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Os personagens do Sítio na Itália
24/08/2012 · por Paulo de Tarso Rezende Ayub · Tags: Da Vinci, Viagem Acadêmica


Os personagens do Sítio na Itália: sucessão de aventuras


A viagem acadêmica a Campos do Jordão/Taubaté, realizada a título de formatura com os alunos dos quintos anos, tem acoplada ao seu planejamento, na etapa de preparação e formação de repertório, um concurso cultural cujo propósito é estimular os alunos a exercerem a escrita e imagem associadas, sempre com foco temático e espaço para livre expressão e criatividade.

Por conta disso, a Escola já dispõe de um vasto acervo de produções culturais dos alunos, em diferentes formatos, sendo que a partir de alguns anos o memorial das agendas do Ensino Fundamental I é composto pelas produções vencedoras do concurso do ano anterior. Assim, vai-se desenvolvendo nos participantes, desde pequenos, consciência para aliar esforço e mérito nas competições internas e externas, bem como visão da função social da escrita ilustrada. Os materiais já produzidos, por sua vez, servem como fonte de consulta e guia para releituras e recriações.

Em 2012, apropriando-nos do tema transversal do ‘Ano da Itália no Brasil e Ano do Da Vinci na Itália”, estamos propondo aos alunos que criem uma situação ficcional em que um ou mais personagens do Sítio se coloquem em contato com um ou mais focos trabalhados na agenda: de locais turísticos pouco explorados às incursões pela gastronomia, moda ou arte. Em suas produções escritas/ilustradas, deverão conjugar conteúdos científicos-históricos, referências intertextuais ao universo ficcional de Lobato Lobato e percepções sensoriais, tudo quanto convém a uma expressão qualitativa de ideias. Em suma, deverão exercer a cientificidade na Literatura.

Tendo em mente que demonstração e motivação são ingredientes fundamentais do processo ensino/aprendizagem, os coordenadores da viagem acadêmica e as professoras titulares das turmas propuseram-se a oferecer para os alunos uma apresentação cultural em que incorporassem personagens do sítio vivenciando a experiência proposta e exercendo a fala/escrita contextualizadas.

Dona Benta (Elaine), Visconde de Sabugosa (Paulo de Tarso), Tia Nastácia (Érika), Marquês de Rabicó (Ednalda) e Emília (Maria Helena) alternaram-se no palco para contar suas aventuras/desventuras de viagem, tudo reproduzido em imagens pelas habilidades artísticas de Luciana Biasutti, que construiu um painel ao vivo e em cores enquanto as ‘dramatizações’ se desenrolavam. O conceito on-line da tecnologia foi transposto para uma situação didática presencial, sob o olhar apreciativo dos presentes.











Com os alunos atentos e surpreendidos (por não esperarem essa estratégia de divulgação), Dona Benta retratou sua lua-de-mel em Veneza e as experiências amorosas vividas no trânsito pelas pontes arquiteturais de lá; Visconde seu encantamento com os borgos medievais, a partir de um convite do Da Vinci para uma viagem não-turística em busca da perspectiva cultural; Tia Nastácia seu contato com a gastronomia italiana, em seus costumes, sabores e dialetos; Rabicó suas desventuras em Boccalone Salumeria, onde por pouco não se transforma em objeto de exposição/venda e Emília, com a irreverência de sempre, sua implicância com as atitudes/experiências dos demais personagens e sua autoestima elevada, a ponto de se considerar mais estilosa que as personagens reais trajadas com roupas e acessórios de marcas renomadas de estilistas italianos.

Além de deixarem claras as noções de autoria e singularidade, os educadores-intérpretes trouxeram referências culturais extraídas da agenda do segmento e diálogos com a ficção/realidade, tiradas poéticas e neologismos, além de  contextualização quanto ao jeito de ser de cada personagem e suas relações com a linguagem e o entorno. Enquanto isso, Luciana transformava um ou mais aspectos em imagens estilizadas, o que depois explicou em detalhes, discorrendo sobre sua filosofia da arte como filosofia de vida, o que se manifesta em tantas situações pedagógicas no Da Vinci.







O painel artístico gerado com base nas apresentações trouxe fragmentos das paisagens arquitetônicas dos lugares visitados ou os personagens em momentos de divagação, numa sintonia entre palavra escrita/falada e desenho que muito representou para os alunos-espectadores, por propiciar-lhes conhecimento de causa, estímulo e inspiração. No contexto vivido, nem uma imagem fala por mil palavras nem a palavra traduz a imagem; são partes indissociáveis uma da outra.





Após as apresentações, a proposta já estava totalmente internalizada pelos alunos e passou-se a um bate-papo sobre o concurso cultural e as atitudes dos participantes na busca da qualidade. Abriu-se a possibilidade de produções individuais ou colaborativas, já que os perfis e potencialidades dos alunos são muito diversificados na expressão criativa. O cronograma do trabalho prevê discussões prévias, primeira produção/reescritura, interação com professoras, versão final para avaliação por uma comissão julgadora. Assim, a produção acadêmica é concebida como fruto de  esforço/empenho e não de rompantes criativos, privilégio concedido a muito poucos na vida real.

Motivados, os próprios alunos propuseram que os vencedores do concurso também montem uma apresentação para seus colegas e os educadores, confirmando a percepção de que conhecimento e envolvimento  geram desejo de produção e socialização, por diferentes vias.

O painel artístico está exposto no prédio novo, onde funciona o segmento do Fundamental II, como material ilustrativo de uma experiência em que o lúdico compartilhou a cena com a ampliação cultural. Os textos escritos dos educadores encontram-se guardados, à espera das produções dos alunos, para quem sabe resultarem em uma publicação à parte ou serem agregados ao memorial da agenda do ano seguinte.

Alunos e professores mergulham agora na etapa ‘pé no chão’ do concurso: muito estudo, pesquisa, esboço, interação, aprimoramento. Agora, é aguardar para conhecer os produtos a brotarem do processo e as novidades que as crianças trarão, ao materializar cenas reais para os personagens de Lobato que, em sua atemporalidade, continuam a ocupar suas mentes férteis.





JULIANA DOS SANTOS · 26/08/2012 08h46
Muitas vezes tornam-se indescritíveis os trabalhos que acontecem na escola.
Parabéns a todos!!!
Juliana

JOÃO DUARTE SALEME DE SÁ · 26/08/2012 11h02
Escola viva, feita de pessoas, que se transforma por meio delas e enche de alegria nossas crianças, dando sentido (e sentimento) ao nosso dia-a-dia. Parabéns a todos!!!



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