06/05/2013 · por Katiane Malacarne · Tags: Eventos Da Vinci

Os alunos dos 8ºs anos apresentaram no dia 03 de maio, no Teatro Da Vinci, o recital “Mãe, Pessoa poética”, uma homenagem que eles prepararam para as mães. O Recital nasceu de um projeto pedagógico mais amplo, uma vez que, neste ano, o Da Vinci apresenta como tema gerador a influência das etnias na formação do povo capixaba, dentre as quais, vale citar a contribuição do povo português. Pensando nisso, foi proporcionado aos alunos dos oitavos anos um contato mais significativo com a produção literária de Fernando Pessoa, um dos maiores poetas da nossa língua. Pessoa foi tão genial que não se contentou em se expressar por meio de uma única obra poética e se desdobrou em várias “personas”, os famosos heterônimos.




No recital, além de textos do poeta português, houve declamações de poemas de Ferreira Gullar e Mário Quintana. Além disso, alguns alunos prepararam apresentações musicais baseadas na obra do criador de personalidades tão diferentes como Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro. Segundo o professor de Português Luiz Henrique Menezes, a obra poética de Fernando Pessoa marcou tão profundamente o nosso idioma, que alguns trechos viraram sinônimo de poesia, é o caso, por exemplo, dos versos do poema Autopsicografia: “O poeta é um fingidor / finge tão completamente / que chega a fingir que é dor / a dor que deveras sente”.


Ainda de acordo com Luiz, com o projeto, os alunos aprenderam que o discurso poético é o espaço da liberdade. Nele se encontram as mais variadas possibilidades expressivas, o lugar onde razão e emoção se abraçam e o homem pode descobrir a si mesmo.  A poesia é o ponto de partida para a inesquecível experiência do prazer da expressão, na qual se vivencia o aspecto lúdico da linguagem. Os alunos sairam dessa atividade enriquecidos e mais cultos, por terem lido e interpretado belos poemas e, por um breve instante, puderam ter acesso à linguagem que fala aos deuses e aos homens, que encanta os apaixonados, que exorciza os medos e os fantasmas, que abre uma pequena passagem para o infinito.



Confira abaixo os poemas selecionados e utilizados na apresentação do recital.