No último dia 20/08, aconteceu no Centro Educacional Leonardo Da Vinci uma palestra do Instituto Militar de Engenharia (IME): Berço da Engenharia Brasileira, Centro de Excelência e Patrimônio Nacional. Cerca de 140 alunos do 9º ano e Ensino Médio, interessados na área das ciências exatas, participaram do encontro. O momento foi conduzido pelo Major Engenheiro Militar Ermírio de Siqueira Coutinho, graduado em Engenharia Cartográfica e Mestre em Sistemas e Computação pelo IME. Atualmente é professor do instituto lecionando disciplinas dos ciclos básico e profissional. Fez questão de dizer que se orgulham pela elaboração do vestibular mais difícil do país e que a instituição é reconhecida pela excelência no ensino e na pesquisa em ciência e tecnologia.
Localizado no agradável bairro da Urca, aos pés do Pão de Açúcar e vizinho da Praia Vermelha, na cidade do Rio de Janeiro, o IME nasceu da fusão da Escola Técnica do Exército e do Instituto Militar de Tecnologia em 1959. O concurso vestibular é dividido em duas etapas, uma objetiva com questões de Matemática, Física e Química e outra discursiva, com provas de Matemática, Física, Química, Português, Redação e Língua Inglesa, além de exames físicos e médicos. As especialidades oferecidas pelo instituto são: Elétrica, Cartográfica, Eletrônica, Química, Fortificação e Construção (Civil), Mecânica e de Armamento, Mecânica e de Automóveis, Comunicações, Computação e de Materiais.
O Major Ermírio relatou a rotina do estudante e as possibilidades da carreira do engenheiro militar. Os dois primeiros anos do curso são destinados para as disciplinas do currículo básico. A escolha da especialidade é feita no 3º ano da graduação, de acordo com a classificação alcançada pelo candidato no referido ciclo básico. A formatura ocorre após cinco anos, o aluno reprovado é automaticamente desligado do curso.
Detalhou o papel de cada especialidade das engenharias oferecidas com destaque para a função dentro do exército. O engenheiro formado pode escolher a carreira como oficial da ativa e ser um engenheiro dos quadros do Exército ou ser um oficial da reserva. A divisão das vagas é feita anualmente pelo Estado Maior do Exército. O ano de 1997 marcou o início da participação feminina. O acesso aos cursos oferecidos ocorre com absoluta igualdade de condições com os homens.
Vale ressaltar que o engenheiro formado não é um combatente, e sim um profissional voltado para a pesquisa e desenvolvimento de tecnologia na área militar e que por muitas vezes contribui com descobertas adaptáveis ao nosso cotidiano. Foram exibidos vídeos com exemplos dos engenheiros militares em ação pelo país, como em construções de pistas de aeroportos e nas obras de transposição do Rio São Francisco, fatos que colocam a estrutura do exército como a “maior construtora” do Brasil.
Por fim, o major disse que para ingressar e cursar o IME, não é necessário ser um gênio e sim um aluno dedicado, persistente e compromissado com os estudos. Além disso, destacou que o engenheiro formado no IME já está integrado aos quadros do exército, além de poder ser assediado por empresas que reconhecem a instituição como um dos celeiros mais importantes da formação de novos engenheiros.
Os interessados em maior detalhamento podem acessar o site:
www.ime.eb.br