu, o Arco de Constantino, o Foro Romano e a Basílica di San Giovanni Laterano.
O Coliseu, estádio romano que poderia abrigar cerca de 50 mil espectadores, é o mais importante, famoso e visitado monumento da Roma Antiga que conhecemos. Construído ao lado do Foro Romano, foi inaugurado no ano 80 d.C. e não está em uso desde o século VI. O nome Coliseu se difundiu pelo mundo como um símbolo de Roma e também como um símbolo cultural de um povo que adorava as celebrações. Era usado para os espetáculos com gladiadores, espetáculos de caça, reconstruções de batalhas famosas e, ainda, peças teatrais baseadas na mitologia clássica.
Como todo o centro histórico de Roma, foi inserido na lista do Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco em 1980 e, em 2007, foi também inserido na lista das 7 Novas Maravilhas do Mundo.
Contíguo ao Coliseu, o Foro Romano era o centro comercial, religioso e político da cidade de Roma. Localizava-se entre o monte Palatino e o Camplidoglio. Na foto abaixo, podemos ver - vista do monte Palatino - uma foto com os vários templos e edifícios que compunham o Foro.
A Basílica di San Giovanni in Laterano, ao contrário dos que muitos pensam, é a Catedral de Roma e sede oficial do papa. É a primeira das quatro “basílicas papais” e a mais antiga e importante igreja do Ocidente. O seu nome oficial é Sacrosanta Cattedrale Papale Arcibasilica Romana Maggiore del Santissimo Salvatore e dei Santi Giovanni Battista ed Evangelista al Laterano.
A basílica foi construída no século IV numa zona conhecida como Horti Laterani, antigas terras de propriedade da família Laterani, confiscadas pelo imperador Nerone. A atual construção é a quarta basílica ali construída, e até o século XIX, todos os papas foram “coroados” em seu interior.
Em julho de 1993, a entrada lateral e parte da fachada do prédio foram destruídos por um carro-bomba. Mesmo com uma grande destruição, a importância desta basílica foi proporcional aos esforços para repará-la, e sua reconstrução foi muito rápida. Desde então, algumas medidas restritivas à circulação são adotadas.
Bem, em Roma serão vários outros pontos que os alunos visitarão, sobretudo enquanto se deslocam a pé de um monumento ao outro, mas isso vamos mostrando com as fotos durante a viagem.
Terminando este dia, os alunos vão para o hotel, arrumam as malas e se preparam para retornar no dia seguinte.
KÁTIA TORÍBIO SAADE · 12/09/2012 20h18Juju, estamos com muita saudade. Aproveite a oportunidade e curta todos os momentos.
Bjs, família LARANJA