Todos os dias do ano são marcados por uma data comemorativa. Interessante esse costume. Afinal, não seriam todos os dias datas a serem vividas com intensidade por todos os humanos?
A Escola, como ambiente cultural, não pode considerar o estabelecido, mas pode interferir na forma e conteúdo das comemorações. É assim que, no Leonardo da Vinci, o Dia da Criança é celebrado com algumas diferenciações, numa série de atividades “curtidas” por anos seguidos por nossas crianças e educadores que acompanham sua formação.
Na sexta-feira, dia 28/09, as salas de aula do Fundamental I foram esvaziadas e os alunos exerceram as aprendizagens do conviver e competir. Durante todo o dia, participaram dos jogos intercores (este ano Branco, Azul e Verde, em menção às cores da bandeira italiana, como mais um desdobramento do tema interdisciplinar em 2012: o ano da Itália no Brasil; o ano do Da Vinci na Itália).
No dia seguinte, dia da Família na Escola: crianças se apresentando para os pais como músicos e/ou ginastas; pais formando um grande coro para entoar “Donna Mobile” (o que não fazemos pelos nossos filhos?). E na sequência ... ação: trilha no morro; o fazer e o saborear pizzas; jogos entre pais e filhos; competições de natação; criatividade nas artes plásticas; gravações de músicas em estúdios ... momentos de partilha e aproximação entre filhos/pais. E como não dizer entre netos e avós? (uma avó que não conhecia o jogo de totó divertiu-se tanto que se comprometeu a comprar um exemplar para sua casa).
Dias memoráveis, marcados pelas alegrias das vitórias e tristezas das derrotas, pela beleza do encontro entre o lúdico e o produtivo. Grandes aprendizagens.
E as comemorações do “Dia da Criança” não se encerraram por aí. O Churrasco na Piscina, em substituição ao almoço cotidiano nos refeitórios; as brincadeiras nas quadras; a entrega de lembranças e mensagens alusivas à data. Por parte da Escola, oportunidades para demonstração de afetos e celebração do direito de ser criança.
Todos os dias são dias de Crianças, de Estudantes, de Professores, de Pais e Mães, de ... E os que amam o que fazem renovam diariamente sua felicidade por cumprirem os papéis que a vida lhes reserva, movidos a motivação e vitalidade.
Como muitos desses momentos foram impregnados de poesia, eis um poema para resgatar a essência do vivido e apreendido:
De quem gostaria de estar criança, para todas as crianças do Da VinciNo barco feito de sonhos, entrei;
Nele me juntei aos que nutriam sonhos semelhantes aos meus:
Sonhávamos com vitórias, glórias, medalhas.
Alguns de nós realmente medalhamos;
Outros choramos pela falta de medalha, do aplauso, da vitória.
Fomos todos vencedores: medalhados ou sem medalhas.
Uma extensão da aprendizagem : da Escola para a vida.
Aprendemos que a vida é um jogo sem fim,
O dia da vitória nos traz o sabor do prazer,
O dia da perda nos propicia a garra para o vencer.
Com a presença iluminada de nossos pais,
O sábado foi memorável.
Subimos morro, fizemos artes, gravamos músicas;
Criamos Arte e preparamos pizzas; e tudo saboreamos.,
Jogamos em campo e em mesa, até mesmo como peças em xadrez.
Transportamos sonhos para a realidade,
Cientes de que realidades nos aguardam para enfrentar e navegar,
Com força, mas também fragilidade,
Com determinação, mas também sensibilidade.
Saímos transformados porque o maior legado de tudo
Foi apreciar o brincar, usufruir o produzir,
E descobrir que o maior desafio
Está no aprender a aprender e a se conhecer.